Esporte
Lista relembra defesas marcantes de Dida em cobranças de pênaltis
Antes de pegar três contra o Corinthians, goleiro do Grêmio construiu carreira com a fama de pegador de penalidades e já foi herói do Timão
Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
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batidos com cavadinha displicente
Pênalti é sinônimo de gol. Só quando Dida não está no outro lado da cobrança. O baiano de 40 anos, 1m95cm, é especialista no fundamento. Foi assim na classificação do Grêmio à semifinal da Copa do Brasil, ao defender três chutes contra o Corinthians, mas também em toda a sua carreira. A envergadura, a calma e a qualidade são diferenciais. Não importa o clube, a decisão. Dida mantém a fama. Por isso, relembre 14 defesas decisivas do camisa 1. 1. Cruzeiro x Colo Colo - Semifinal da Libertadores de 1997 É só falar com qualquer cruzeirense. Sobre Libertadores, sobre Dida. Todos vão lembrar de 1997 e o dia em que o goleiro levou o time nas costas à final do torneio sul-americano. Durante os 90 minutos, sofreu dois gols de pênalti de Basay. A derrota por 3 a 2 levaria a decisão da vaga às penalidades. E, logo na primeira, o troco. Dida pegou a de Basay. O melhor estaria ainda por vir. O estádio David Arellano, em Santiago, estava lotado. A torcida, embora a adversiadade, mantinha o apoio. Espina foi para cobrança, confiante. Mandou a bomba. E Dida, claro, defendeu. Criou as condições para a Raposa, ao manter o aproveitamento, chegar à final. Seria campeã. 2. Corinthians x São Paulo - Semifinal do Brasileirão de 1999 Defender dois pênaltis numa série de cinco não é de todo incomum, embora a dificuldade. E o que dizer de agarrar duas cobranças em 90 minutos? Numa semifinal de Brasileiro? E contra um grande rival? Foi assim pelo Corinthians. Defendendo duas cobranças do são-paulino Raí e levando seu clube à decisão. Ao final da partida, com o Timão ganhando por 3 a 2, o árbitro Edilson Pereira de Carvalho marcou pênalti. O zagueiro Nenê colocou a mão na bola. Raí cobrou, Dida pegou. Aos 47, outra penalidade. Raí cobra de novo. Dida pega mais uma vez. Inacreditável. Timão na final. Seria camepão. 3. Brasil x Argentina - Quartas de final da Copa América de 1999 Ronaldo e Rivaldo haviam marcado. O Brasil ganhava de 2 a 1. Passaria pelo maior rival. Mas o futebol... A partida estava na reta final. A Argentina achara um pênalti. O zagueiro Ayala, o capitão, foi para cobrança. Empate significaria o prosseguimento da decisão. Mas quem tem Dida... O goleiro saltou, defendeu. O Brasil manteve a vantagem. E, mais uma vez, seria campeão. Com a ajuda de Dida. 4. Corinthians x Real Madrid - Fase de grupos do Mundial de 2000Dida defende o chute de Anelka no Mundial
de Clubes de 2000 (Foto: Getty Images)
O campeonato era novo. O rival, um time recheado de estrelas mundiais. Roberto Carlos, Raul, Eto'o, MacManaman, Helguera, Morientes... Dida manteve a tradicional calma. A partida estava em 2 a 2. Eram 35 minutos do segundo tempo. Quem vencesse teria mais chances de terminar o grupo em primeiro lugar e ter, teoricamente, um adversário mais fácil na fase seguinte. Fábio Luciano cometera pênalti em Sávio. Anelka, que já tinha feito dois gols na partida, pegou a bola para bater. Mal sabia ele que Dida estava do outro lado. Defesa. Classificação em primeiro. E posterior título. 5. Corinthians x Vasco - Final do Mundial de 2000Dida passa ao lado de Edmundo na final do
Mundial (Foto: Delfim Vieira / Agência estado)
Corinthians e Vascos buscavam um título inédito. Clássico brasileiro. Final do Mundial no Maracanã. Empate sem gols. Decisão por pênaltis. Todos os batedores acertavam. Até que Gilberto parou nas mãos de Dida. Marcelinho, para o Timão, perderia. Edmundo repetiria a dose. Título corinthiano. Mas Dida, em vez de comemorar, foi consolar o rival. Sempre calmo, tranquilo, frio. Sempre um campeão. 6. Milan x Juventus - Final da Liga dos Campeões de 2003Dida vibra com Schevvchenko (Foto: Getty Images)
Dida vivia altos e baixos no Milan. Era uma final importante. Tanto que a mãe Celice foi a Manchester, na Inglaterra, acompanhar o filho. Familiar, preso às origens, o goleiro cresceu. Atuou bem nos 90 minutos. E cresceu na decisão por pênaltis. Defendeu três cobranças no clássico italiano. Trezeguet, Zalayeta e Montero sofreram do mal de enfrentar o goleiro brasileiro. O Milan seria campeão em cobrança de Schevchenko. Mas Dida fora o nome da partida. 7. Grêmio x Cruzeiro - Brasileirão 2013 Dida estava em descrédito. Contratado com a fama de pegador de pênaltis, amargava o insucesso nas cobranças. Foram 14 sem pegar nenhuma, contando duas decisões no Gauchão. Até que, enfim, a qualidade voltou a aparecer. Contra o líder do Brasileirão. Defendeu o chute de Everton Ribeiro. Garantiu a vitória, que levou o Grêmio pela primeira vez ao G-4 do Brasileirão com Renato Gaúcho. De onde não saiu mais. A partir dali, o goleiro passou a viver nova fase no Grêmio. Lua de mel com a torcida 8. Grêmio x Corinthians - Quartas de final da Copa do Brasil 2013 Faltava, claro que para o mais exigente dos torcedores, repetir o feito de classificar seus time em uma decisão. Ela veio. Contra o Corinthians, que muitas vezes se beneficiou do talento do camisa 1. Danilo, Edenilson e Alexandre Pato não erraram. Dida que defendeu. Embora a de Pato, uma tentativa de cavadinha, tenha sido uma má cobrança. Nas entrevistas, Dida refutou a ideia de heroi. A torcida, porém, o elegeu. Foi ovacionado na Arena. Saiu como o novo ídolo tricolor. Confira as notícias do esporte gaúcho no globoesporte.com/rsFONTE:http://globoesporte.globo.com/rs/noticia/2013/10/lista-relembra-14-defesas-de-dida-em-cobrancas-de-penaltis-em-16-anos.html
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