- MÁQUINA AFRICANA, BAIXINHO ESPANHOL E GIGANTES
De um lado, o time que venceu duas vezes a competição nos últimos cinco anos e nas outras três edições alcançou as semifinais. Do outro, uma das equipes mais fortes da Europa do momento, capaz de derrotar o demolidor Bayern de Munique, e que faz mais de dois gols por jogo na temporada. O primeiro confronto pelas oitavas de final da Liga dos Campeões entre Manchester City e Barcelona, um dos mais equilibrados da fase, vai ser um duelo e tanto, sobretudo no meio de campo. Quando a bola rolar, a partir de 16h45m (de Brasília), os adversários terão uma estratégia em comum: ficar com ela a maior parte do tempo - o GloboEsporte.com transmite a partida em Tempo Real.
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O time espanhol até pode ser favorito pelo histórico vencedor na competição, mas, na cabeça dos jogadores do City, a lição está bem estudada e a vitória é uma possibilidade real. No Etihad Stadium, os ingleses vão tentar impedir o habitual domínio de posse de bola dos catalães e, para isso, vão desafiar Xavi, Iniesta e Messi no meio de campo. Ao contrário da maioria dos times que enfrentam o Barça, não vai apostar nas laterais. Os protagonistas asseguram que é o duelo no setor de ligação da defesa ao ataque que vai decidir o confronto.
- Sabemos que o time do Barcelona está acostumado a controlar a posse de bola. Eles sofrem quando não têm a bola e por isso queremos ser nós a controlar a posse, porque eles jogam de forma muito mais tranquila quando têm a bola do que quando não têm - analisou o centroavante Negredo, autor de nove gols no Campeonato Inglês.
Pellegrini conversa com os jogadores do City no
último treino antes do confronto com o Barça
(Foto: Getty Images)
A lição de Manuel Pellegrini foi bem interpretada pelo elenco e todos os jogadores falam em roubar a posse de bola do Barcelona. Algo que para muitos é impossível, para o City é uma tarefa provável. A opinião é partilhada por Fernandinho.
- Vai ser um jogo bem intenso, com uma grande disputa de bola. O Barça gosta de trocar a bola, mas o nosso time também, e a nossa estratégia é precisamente manter o nosso estilo de jogo e controlar a posse de bola. Não vamos mudar por ser o Barça - afirmou o volante Fernandinho.
MÁQUINA AFRICANA, baixinho espanhol e gigantes
Yaya Touré com Nasri, à esquerda, no treino no Etihad Stadium: peça-chave da engrenagem do City na temporada (Foto: Getty Images)
A peça-chave na engrenagem de Manuel Pellegrini é Yaya Touré. O gigante marfinense, dispensado pelo Barcelona em 2010, é uma verdadeira máquina de força, potência, velocidade e visão de jogo imprescindível no jogo dos Citizens. Com Fernandinho em dúvida, pois se recupera de lesão, o volante com características ofensivas deverá ter a companhia de Javi Garcia, que tomará conta das funções mais defensivas do meio de campo. Milner é outro ponto de força na marcação, mas chega ao ataque pelos lados. David Silva sozinho é suficiente para dar criatividade ao centro e servir Navas e Negredo. No banco, o técnico chileno ainda poderá contar com jogadores como Jovetic, Dzeko e Nasri, recém-recuperado de uma lesão. Os três já demonstraram estar em ótima forma física.
Na vitória por 2 a 0 sobre o Chelsea, no último sábado, a zaga do City não concedeu uma única abertura aos atacantes do Chelsea. Como consequência, o volante mais ofensivo, Yaya Touré, teve liberdade suficiente para correr, passar, e trocar bolas com David Silva. Se o Barcelona quer superar esta difícil eliminatória terá de travar o marfinense com um bom trabalho de pressão de seus atacantes. Ter o africano empenhado na defesa será um sossego para o meio de campo catalão.
Mas não é só com o setor central que o Barça terá de se preocupar, porque Pellegrini usará como desafogo, com muita probabilidade, a velocidade de Navas pela ala. Os laterais do Barça terão de correr atrás do baixinho espanhol, que quase renunciou à seleção campeã do mundo por medo de andar de avião. O ex-Sevilla superou o problema com ajuda de um psicólogo e hoje é uma das armas do ataque dos Citizens.
Na frente do gol, Negredo vai dar muita dor de cabeça à zaga do Barça. O centroavante chuta bem de longe, tem cabeceio certeiro e dificilmente perde uma chance de frente para o gol.
Outros dos principais perigos do City são as jogadas de bola parada com cruzamento para a área. O Barcelona vai sofrer devido à estatura dos rivais. Contra o Chelsea, Pellegrini deixou apenas Silva e Clichy fora da área. Todos os outros gigantes, Touré, Kompany, Lescott, Zabaleta e Dzeko, subiam para cabecear. Diante de um rival de pouca média de altura, os ingleses vão tentar tirar ainda mais proveito dessa vantagem.
Kolarov, Dzeko, Milner e Kompany no treino:
alguns dos gigantes do City que podem
complicar o Barça (Foto: REUTERS)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/liga-dos-campeoes/noticia/2014/02/licao-estudada-city-tentara-superar-barca-na-posse-de-bola-para-vencer.html