No clima de decisão, a banda da torcida começou a tocar no pátio do estádio. Meia hora antes da partida começar ela já estava nas dependências do Herierto Hülse para ditar o ritmo dos demais criciumenses ao redor do gramado. Quando o Criciúma entrou em campo, os torcedores fizeram fumaça. Foram acionados extintores de incêndio com pó amarelo. Mas o espetáculo maior ocorreria com um minuto de jogo, na vibração com o gol de Wellington Paulista, em penalidade.
O ritmo caiu um pouco quando o Tigre deixo de atacar, mas o coro foi forte tão logo soou o apito para o intervalo. O estádio cantou 'Vamos ficar, Tigre', mesmo que os resultados de momento não garantissem a permanência na primeira divisão na penúltima rodada.
Torcida do Criciúma faz fumaça após o apito final (Foto:
João Lucas Cardoso)
Veio o segundo tempo e o sofrimento bateu. O placar não mexeu. Na medida que passava o tempo, os torcedores sentiam-se mais seguros para soltar o voz embargada no peito. Aos 35, o coro estava incontrolável. Só crescia esperando o apito final de Francisco Carlos Nascimento. Quando ele soou, ninguém o escutou. Os tricolores cantavam alto e acenderam sinalizadores. A bonita festa, que pode gerar prejuízo ao Criciúma, uma vez que a prática é proibida em estádios brasileiros (veja no vídeo acima).
Torcida do Criciúma deu show na vitória sobre o São Paulo
(Foto: João Lucas Cardoso)
eceram em todos os jogos do campeonato e nos apoiaram do começo ao fim. Não teve um que este estádio esteve vazio. Nada mais justo o Criciúma ficar na primeira divisão para que eles possam ficar mais felizes - reconheceu o atacante Wellington Paulista.
Diante da felicidade de ver o time vencer 'a final' sobre o São Paulo, o torcedor esqueceu os limites. Também deixou a voz no Heriberto Hülse. Cantou o hino do clube e outra tantas canções. Assim foi até 15 minutos depois do final do triunfo por 1 a 0.