Em 2005, três instalações do Complexo do Maracanã foram reformadas visando aos Jogos Pan-americanos de 2007: o estádio, o Maracanãzinho e o Parque Aquático Julio Delamare. O custo total da obra foi de R$ 304 milhões. Na ocasião, prometeu-se que o Maracanã ficaria pronto para a Copa do Mundo de 2014, o que só aconteceu com a reforma bilionária que está sendo concluída e praticamente reconstruiu o outrora "maior do mundo". De ginásio precário, o Maracanãzinho virou uma arena de primeiro mundo, mas ainda assim terá que sofrer intervenções para 2016. E o Parque Aquático Julio Delamare vai ser derrubado.
Na reforma para o Pan, o Maracanã perdeu a geral, que deu lugar às cadeiras numeradas. O campo foi rebaixado em 1,40m, foram criadas mais duas rampas de acesso, além das duas já existentes, dois telões de alta definição foram instalados e os acessos às arquibancadas, alargados. Assim como no Pan, nos Jogos de 2016 o Maracanã será o palco das cerimônias de abertura e de encerramento, além das principais partidas de futebol. Mas o estádio de 2007 é completamente diferente do atual. Do interior, quase nada restou. A cobertura de concreto, que era tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), deu lugar a uma de lona, mais extensa. As rampas de acesso passaram de quatro para seis. Operários correm para que o entorno do estádio fique pronto para a Copa das Confederações, em junho.
Em tese, o Maracanã estaria pronto para os Jogos Olímpicos. Porém, no mês passado o COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou que o estádio precisaria de adaptações. A cobertura deveria sustentar 120 toneladas de equipamentos de som, luz, e fogos de artifício, 40 toneladas a mais do que a capacidade atual. Os acessos ao gramado também deveriam ser alargados. O governo do estado negou que haverá novas reformas e que vai negociar as exigências do COI. Mas uma questão ainda está no ar: onde será instalada a pira olímpica? No pan, a chama ficou no nível do gramado, entre as cadeiras.
O Parque Aquático Julio Delamare passou por uma reforma de R$ 10 milhões para receber o polo aquático em 2007. O estádio Célio de Barros virou área de conveniência. Os dois serão derrubados e novos equipamento serão construídos do outro lado da linha do trem. Do Célio de Barros só resta a arquibancada, já que a pista de atletismo virou almoxarifado das obras do Maracanã. O Julio Delamare ainda luta na justiça para permanecer em pé.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2013/05/legado-do-pan-reformas-em-2007-pouco-valeram-para-o-maracana.html