Laboratório aponta doping falso de Natália, e STJD pede desculpas
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Laboratório aponta doping falso de Natália, e STJD pede desculpas


Jogadora foi suspensa por 30 dias e iria a julgamento com base em laudo equivocado do Ladetec, único que pode realizar exames antidoping no Brasil

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 
Campeã Olimpica em Londres, Natália foi vítima de um erro do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), da UFRJ. Após ser supostamente flagrada no doping, a ponteira precisou cumprir 30 dias de suspensão preventiva e iria a julgamento com base no laudo equivocado apresentado pelo Ladetec, o único credenciado a realizar exames antidoping no Brasil, com licença para fazer as análises na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos do Rio, em 2016. Embora o material que tenha orientado a denúncia se referisse à presença da substância proibida 16-OH Prednisolone acima dos níveis permitidos, o relator Luiz Correa Meyer apontou, com base no laudo do próprio laboratório, que a concentração estava abaixo do limite e, portanto, dentro da lei. A jogadora do Campinas recebeu um pedido de desculpas como sentença no julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei. As informações são do jornal "O Globo".
 
- Não sei o que viemos fazer aqui - disse o médico da atleta, João Olinto, ao diário carioca.

natalia volei (Foto: Divulgação/CBV)Campeã olímpica, Natália tem laudo de doping falso (Foto: Divulgação/CBV)
 
Presidente da Comissão Disciplinar, Wanderley Rebello mostrou-se convencido das alegações que absolveram Natália.

- Não sei se pelo tribunal ou pela CBV, mas só nos cabe pedir desculpas à atleta e desejar sorte na carreira, já que se trata de uma grande campeã - disse ao jornal.

A jogadora aceitou o exame sem exigir a contraprova, e a sua defesa afirmou que apenas as medicações usadas legalmente para tratar asma poderiam produzir a substância detectada pelo laboratório. Um dos três remédios prescritos para Natália, o Symbicort, produz a substância o 16-OH Prednisolone, permitida em uma concentração de até 30 nanogramas por mililitro. O medicamento não oferece vantagem competitiva e o seu uso é destinado apenas para preservar a saúde da atleta.

Antes de encontrar os auditores e descobrir que as taxas estavam dentro dos limites permitidos, Olinto, que administra os remédios de Natália nos últimos anos, precisou realizar uma série de pesquisas científicas mirabolantes para descobrir eventuais condições em que o tratamento poderia infringir a lei.

- Não posso fazer comentários sobre nenhum processo. Se algumas das partes entende que houve um erro, o sistema vai avaliar da melhor maneira o que aconteceu - afirmou ao Globo o diretor do Ladetec, Francisco Radler, alegando compromisso contratual com a Agência Mundial Antidoping (Wada).

Coordenador do Ladetec, Francisco Radler optou por não comentar o ocorrido e preferiu aguardar a posição das autoridades envolvidas no caso.

- O laboratório segue as normas da Agência Mundial Antidoping (Wada). De um lado, ao realizar os seus procedimentos. De outro, ao ser impedido de comentar casos em andamento. Portanto, infelizmente, teremos de aguardar que as autoridades competentes avaliem o caso nos fóruns apropriados. Não sabemos nada sobre o caso, pois só trabalhamos com códigos e não fomos chamados pelo tribunal e nem mesmo pela parte interessada em apoiar o resultado do laboratório que é a entidade responsável pelo controle de dopagem - declarou ao GLOBOESPORTE.COM.

Laboratório cometeu erro com Solberg

vôlei de praia Pedro Solberg na etapa da Finlândia (Foto: Divulgação FIVB) 
Pedro Solberg na etapa da Finlândia, antes do erroem exame antidoping (Foto: Divulgação FIVB)
 
Esta não foi a primeira vez que o Ladetec cometeu erros com atletas brasileiros. Em julho do ano passado, antes das Olimpíadas de Londres, Pedro Solberg recebeu o aviso da FIVB de que havia testado positivo para o esteroide exógeno androstane, que pode ser usado para ganhar massa muscular, dependendo da quantidade no organismo. O exame foi feito pela Wada, no Rio de Janeiro, no dia 30 de maio, e o atleta sempre negou que tenha consumido qualquer substância proibida.


Desde o início, Pedro questionou a forma como sua amostra foi tratada pelo laboratório, que não veio acompanhada de um dossiê do exame onde constariam as informações sobre a amostra de urina utilizada para os testes.

Pedro procurou a FIVB para recorrer da punição, que foi suspensa preventivamente pela federação. Dois exames feitos pelo Ladetec detectaram a presença do esteroide, mas um terceiro teste, feito em um laboratório na Alemanha, não apresentou a substância. Após esse resultado negativo, a FIVB absolveu Solberg no caso.

 FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/07/natalia-e-pega-no-doping-por-erro-de-laboratorio-e-tribunal-pede-desculpas.html



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