No último jogo antes das eleições do Vasco - caso a data do pleito, marcada para a próxima quarta-feira, não seja adiada por decisão judicial -, o Cruz-Maltino venceu o Paraná por 1 a 0 em São Januário, na tarde deste sábado, com gol de Douglas Silva. Mas não convenceu. Levou sufoco, bola na trave mesmo quando tinha um homem a mais, perdeu um pênalti com Kleber, e os três pontos representaram mais um alívio por evitar mais um tropeço em casa do que felicidade por ter se aproximado do G-4 da Série B.
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O triunfo fez o Vasco subir só duas posições na tabela, do décimo para o oitavo lugar, mas deixou o time com 22 pontos, só a um da zona que dá acesso para a Primeira Divisão. O clube carioca, por sinal, tem um jogo a menos que a maioria dos rivais. Já o Tricolor, que vinha há duas partidas invicto, perdeu a chance de escapar da zona de rebaixamento e termina a 14ª rodada na primeira posição dentro do Z-4, com os mesmos 13 pontos.
Já com novo presidente eleito, o Vasco voltará a campo no próximo sábado para enfrentar o ABC, às 16h20 (de Brasília) na Arena das Dunas, com a chance de, enfim, entrar no G-4 da Série B. No mesmo dia e horário, o Paraná recebe o lanterna Vila Nova no Durival Brito para tentar fugir da zona de rebaixamento.
Douglas Silva comemora o gol da vitória,
o terceiro dele pelo Vasco (Foto:
Roberto Filho / Agência Estado)
"Família Silva" salva o Vasco, e Kleber se envolve em polêmica A formação que deu certo contra a Ponte Preta na Copa do Brasil, com Douglas e Dakson na armação, desta vez não teve o mesmo êxito. O camisa 10 fez o cruzamento que terminou no gol do xará Douglas Silva, após falha do goleiro Marcos, mas os passes precisos e a visão de jogo do meia funcionaram apenas no início do jogo. Seu companheiro de posição esteve apagado, junto a outros jogadores como Kleber. O atacante sofreu muitas faltas e só apareceu ao perder um pênalti já na etapa final. Na bola aérea, Thalles e Rodrigo pararam na trave, e acabou que quem mais brilhou foi Martín Silva. O goleiro da seleção uruguaia fez milagres e evitou o empate.
Duas das três defesas, aliás, foram em cabeçadas. Os chuveirinhos foram a principal deficiência da defesa vascaína e a principal arma do Paraná, que aparentou ter feito o dever de casa ao estudar o ponto fraco do rival. E o time, que começou todo recuado, mostrou-se perigoso quando precisou sair para o jogo. Quando sofreu o gol, aos 34 minutos do primeiro tempo, já era melhor em campo. Arthur e Alisson levaram perigo pelo alto, e Tiago Alves fez o mesmo com chutes de fora da área. A pressão continuou na etapa final e só diminuiu com a expulsão de Andreson Rosa no pênalti polêmico cometido em Kleber.
Guiñazu dá o carrinho para tentar conter
o ataque paranista (Foto: Marcelo Sadio
/ Vasco.com.br)
Num lance sem bola, o atacante levou a mão no rosto de Alisson, que caiu reclamando. O jogo seguiu, a bola foi ao campo de defesa do Vasco e foi devolvida para perto de onde estava o Gladiador. O vascaíno se aproveitou de um escorregão bisonho de Marcos Serrato para sair na cara do gol e ser derrubado. Os jogadores do time paranaense reclamaram de falta de fair play do Vasco, que não jogou a bola para fora para atendimento ao defensor. Bola na cal, e Kleber bateu mal. Marcos pegou e voltou a salvar no rebote, que Douglas Silva desperdiçou. Crispim ainda teve uma terceira chance no mesmo lance, mas isolou.
Mesmo com um a menos, o Paraná teve a chance de sair com um empate que teria sabor de vitória no fim, mas Breno não aproveitou a falha de Edmilson e, sozinho na pequena área, cabeceou na trave após cruzamento de Júlio César.