Renato e Jorginho em campo pelo Fla: problema resolvido com papo (Foto: Carlos Moraes/O Dia)
- Isso não vão colocar na minha conta. O problema que eu tive com ele foi por reclamação. Conversei com ele, ele pediu desculpa e acabou ali. Se foi por tirar a camisa, se foi indisciplina, aí é com quem mandou embora. Comigo, ficou zerado.
No dia 15 de maio, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, contra o Campinense, Renato não gostou de ser substituído aos 32 do segundo tempo e deixou o campo insatisfeito.
Não foi o único episódio. Desde o início do Brasileirão, se envolveu em algumas situações polêmicas. Vaiado contra a Ponte Preta, após perder um pênalti, não reagiu bem e questionou a posição da torcida. Na partida seguinte, diante do Atlético-PR, marcou o gol do empate por 2 a 2 e tirou a camisa durante a comemoração. A atitude gerou um puxão de orelhas por parte da diretoria por conta da obrigação da exposição dos patrocinadores. Por fim, na derrota para o Náutico, em Florianópolis, foi expulso após tentar concluir uma cobrança de escanteio com a mão.
Internamente, a diretoria acredita que Renato Abreu boicotou o trabalho de Jorginho e o somatório de suas atitudes resultou na demissão. Demitido na madrugada do dia 6 de junho, 11 dias antes do jogador, Jorginho deixa claro que contaria com o meia se continuasse no clube e derruba a justificativa de deficiência técnica.
- É um jogador que estava resolvendo as coisas para o grupo, decidiu jogos, tinha liderança, o respeito do grupo. O problema que houve foi tratado, cheguei para conversar com ele, foi resolvido olho no olho e zerou. O que fizeram depois não tem nada a ver comigo. Sempre foi comprometido, dedicado. Comigo foi tudo tranquilo.
Segundo o tetracampeão, o caso de Renato também não se enquadra na política de redução de gastos, como ocorreu com Vagner Love, quando o técnico ainda não estava no clube, e com Alex Silva e Ibson. Jorginho diz que em nenhum momento o comando do futebol cogitou dispensar Renato Abreu por considerar seu salário alto.
- Não desse jogador.
De março a junho, Jorginho comandou o Flamengo em 14 jogos. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas, para Audax, Ponte Preta e Náutico.
Na última sexta-feira, Renato acionou o Flamengo na Justiça. Ele cobra R$ 1,5 milhão pelos seis meses restantes do contrato que iria até 31 de dezembro deste ano e uma indenização por danos morais. O advogado do meia, Paulo Reis, calcula que ele conseguirá receber no mínimo R$ 3 milhões. A primeira audiência está prevista para novembro.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/08/jorginho-nega-crise-com-renato-isso-nao-vao-colocar-na-minha-conta.html