Denis Kudla é uma das promessas do tênis dos Estados Unidos (Foto: Lincoln Chaves)
A consequência é a falta de ícones para a nova geração estadunidense, aquela que tem a missão de recolocar o país, outra vez, no topo. Denis Kudla, de 21 anos, é um exemplo. O tenista, uma das promessas da recente safra americana, tem como referências Roger Federer, David Ferrer e Lleyton Hewitt. Um suíço, um espanhol e um australiano. Nenhum conterrâneo.
Cabeça-de-chave 1 do ATP Challenger de Santos, Kudla admite a carência de referências recentes no tênis americano e que sua geração, onde também se destacam Bradley Klahn (64º da ATP), Steve Johnson (67º) e Jack Sock (88º), com vários títulos internacionais como juvenis, é a nova esperança do país.
Nada, porém, que o pressione.
- Costumamos ter uma geração surgindo a cada cinco anos, com os mais velhos encontrando os mais novos. Acho que a geração passada (entre a dele e de Sampras e Agassi) não agarrou a chance de ser a próxima grande. Não sei o porquê, mas aconteceu assim. Agora, é nossa vez, mas não podemos acelerar. Ninguém vira número um em uma semana. São anos de trabalho.
Temos uma geração muito forte e acredito que um ou dois de nós farão grandes coisas – diz.
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- Eu trabalho para ser o número um do mundo, para ser o melhor, foco muito na minha carreira. Se os demais tenistas americanos também chegarem lá, ótimo. Se não, vida que segue. Eu tento não me preocupar com as vozes de fora, nem com a pressão sobre o tênis norte-americano – afirma, sem colocar prazos para atingir os objetivos.
- Se digo que quero atingir o topo em dois anos e não chego, então eu falhei. Então não penso nisso. Se eu tiver 34 anos e chegar lá, atingi meu objetivo. Um passo por vez – explica.
Kudla é o principal favorito ao título em
Santos. Norte-americano mira Roland
Garros (Foto: João Pires / Fotojump)
Kudla é o principal favorito ao título em Santos. Se a conquista não vier, não tem problema. O foco, diz o americano, está na preparação para o qualyfing de Roland Garros, na França. Até por isso, minimiza o fato de ser o cabeça 1 e se preocupa em aprimorar seu jogo no saibro.
- Ser o primeiro cabeça de chave não diz muito. Todos podem ganhar. Não tem pressão, mesmo. Quero melhorar no saibro para disputar Roland Garros. Se vencer (em Santos) ótimo. Se não, tudo bem. Estou feliz com a maneira que estou jogando e espero continuar assim – conclui.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/noticia/2014/04/joia-americana-minimiza-pressao-de-substituir-safra-de-sampras-e-agassi.html