Esporte
Fim do treino de sábado do Botafogo. Os jogadores se encaminham para o vestiário e a assessoria de imprensa do clube segue o tramite rotineiro de conversar com os atletas para ver quem vai conceder entrevista coletiva. O problema é que ninguém quer falar. O mau momento do time e os protestos da torcida fizeram com que os jogadores preferissem evitar se expor. Apenas um atleta teve peito de enfrentar as perguntas da imprensa, que se avizinhavam ser nada leves. Mesmo já tendo falado nesta semana e não contar com a simpatia de parte da torcida, Alessandro chamou para si a responsabilidade.
Não é a primeira vez que isso acontece, mas é pouco usual um mesmo jogador dar entrevista duas vezes na semana. Até por isso, Renato e Jefferson, dois dos atletas que são sempre escalados para falar em momentos de crise e que nunca se recusam, não foram convocados. Antônio Carlos, subcapitão, também costuma falar nesses momentos mas, como está lesionado e não joga neste domingo, também não foi chamado. Assim, só sobrou Alessandro da lista de jogadores que costumam falar nas horas críticas.
O lateral, que recebeu elogios por não ter deixado que a imprensa saísse do Engenhão sem a palavra de nenhum jogador, teve que responder pela ausência de seus colegas. Alessandro admitiu que essa postura pode fazer com que a torcida fique ainda mais contra o time.
- Talvez aumente o desgaste sim. O torcedor é inteligente, ele imagina quem é quem nessa hora. Essa situação acaba criando um desgaste até para mim mesmo. Às vezes, as pessoas estão cansadas de ouvir as minhas respostas. Acabo me expondo mais, mas eu estou acostumado. Eu sou o mais antigo e estou acostumado com isso. Uma parte da torcida não gostava de mim, mas eu nunca me omiti. Não ia ser agora. O que eu quero falar para o torcedor é que o Alessandro junto com outros jogadores vai honrar a camisa do Botafogo nesse último jogo do ano. Prometo, como sempre fiz, me dedicar e empenhar ao máximo por esse time.
Mesmo evitando fazer críticas diretas, Alessandro deixou claro que não concordava com a postura de alguns jogadores de não falar com a imprensa. Para o jogador, é nessa hora que os lideres do grupo deveriam aparecer.
- Cada um tem que assumir sua responsabilidade. Não pode vir falar só quando está bom. Tem que dividir a responsabilidade. Eu sei da minha parte e não fujo disso. Venho aqui não para aparecer, mas para dar uma satisfação para a torcida. Pelo desgaste, poderia me poupar, mas não faço isso. Esse não é meu jeito. Acho que todo mundo deveria assumir o erro. Todo mundo é culpado. Nós, jogadores, somos responsáveis por isso. Mas ninguém é obrigado a vir falar. Eu venho porque acho que devo.
Acostumado a lidar com vaias da torcida, Alessandro diz que procura orientar Elkeson e Cortês, novos alvos da revolta alvinegra. O lateral explicou aos seus colegas que nessas horas é preciso ter personalidade e encarar o problema.
- O protesto do torcedor é valido. Criamos essa expectativa neles pela campanha que fizemos e não conseguimos sustentar. Tem que ver que o Cortês é um excelente jogador e o Elkeson também. Ano que vem, vão estar mais fortes. A gente procura falar com eles porque sentem muito nessa hora. Jogador tem que ter personalidade. Não é fácil. Não pode fugir do problema. Eu encarei de olhos abertos e dei a volta por cima.
Com Alessandro entre os titulares, o Botafogo encara o Fluminense, neste domingo. O jogo, válido pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, tem início às 17h (horário de Brasília). O Glorioso precisa vencer e torcer contra Inter, Coritiba, São Paulo e Figueirense para conquistar a última vaga na Libertadores.
FINTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2011/12/jogadores-evitam-imprensa-e-alessandro-chama-responsabilidade.html
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Esporte
Jogadores evitam a imprensa e Alessandro chama a responsabilidade
Lateral é único a se colocar à disposição para falar em momento tenso: 'Cada um tem que assumir sua responsabilidade. Não pode falar só quando está bom'
Não é a primeira vez que isso acontece, mas é pouco usual um mesmo jogador dar entrevista duas vezes na semana. Até por isso, Renato e Jefferson, dois dos atletas que são sempre escalados para falar em momentos de crise e que nunca se recusam, não foram convocados. Antônio Carlos, subcapitão, também costuma falar nesses momentos mas, como está lesionado e não joga neste domingo, também não foi chamado. Assim, só sobrou Alessandro da lista de jogadores que costumam falar nas horas críticas.
O lateral, que recebeu elogios por não ter deixado que a imprensa saísse do Engenhão sem a palavra de nenhum jogador, teve que responder pela ausência de seus colegas. Alessandro admitiu que essa postura pode fazer com que a torcida fique ainda mais contra o time.
- Talvez aumente o desgaste sim. O torcedor é inteligente, ele imagina quem é quem nessa hora. Essa situação acaba criando um desgaste até para mim mesmo. Às vezes, as pessoas estão cansadas de ouvir as minhas respostas. Acabo me expondo mais, mas eu estou acostumado. Eu sou o mais antigo e estou acostumado com isso. Uma parte da torcida não gostava de mim, mas eu nunca me omiti. Não ia ser agora. O que eu quero falar para o torcedor é que o Alessandro junto com outros jogadores vai honrar a camisa do Botafogo nesse último jogo do ano. Prometo, como sempre fiz, me dedicar e empenhar ao máximo por esse time.
Mesmo evitando fazer críticas diretas, Alessandro deixou claro que não concordava com a postura de alguns jogadores de não falar com a imprensa. Para o jogador, é nessa hora que os lideres do grupo deveriam aparecer.
- Cada um tem que assumir sua responsabilidade. Não pode vir falar só quando está bom. Tem que dividir a responsabilidade. Eu sei da minha parte e não fujo disso. Venho aqui não para aparecer, mas para dar uma satisfação para a torcida. Pelo desgaste, poderia me poupar, mas não faço isso. Esse não é meu jeito. Acho que todo mundo deveria assumir o erro. Todo mundo é culpado. Nós, jogadores, somos responsáveis por isso. Mas ninguém é obrigado a vir falar. Eu venho porque acho que devo.
Acostumado a lidar com vaias da torcida, Alessandro diz que procura orientar Elkeson e Cortês, novos alvos da revolta alvinegra. O lateral explicou aos seus colegas que nessas horas é preciso ter personalidade e encarar o problema.
- O protesto do torcedor é valido. Criamos essa expectativa neles pela campanha que fizemos e não conseguimos sustentar. Tem que ver que o Cortês é um excelente jogador e o Elkeson também. Ano que vem, vão estar mais fortes. A gente procura falar com eles porque sentem muito nessa hora. Jogador tem que ter personalidade. Não é fácil. Não pode fugir do problema. Eu encarei de olhos abertos e dei a volta por cima.
Com Alessandro entre os titulares, o Botafogo encara o Fluminense, neste domingo. O jogo, válido pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, tem início às 17h (horário de Brasília). O Glorioso precisa vencer e torcer contra Inter, Coritiba, São Paulo e Figueirense para conquistar a última vaga na Libertadores.
FINTE:
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