O atacante Jobson, do Botafogo, está suspenso do futebol por quatro anos. A punição acontece por ele ter se negado a fazer um exame antidoping enquanto atuava no futebol da Arábia Saudita, em 2014. Sempre existiu a dúvida sobre a validade da pena fora do país árabe, mas nesta sexta-feira a Fifa confirmou que a suspensão é válida em todo mundo.
O Botafogo já foi notificado, e o departamento jurídico está analisando o caso. De acordo com Marcos Motta, advogado do atacante, a decisão da Fifa não causa surpresa, mas as medidas legais já estão sendo tomadas para que o jogador esteja em campo no segundo jogo da final do Campeonato Carioca, diante do Vasco.
- É uma determinação da Fifa, os métodos adotados na Arábia são até certo ponto questionáveis, mas não nos pegou de surpresa. Ele terá que acatar a decisão da entidade máxima e não vai para o primeiro jogo da final, não tem jeito. Já conversei com o Jobson e ele está ciente. Vamos manejar e entrar com a apelação na semana que vem para conseguir pelo menos um efeito suspensivo. Com certeza vamos impetrar a primeira apelação - disse.
De acordo com o vice-jurídico do Alvinegro, Domingos Fleury, o Botafogo considera a punição exagerada e vai dar todo suporte ao jogador neste momento.
- O Botafogo acha que quatro anos de suspensão é uma punição elevadíssima. Até porque o Jobson já realizou dois exames antidoping desde que voltou ao Botafogo e nada foi constatado.
O advogado dele vai defender o caso, e o Botafogo vai dar todo o suporte necessário. A ideia é cancelar ou reduzir a pena, já que uma suspensão de quatro anos encerraria a carreira do Jobson. O advogado dele (Marcos Motta) vai entrar com o pedido de defeito suspensivo na próxima semana. Então, para esse primeiro jogo contra o Vasco, o Jobson está fora. Estamos pensando na Copa do Brasil e no segundo jogo.
Entenda o caso:
Há um ano, Jobson foi notificado de que estaria suspenso por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping no dia 25 de março de 2014, pelo Antidoping da Arábia Saudita. O documento dizia que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente". De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado.
Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá. O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis.
Os advogados do atacante, no entanto, sempre afirmaram que o que aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade. A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.
Jobson voltou a entrar em campo e reestreou com a camisa do Botafogo apenas no dia 20 de outubro do ano passado, no empate com o Sport, pelo Campeonato Brasileiro.
Atualmente, o jogador negocia a renovação do contrato com o clube alvinegro.
(*) Sob supervisão de Marcelo Baltar
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2015/04/fifa-internacionaliza-suspensao-de-jobson-e-atacante-nao-joga-final-do-carioca.html
Jobson, durante passagem pelo Al-Ittihad,
quando teve o problema com a federação
saudita (Foto: Reprodução/Twitter)
O Botafogo já foi notificado, e o departamento jurídico está analisando o caso. De acordo com Marcos Motta, advogado do atacante, a decisão da Fifa não causa surpresa, mas as medidas legais já estão sendo tomadas para que o jogador esteja em campo no segundo jogo da final do Campeonato Carioca, diante do Vasco.
- É uma determinação da Fifa, os métodos adotados na Arábia são até certo ponto questionáveis, mas não nos pegou de surpresa. Ele terá que acatar a decisão da entidade máxima e não vai para o primeiro jogo da final, não tem jeito. Já conversei com o Jobson e ele está ciente. Vamos manejar e entrar com a apelação na semana que vem para conseguir pelo menos um efeito suspensivo. Com certeza vamos impetrar a primeira apelação - disse.
De acordo com o vice-jurídico do Alvinegro, Domingos Fleury, o Botafogo considera a punição exagerada e vai dar todo suporte ao jogador neste momento.
- O Botafogo acha que quatro anos de suspensão é uma punição elevadíssima. Até porque o Jobson já realizou dois exames antidoping desde que voltou ao Botafogo e nada foi constatado.
O advogado dele vai defender o caso, e o Botafogo vai dar todo o suporte necessário. A ideia é cancelar ou reduzir a pena, já que uma suspensão de quatro anos encerraria a carreira do Jobson. O advogado dele (Marcos Motta) vai entrar com o pedido de defeito suspensivo na próxima semana. Então, para esse primeiro jogo contra o Vasco, o Jobson está fora. Estamos pensando na Copa do Brasil e no segundo jogo.
Entenda o caso:
Há um ano, Jobson foi notificado de que estaria suspenso por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping no dia 25 de março de 2014, pelo Antidoping da Arábia Saudita. O documento dizia que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente". De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado.
Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá. O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis.
Os advogados do atacante, no entanto, sempre afirmaram que o que aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade. A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.
Jobson voltou a entrar em campo e reestreou com a camisa do Botafogo apenas no dia 20 de outubro do ano passado, no empate com o Sport, pelo Campeonato Brasileiro.
Atualmente, o jogador negocia a renovação do contrato com o clube alvinegro.
(*) Sob supervisão de Marcelo Baltar
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2015/04/fifa-internacionaliza-suspensao-de-jobson-e-atacante-nao-joga-final-do-carioca.html