O jogo não valia nada para o Botafogo, eliminado precocemente do Campeonato Carioca na rodada passada. Mas a chance de mostrar serviço ao técnico Eduardo Hungaro foi encarada seriamente pelo time formado por reservas e caras novas na tarde deste sábado, em Bacaxá, distrito de Saquarema. O paraguaio Zeballos, por exemplo, uma das esperanças do clube para a fase final da Libertadores, marcou de pênalti seu primeiro gol em dois jogos pelo Alvinegro. Ele só não contava ser ofuscado por um velho conhecido no Rio de Janeiro. Ex-Vasco, o meia Jéferson foi quem mais brilhou na volta de um grande ao Estádio Eucy Resende depois de cinco anos. Ele fez os dois da vitória por 2 a 1 do Boavista e garantiu a festa de comemoração dos dez anos de vida do clube diante de um público de 1.012 pagantes (1.255 presentes). A renda da partida foi de R$ 22.945,00. saiba mais
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O resultado mantém os 100% da equipe de Bacaxá em seu estádio (seis vitórias) e a esperança por uma das vagas na semifinal, restando só mais uma rodada. Além disso, o time lidera a Taça Rio com 21 pontos, título disputado só contabilizando jogos entre os pequenos do estadual. O Boavista chegou a 22 pontos, em quinto, e agora precisa torcer para Vasco ou Cabofriense, ambos com 25 pontos, perder neste domingo para manter suas chances na rodada final. Já o Botafogo segue estacionado com 16 pontos, agora em nono lugar, mas ainda pode cair mais duas posições na tabela no complemento da rodada. A equipe de Saquarema volta a campo no dia 23, contra o Bangu, novamente em Bacaxá. Por sua vez, o Alvinegro cumpre tabela no mesmo dia contra o Nova Iguaçu, ainda sem local definido. Antes disso, encara o Independiente del Valle, terça, pela Libertadores. - Perder é sempre ruim, ainda mais na situação que estamos no estadual. Temos que erguer a cabeça, até porque temos uma decisão na terça-feira. De maneira nenhuma vai interferir no nosso ânimo. A situação vai ser diferente - avaliou o lateral alvinegro Junior Cesar. Jéferson (de frente) celebra gol da vitória do
Boavista. Meia fez dois (Foto: Bruno
Turano/Agência Estado)
Estreantes, Mario Risso e Matheus falham As caras novas promovidas por Eduardo Hungaro deram um pouco mais de fôlego a um Botafogo que ficou devendo em todo o Campeonato Carioca, tanto com os titulares quanto com os reservas. Zeballos já foi mais participativo do que sua estreia diante do Flamengo, com bons arremates e presença de área. Já os jovens volantes Fabiano e Dedé deram velocidade ao meio e ainda apareciam como boas opções no ataque. E Renan mostrou estar em forma na nova oportunidade que ganhou no lugar de Helton Leite e fez três grandes defesas. Mas duas novidades ficaram devendo. A dupla de zaga formada pelos estreantes Mario Risso e Matheus estava perdida. Sem ritmo, o defensor uruguaio falhou num lance em que Gilcimar saiu na cara do gol e quase abriu o placar, e em outra jogada ainda quase cometeu pênalti em André Luis numa dividida mais forte na área. Já o zagueiro da base também se mostrou nervoso e, após perder na corrida, por pouco não viu o próprio André Luis marcar cara a cara com Renan, não fosse a boa intervenção do goleiro. Aos poucos, o Alvinegro, que perdeu Fabiano lesionado ainda na etapa inicial (Sidney entrou), foi sendo dominado pelo Boavista. Até que aos 35 minutos, Jéferson, ex-Vasco, arriscou de fora da área e acertou o cantinho de Renan, que teve a frente encoberta e nada pôde fazer. Mesmo eliminado, o Botafogo queria o empate. Houve até confusão entre Henrique e Bruno Costa. Ao tentar cobrar falta rápida, o atacante se estranhou com o zagueiro, e ambos trocaram empurrões. Mas só o defensor foi punido com cartão amarelo. De pênalti, Zeballos marcou seu primeiro gol em
dois jogos pelo Bota (Foto: Luciano
Belford / SS Press)
Zeballos marca, mas Jéferson rouba a cena Insatisfeito, Hungaro decidiu mexer. Sacou Henrique para a entrada de Cidinho no intervalo, na tentativa de explorar as costas do lateral Barrach. O atacante entrou bem, deixou o Bota mais incisivo, mas foi Sidney, que entrou no lugar do machucado Fabiano no primeiro tempo, o responsável pelo empate. O volante da base, outro estreante do dia, apareceu como elemento surpresa no ataque e foi derrubado na área por Bruno Costa. Pênalti marcado e convertido por Zeballos, aos oito minutos. Foi o primeiro gol do atacante paraguaio em dois jogos pelo Alvinegro. Pouco depois, a virada quase aconteceu numa grande jogada individual de Cidinho. Ele fintou o marcador na entrada da área e finalizou tirando tinta do ângulo de Getúlio Vargas. Mas o Bota seguia dando espaços atrás. Entre Mario Risso e Matheus, André Luis entrou novamente livre na área, mas faltou pontaria no chute, para sorte dos alvinegros. Mas o fator sorte não durou muito tempo. A entrada de Daniel no lugar de Dedé não surtiu efeito esperado por Hungaro de manter o Bota no ataque, e Américo Faria jogou o time da Região dos Lagos ao ataque. Arriscou e valeu a pena. Jéferson usou mão de sua melhor arma, os chutes fortes de longa distância. Aos 25, Renan salvou mais uma. Só que aos 36 a finalização do meia foi perfeita, no ângulo, indefensável. Golaço que matou o rival na partida e manteve a esperança do Boavista pela vaga na semifinal. http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2014/15-03-2014/boavista-botafogo.html