Jayme alerta para 'deficiência grave', mas aceita empate: 'Não foi ruim'
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Jayme alerta para 'deficiência grave', mas aceita empate: 'Não foi ruim'


Treinador chama a atenção para vacilos defensivos em bolas aéreas e elogia luta do Goiás com um jogador a menos

Por Rio de Janeiro

Um jogo para se avaliar com tranquilidade. Tranquilidade que, por sinal, é a principal característica de Jayme de Almeida. E foi assim, sem maiores dramas, que o treinador do Flamengo analisou o empate por 1 a 1 com o Goiás, neste sábado, no Maracanã, pela 33ª rodada do Brasileirão. Com um a mais desde o primeiro tempo, o Rubro-Negro não conseguiu repetir a vantagem em campo no placar, mas nada que fosse capaz de deixar o comandante chateado.
Ciente de que o foco na reta final da temporada é a decisão da Copa do Brasil, Jayme de Almeida optou por tirar lições do tropeço diante de quase 15 mil torcedores. E a maior delas foi fácil de ser identificada: os vacilos em jogadas aéreas. Foi assim que Rodrigo empatou a partida, e o Goiás ainda levou perigo em outras oportunidades. (veja acima os gols do jogo).

- Foi uma deficiência grave. Procuramos de todas as maneiras (vencer) sem desespero. O Goiás se fechou bem, o goleiro salvou, mas o resultado em geral não foi ruim. O Goiás está de parabéns, mas com certeza poderíamos ter vencido.

Com o empate, o Rubro-Negro chegou a sexta partida de invencibilidade (três delas contra o Goiás), com quatro vitórias e dois empates. Neste período, Jayme poupou jogadores neste sábado e no clássico com o Fluminense e ainda assim o time deu a resposta. Para o treinador, algo a ser celebrado.

- Acho que estamos no caminho certo. Estamos procurando fazer as coisas com seriedade, calma, temos trocado alguns jogadores, e os resultados estão vindo. Conseguimos formar um grupo onde todo mundo é importante. Então, trocamos sempre com a confiança de que vai dar certo.

Com 45 pontos, o Flamengo é o nono colocado no Brasileirão e praticamente afastou qualquer risco de rebaixamento. Na quarta-feira, o rival é o São Paulo, em Itu, pela 34ª rodada da competição.

O jogo
- Foi um jogo muito disputado no 11 x 11. Depois, o Hugo foi expulso, ficamos com um a mais e, por incrível que pareça, no fim do primeiro tempo sofremos contra-ataques e quase o gol. No segundo tempo, fomos mais organizados com o Rafinha, Paulinho aberto e botei o Diego, porque o Amaral tinha amarelo. Fizemos 1 a 0, poderíamos ter matado o jogo, e quando estávamos controlados a bola parada foi um erro nosso. Já tínhamos comentado antes do jogo, no intervalo, e o Goiás empatou o jogo e quase virou na bola parada. Foi uma deficiência grave. Procuramos de todas as maneiras (vencer) sem desespero. O Goiás se fechou bem, o goleiro salvou, mas o resultado em geral não foi ruim. Bobeamos depois do 1 a 0 e o Goiás está de parabéns. Fez o gol e lutou até o final.

Decepção
- Não. O Goiás formou duas linhas com o menino na frente, se fechou bem, usou a velocidade perigosa em contra-ataque. Com um a menos, eles usaram a tática certa, se empenharam até o final. O Flamengo teve o jogo na mão, não soube fazer o 2 a 0 e sofreu em uma bola parada que todos sabiam. O Goiás está de parabéns, mas com certeza poderíamos ter vencido.

Adryan
- O Adryan é um atleta do Flamengo e quando tem oportunidade tem que mostrar. Hoje não foi bem, mas se todo mundo que não for bem a torcida vaiar, não ajuda em nada. Falamos sempre do incentivo, mas o rapaz se esforçou. Se não tivermos paciência com eles e descartá-los no primeiro insucesso, fica difícil. O processo de transição não é fácil, ele tem condição de se tornar um grande jogador, e temos que respeitar o tempo de cada um.

Invencibilidade de seis jogos
- Depois do jogo com o Atlético-MG, que foi a última derrota e ficamos muito chateados por jogarmos bem, tivemos essa caminhada junto com a Copa do Brasil. Acho que estamos no caminho certo. Estamos procurando fazer as coisas com seriedade, calma, temos trocado alguns jogadores, e os resultados estão vindo. Conseguimos formar um grupo onde todo mundo é importante. Então, trocamos sempre com a confiança de que vai dar certo.

Despedida do Rio antes da final
- Vamos trabalhar da mesma maneira. Jogar longe da torcida é ruim, mas temos conseguido bons resultados fora.

Vacilos na bola parada
- É uma realidade. Não é normal ficar assistindo, assistindo. O que vamos fazer é treinar para minimizar os erros para que não ocorram o que aconteceu contra o Goiás. Bem no jogo, deixamos empatar na bola parada e quase perdemos. Vamos trabalhar para que isso não aconteça mais.

Fuga do rebaixamento
- Os três pontos seriam o ideal, mas se formos pontuando até o final está ótimo. Pelo que se apresentou o jogo, a chance de vencer era grande. Mas o empate não é ruim. Chegamos aos 45, mas a rodada foi boa com dois empates. Estamos tranquilos, mas temos a consciência de que não acabou. Contra o São Paulo, vamos colocar a força máxima para termos tranquilidade na final da Copa do Brasil.

Relação com a fé
- O que penso de fé é que temos um ser superior, um Deus, e acredito muito nisso. Não rezo para ganhar. Quando converso com Ele, peço que faça um bom trabalho. Só isso. É esporte, tem o outro lado, e pedir para mim é muito fácil. Peço para inspirar os meus atletas e que vença o melhor. O esporte é algo legal porque o outro lado também quer vencer e temos que respeitar os adversários.

Poupar jogadores antes da final
- Não posso poupar e tirar o ritmo dos atletas. Jogamos sábado, temos mais um dia para o pessoal que jogou quarta. É algo desgastante, todo mundo correu para caramba e está de parabéns. Não é fácil o desgaste psicológico, mas acho que até quarta vamos conseguir recuperar todo mundo.
Temos que preparar a equipe para decisão. A ideia é ter força máxima, até para começar a preparar o espírito de jogar fora. O clima vai ser difícil em Itu e é bom para nos prepararmos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/11/jayme-aponta-falha-na-bola-parada-como-determinante-para-o-empate.html



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