Siloé (esq.) é uma das apostas do Internacional
(Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
(Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
Não é por acaso que o clube fechou a torneira das contratações, apesar dos pedidos de Falcão. Por trás disso, está uma preocupação financeira encabeçada pelo presidente do clube, Giovanni Luigi, e respaldada por seu vice de futebol, Roberto Siegmann. O Inter não veta negócios mais caros e até espia o mercado europeu em busca, especialmente, de um atacante. Mas só aceita embarcar em contratações mais dispendiosas se forem um negócio da China.
A torcida pressiona por reforços, mas não deve esperar grandes nomes. Mudou o jeito de o Inter contratar. Os últimos atletas que chegaram ao Beira-Rio formam o perfil estabelecido pela diretoria: Fabrício, da Portuguesa, Gilberto, do Santa Cruz, Alisson, do Caxias. A esse pensamento, o clube agrega experiências pouco ou nada sucedidas em recentes investidas mais caras – casos da contratação de Cavenaghi e do retorno de Rafael Sobis, ambos em vias de deixar o clube.
Na prática, saem os jogadores de nome, entram os de (na visão dos dirigentes) futuro.
- Questiono se vale a pena trazer um jogador da Europa e esperar que ele dê certo. Acho que vale mais a pena investir em um cara como o Gilberto – disse um dirigente colorado.
Paralelamente a isso, o clube vai mexendo no vestiário. Em breve, quatro jogadores não estarão mais na folha salarial do clube: Rafael Sobis e Renan, com contrato encerrado na quinta-feira, Cavenaghi, que pediu para sair, e Lauro, com proposta do Galatasaray. Eles serão um rombo no elenco de Falcão, mas representarão uma economia de quase R$ 1 milhão mensal.
A reposição deles simboliza a mudança de pensamento. Para o gol, a aposta é em Muriel e Agenor, dois atletas formados no clube – consequemente, mais baratos. Para o ataque, a esperança está em Gilberto e até em Siloé, que ainda treina com o time sub-23. Bem diferente do pensamento de alguns meses atrás, que chegou a perambular entre nomes como Luís Fabiano e Grafite...
O clube também sente necessidade de mexer nas hierarquias do vestiário. Quer criar novas lideranças, como aconteceu na era pós-triunvirato (Fernandão-Iarley-Clemer). A diretoria percebeu que a força de alguns atletas mais experientes constrange a ascensão de outros mais jovens. Até o final do ano, novas mudanças devem ocorrer – se não forem forçadas, também não serão barradas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/internacional/noticia/2011/06/inter-fecha-o-bolso-mergulha-em-transicao-e-muda-jeito-de-contratar.html