Há clima de confiança, mas com ares de vingança, que toma conta do Tigres. Embora a derrota de 2 a 1 no Beira-Rio, o clube mexicano se remobilizou em cima de um fator local: o estádio Universitário, o covil dos Felinos e que promete ser um 12° jogador contra as pretensões do time de Diego Aguirre na Libertadores. Campo histórico que já serviu como tapete para Pelé e Maradona, e que inspirou a criação da "ola", agora abrigará a disputa entre Rafael Sobis e cia, diante de D’Alessandro e a esquadra vermelha.
Estádio Universitário tem capacidade para 43
mil torcedores (Foto: Diego Guichard
/ GloboEsporte.com)
Se há uma certeza em Monterrey é de que o estádio estará cheio na quarta-feira – tem capacidade para 43 mil torcedores. Afinal, o clube mexicano tem aquela que é considerada a mais apaixonada torcida do México, embora esteja longe de ser a maior (confira quadro abaixo).
O grau de ocupação das arquibancadas costuma ser de 80%, em um sistema de venda bem diferente do brasileiro. No México, os torcedores compram um pacote fechado para o ano inteiro, assim como acontece com os grandes clubes da Europa. Os bilhetes que sobram, acabam vendidos em poucas horas, consumidos por torcedores que aguardam em uma lista de espera.
Símbolo do Tigres nas arquibancadas
(Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)
(Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)
Como curiosidade, o Universitario também é chamado de “El Vulcan”. O apelido é explicado pelo formato do estádio, em molde de vulcão e que também tem a simbologia do “entrar em erupção” em jogos dos donos da casa.
Além disso, o símbolo do clube – o Tigre – é avistado em cada recinto, em cada arquibancada, assim como em postes, bares e tudo mais. É como um aviso de que o time adversário entra ali em ambiente hostil.
A boa notícia é de que o gramado tem boas condições para a prática do futebol. Nesta segunda-feira, o campo passou por irrigação e recebeu tratamento (foi cortado) para ficar perfeito para a noite de quarta-feira.
Na Libertadores, a campanha do Tigres em casa acumula três vitórias (contra Juan Aurich, San José e Emelec), além de dois empates (diante de River Plate e Universitario Sucre). Mas se for contada toda a temporada anterior – somando Apertura e Clausura do Mexicano, além de Copa MX e Supertaça – o aproveitamento de vitórias é de 66%. São 21 triunfos, cinco empates e seis derrotas no próprio domínio.
Feitos históricos e a "ola"
Inaugurado em 1967, o El Vulcan já passou por momentos históricos e também ganhou reformas recentes, como para a disputa da Copa do Mundo sub-17, disputada no México em 2011.Mas o principal feito futebolístico ocorreu no Mundial de 1986, quando a Argentina sagrou-se campeã do Mundo.
Estádio Universitário, em Monterrey (Foto:
Diego Guichard / GloboEsporte.com)
Em 18 de setembro de 1984, outro fator que ficou para a história. Durante amistoso entre México e Argentina, em que encerrou empatado em 1 a 1, milhares de torcedores se ergueram espontaneamente e formaram um movimento. Essa manifestação em massa passou a ser copiada e repetida aaté os dias atuais e chamada de "ola".
A casa do Tigres também já rugiu em inúmeros show realizados em Monterrey. Torcedores ali já vibraram e se embalaram ao som de Queen, Guns N´Roses, The Rolling Stones, Iron Maiden, Shakira, Metallica, entre outros.
Imagine uma panela de pressão transformada em um estádio de futebol. Esse será o cenário do estádio do Tigres, o alçapão que aguarda o Inter na quarta-feira. Como venceu por 2 a 1, o time gaúcho tem a vantagem de atuar pelo empate ou por derrota pelo placar mínimo a partir do 3 a 2. Um triunfo por 1 a 0 dá a vaga para os mexicanos, enquanto uma reversão do 2 a 1 levará a decisão às penalidades.
Maiores torcidas do México
(Foto: Arte / GloboEsporte.com)
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