Hungaro defende planejamento e descarta desmotivação no Carioca

Apesar dos números ruins, Eduardo Hungaro

confia no potencial do time B do Botafogo

(Foto: Vitor Silva/SSPress)

O entusiasmo pela volta a uma disputa de Libertadores após 18 anos fez o Botafogo se cercar de cuidados para que o time chegue nas partidas nas melhores condições físicas possíveis. Para isso, optou-se por utilizar uma equipe B em boa parte dos confrontos do Carioca. Os resultados dos reservas, no entanto, não foram os esperados, e o planejamento está sendo colocado em xeque.

O técnico Eduardo Hungaro só vai confirmar neste sábado qual time escala no clássico com o Fluminense, no domingo, mas a tendência é de que a equipe B, que tem apenas uma vitória, contra o Bonsucesso, seja novamente acionada. Aborrecido com os comentários de que o Bota deixou o Carioca de lado, o comandante alvinegro defendeu o planejamento e lamentou que os resultados não tenham sido os esperados.

Hungaro deu como exemplo o Flamengo, que também está na Libertadores e não usou força máxima em alguns jogos do Carioca. Os reservas do Rubro-Negro, no entanto, tiveram bom aproveitamento e se livraram das críticas.

Temos que parar com isso. O que precisamos melhorar são os resultados, e não o planejamento, que é o melhor possível.

Eduardo Hungaro

- Se for feita uma análise justa, os jogos que empatamos ou perdemos, quase todos merecíamos um resultado melhor. Mas as análises são feitas em cima dos resultados. O Flamengo fez quatro jogos (com os reservas) e ninguém falou nada, e olha que não jogou a pré-Libertadores. Temos que parar com isso. O que precisamos melhorar são os resultados, e não o planejamento, que é o melhor possível. Não existe desinteresse no Carioca, o fato é que o ritmo dos jogos é diferente em comparação com a Libertadores - afirmou o técnico.

Na projeção do Bota, o time reserva conseguiria uma campanha melhor. Eduardo Hungaro afirmou que em alguns setores vê a equipe principal e a B com a mesma capacidade técnica. Ele citou como exemplo o lateral-esquerdo Junior Cesar e o volante Bolatti.

- Existem algumas posições em que não há diferença significativa de um time para outro. É importante para todos se manterem atentos, todos precisamos estar motivados. As possibilidades do Junior Cesar e do Bolatti, por exemplo, são iguais a dos outros atletas.

A motivação de o Botafogo não escalar força máxima contra o Fluminense é a viagem que o time fará para o Chile na tarde de segunda-feira. Na quarta, o Alvinegro encara o Unión Española no estádio Santa Laura pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. No Carioca o Bota é apenas o oitavo colocado com 12 pontos, mas na principal competição do continente lidera a sua chave.

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Tendência é que reservas sejam escalados no clássico com o Flu. Técnico usa o Fla como exemplo para justificar opção por não utilizar força máxima