Uma vitória lá garantirá a vaga restante do Grupo 2 - os chilenos conquistaram a primeira -, e um empate só valerá o acesso à próxima fase se o Independiente del Valle, do Equador, não vencer o Unión Española por dois gols de vantagem no Chile. Já a derrota custará a eliminação. No discurso, nada que assuste Hungaro.
- Jogamos mais bolas aéreas do que quando Ferreyra está em campo. Apareceram as jogadas pelo fundo, conseguimos avançar mais com a bola. Os jogadores optaram por essa solução. Não fomos eficientes. Faltou uma presença efetiva dentro da área. (...) A pressão (na Argentina) é a mesma que sofremos aqui. Jogar com a pressão de vencer também não é fácil. O grupo está acostumado. Sabemos o que representa a classificação e tenho certeza de que vamos lutar muito, fazer nosso melhor e buscar a classificação de toda forma na Argentina.
Eduardo Hungaro minimizou as vaias
que recebeu da torcida: "Nem ouvi"
(Foto: Ivo Gonzalez/
Agência O Globo)
Falta de opções ofensivas
- Não tínhamos o Ferreyra e outros jogadores de frente lesionados, como o Cidinho. Não é momento de culpar ninguém. Quando o Botafogo perde, todos perdem. Não há motivo real para culpar este ou aquele setor.
Ansiedade da equipe em campo
- Nós fizemos um bom primeiro tempo. Tivemos sete ou oito escanteio, o que significa que conseguimos chegar muito próximo da baliza deles. O que acontece é que as equipes se fecham atrás. O Unión Española não criou jogadas de perigo, mas em um contra-ataque conseguiram achar o pênalti e o gol. Não é fácil enfrentar essa pressão de vencer e encontrar uma equipe organizada defensivamente. Eles têm méritos. Faltou tranquilidade. Temos que estar mentalmente fortes. Estamos em segundo lugar e temos chance de se classificar até com um empate na Argentina.
Vaias e gritos de "burro"
- Acho normal. A torcida fez seu papel, encheu o estádio e acreditava na vitória também. No fim, ficou desapontada. Nem ouvi (as vaias). Saio rápido para o vestiário quando ganha ou perde. Acho natural acontecer isso. Se fosse torcedor, também estaria muito chateado.
Pressão nos jogadores?
- Agora temos que cada vez mais blindar, se fechar ainda mais como grupo, e a direção vir junto também. Temos possibilidades reais de classificação. Não adianta esses fatores de salário atrasado terem um peso maior do que a nossa classificação. Os jogadores provaram de novo. Correram, lutaram, mas infelizmente a vitória não veio. Vão chegar as críticas. É uma competição complicada, muitos brasileiros não estão com tranquilidade para se classificar.
Atuação dos substitutos: Lucas, Bolatti e Henrique
- O problema é o resultado. Se olharmos o jogo, fomos mais consistentes, mas em cima do adversário. O Lucas fez um jogo bom. Bolatti fez um bom jogo. O Henrique, procurei colocar depois um jogador que vinha trienando bem, o Ronny. Arriscamos. Não podemos classificar o jogo do Henrique como ruim.
Qual postura adotar na Argentina?- Nós não jogamos bem quando recuamos. Nossos melhores momentos são quando jogamos em cima. Jogo de futebol é de imposição, vamos tentar nos impor lá. O empate não é total garantia de classificação. Então, não podemos pensar nisso. Temos muita esperança, se terminasse hoje estaríamos classificados.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/04/hungaro-admite-falta-de-el-tanque-faltou-uma-presenca-efetiva-na-area.html