Esporte
Grêmio perde para San Lorenzo nos pênaltis e é eliminado nas oitavas
Tricolor vence por 1 a 0, mas acaba derrotado na série de cobranças por 4 a 2. Barcos e Maxi Rodríguez erraram em noite de público recorde na Arena
A CRÔNICA
O Grêmio tinha a chance de repetir o filme saboreado contra a LDU ou o amargado diante do Atlético-PR, em decisões nas quais precisava recuperar placar adverso de 1 a 0 no ano passado. O Tricolor bem que tentou reprisar na noite desta quarta-feira a primeira opção. Chegou a levar aos pênaltis, com gol de Dudu. Mas, assim como contra os paranaenses pela Copa do Brasil, viu o sonho da Libertadores ruir. Desta vez, o rival era o San Lorenzo, que conseguiu suportar a pressão de um público recorde na Arena e foi mais frio nas penalidades. Assim, chega ao fim a décima tentativa pelo sonho do tricampeonato.
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O placar nas penalidades ficou em 4 a 2 para o San Lorenzo, que não errou suas cobranças. Pelo lado brasileiro, Barcos e Maxi Rodríguez pararam em Torrico. Ao contrário do time, a torcida conseguiu se superar. Levou 47.244 pessoas à Arena, ultrapassando o maior público do estádio, que era inclusive da partida já citada, diante do Furacão. O mar azul, no entanto, acabou frustrado. Faltou mais para bater o atual campeão argentino, um clube abençoado pelo seu torcedor mais ilustre, o Papa Francisco.
Resta ao Grêmio o Brasileirão - a Copa do Brasil só começará para o clube nas oitavas. Neste sábado, visita o Santos em São Paulo, procurando a segunda vitória em três rodadas da competição. Na próxima semana, o classificado San Lorenzo começa as quartas da Libertadores com o Cruzeiro, que eliminou o Cerro Porteño.
Grêmio reclama de gol anulado no se-
gundo tempo (Foto: Wesley Santos/
Agência PressDigital)
Primeiro tempo sem inspiração
Diante de um semblante grave, solene como o significado do jogo, Enderson pedia um time ofensivo e calmo. A primeira parte ele cumpriu ao sacar o volante Ramiro e ir a campo com três meias para servir Barcos. Logo aos 10 minutos, no entanto, o próprio treinador não conseguiu controlar o emocional. Deu bronca forte no árbitro uruguaio Roberto Silva, que quase o expulsou. Logo depois, os nervos se afloraram ainda mais quando Barcos recebeu grande passe do sempre competente Dudu e encobriu o goleiro. Sobre a linha, surgiu um impensável carrinho de Buffarin. O time do Papa era salvo por milagre na Arena incrédula.
Um estádio cheio que, após esse lance, só conseguiu arrancar o “uh” da garganta em nova finalização de Barcos sobre o goleiro. Também sentiu um nó de aflição ao ver Pará errar a saída de bola, aos 23 minutos. Correa lançou Villalba, que só não marcou porque Zé Roberto deu carrinho salvador na área. A partir daí, o San Lorenzo mostrou que era mais do que um time disposto a fazer o tempo passar simulando contusões. Passou a jogar de igual para igual. E enervar não só o já agitado Enderson como a torcida, que passou a concentrar sua tensão nos erros de Pará.
Dudu salva, até os pênaltis Se não deu no jeito, que funcione à força. O metódico time de Enderson se transformou numa equipe mais vibrante e, embora sem tanta organização, conseguiu empurrar o San Lorenzo, antes à vontade, para o seu campo de defesa. Logo aos três minutos, Barcos empurrou para as redes, impedido. Mas o árbitro validou, a Arena explodiu e só parou de vibrar quando o bandeirinha convenceu o juiz, acertadamente. Depois, Rodriguinho entrou no lugar de Zé Roberto e Maxi Rodríguez, na vaga de Luan.
O time melhorou. Inclusive, começou a acertar a bola parada. Numa delas, Geromel cabeceou na trave. Dudu, talvez na grande chance, invadiu a área e disparou sobre o corpo do goleiro. Os argentinos acordaram aos 23, quando Matos perdeu tempo e o gol que enterraria o Tricolor. Nem o Papa pode com a máxima do futebol de quem não faz leva. Aos 38, Rodriguinho cruzou forte e premiou Dudu, sempre ele, o mais procurado, esforçado e eficiente. De cabeça, 1 a 0.
Nas penalidades, Barcos e Maxí Rodríguez erraram, parando no bom goleiro Torrico. Riveros e Rodriguinho converteram. O San Lorenzo foi certeiro como a fé no Papa. Ortigoza, Matos, Blandi e Buffarini deram fim ao sonho do tri do Grêmio. Não deu para Marcelo Grohe, herói na série na marca da cal contra a LDU, na pré-Libertadores de 2013. Já para os argentinos ainda é possível almejar um título inédito. Fé eles já tinham. Agora, têm a vaga às quartas na mão.
Grohe não consegue pegar penalidades
(Foto: Diego Guichard/
Globoesporte.com)
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/libertadores-2014/30-04-2014/gremio-san-lorenzo.html
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