- É importante que o treinador, que vai ser escolhido em conjunto com o presidente, esteja em sintonia direta conosco. Vamos viajar muito, assistir a jogos, treinamentos e interagir com treinadores. Precisamos saber o que está acontecendo. Precisamos adaptar o que está acontecendo ao nosso estilo e à nossa cultura - afirmou o novo coordenador.
Gilmar Rinaldi é escolhido como
coordenador de seleções da CBF
(Foto: Bruno
Domingos / Mowa Press)
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- Rinaldi se reuniu com Marin na segunda
Integrante do elenco tetracampeão mundial em 1994, Gilmar Rinaldi, 55 anos, já exerceu cargo diretivo no Flamengo, um dos clubes onde atuou – também passou por Inter, São Paulo e Cerezo Osaka, do Japão. Depois de aposentado, trabalhou como empresário, gerenciando a carreira de jogadores. Em sua primeira manifestação, Gilmar disse que não haverá conflito ético no novo cargo, visto que deixou de ser agente.
- Quero deixar bem claro que minha atividade de agente de futebol não existe mais - disse ele.
José Maria Marin espera anunciar o
novo treinador até terça-feira. Será
brasileiro (Foto: André Durão)
- Conversamos algumas coisas e estamos em contato. Traçamos um perfil e vamos conversar com essa pessoa. O mais importante é definir o que nós queremos e o perfil desta pessoa que queremos. Temos que reconhecer que precisamos mudar. Temos amistosos em breve. Não temos tempo para pensar, é hora de trabalhar.
A expectativa de Marin é anunciar o novo técnico até terça-feira.
- Nós pensamos (em anunciar o novo técnico) no início da próxima semana, talvez. Depende de algumas conversas que vamos ter neste fim de semana e esperamos até terça-feira (fazer o anúncio). É muito importante que o treinador, além da sua capacidade técnica, esteja dentro do que foi exposto aqui. O Gilmar vai participar ativamente desta escolha. Esperamos, no mais tardar, estar aqui na terça-feira para apresentar o novo treinador.
Confira abaixo alguns pontos abordados por Gilmar Rinaldi em sua coletiva de apresentação:
Estrutura
- Na verdade, nós saímos de uma Copa com muitos ensinamentos e vamos usar essa estrutura. A estrutura está bem mais preparada do que nós pensávamos. É a hora de arriscar, de ousar e acreditar no trabalho. Se percebemos que esse é o caminho, nós vamos atrás disso.
Perfil do treinador
- Será que alguém que siga essa filosofia. A pessoa que vem precisa saber as dificuldades de assumir a Seleção e dos valores que serão passados aqui dentro.
Treinador estrangeiro
- Não é o momento. Vamos buscar em nossa casa alguém que conheça o nosso futebol, nossas qualidades, nossos defeitos. O tempo que nós temos nem é tão grande, e temos que definir isso logo.
Filosofia
- É uma nova forma de ver as coisas. Partindo da seleção do Gallo. Temos que avançar em algumas coisas que a comissão antiga não teve tempo de fazer. O momento é esse. Teremos a chance de fazer algo que muitos não tentaram fazer. A prioridade é a base. Vamos priorizar o coletivo, e não o individual. Nós temos sempre algo a mais, o talento individual que surge todos os anos, mas temos que privilegiar a base.
Alemanha como exemplo
- Você precisar acreditar no trabalho e no projeto que está disposto a fazer. Será um projeto diferente. Vamos aprender a cada dia. O maior exemplo que a Alemanha me deu foi no primeiro jogo. O maior ensinamento que a gente tenha além da parte tática. Eles tinham um jogador no elenco, e mesmo com o time ganhando de 4 a 0, o treinador não colocou esse jogador em campo. Eu me perguntei: "Por que ele não colocava o Klose para fazer o gol?". O coletivo estava acima do individual. Eles tinham o objetivo, ele teria a chance de fazer o gol dele. Teremos sempre o plus do jogador brasileiro, do craque. Todos sabem que continuaremos produzindo jogadores e temos que buscar isso.
- Você precisar acreditar no trabalho e no projeto que está disposto a fazer. Será um projeto diferente. Vamos aprender a cada dia. O maior exemplo que a Alemanha me deu foi no primeiro jogo. O maior ensinamento que a gente tenha além da parte tática. Eles tinham um jogador no elenco, e mesmo com o time ganhando de 4 a 0, o treinador não colocou esse jogador em campo. Eu me perguntei: "Por que ele não colocava o Klose para fazer o gol?". O coletivo estava acima do individual. Eles tinham o objetivo, ele teria a chance de fazer o gol dele. Teremos sempre o plus do jogador brasileiro, do craque. Todos sabem que continuaremos produzindo jogadores e temos que buscar isso.
Trabalho como agente
- Já há algum tempo, e o pessoal da imprensa sabe disso, que eu havia desistido de continuar. Mantive alguns jogadores por lealdade. Esses jogadores foram comunicados ontem à noite por uma mensagem e não devem ter entendido. Tive uma passagem pela Seleção desde 1984 e até 1998, quando eu fui observador. Eu tenho que trabalhar duro, acreditar no meu trabalho e pensar no futuro.
- O que mais me incomodou no jogo com a Alemanha foi o boné. Não o boné, mas o que estava escrito ("Força, Neymar"). Ali deveria ser "Força, Bernard". No futebol é tudo muito rápido, dinâmico. Deveria ter "Força, Bernard" ou o nome do jogador que vai entrar. Me incomodou, comentei com meus filhos.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2014/07/marin-anuncia-gilmar-rinaldi-como-diretor-de-selecoes-da-cbf.html