A despedida dos Jogos Pan-Americanos de Toronto não podia ser melhor para Formiga. A veterana de 37 anos fez gol na final e ajudou o Brasil a golear a Colômbia na disputa pelo ouro. A medalha dourada, aliás, foi sua terceira na competição continental. Agora, ela já decidiu que irá se despedir da seleção após os Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem, mas seguirá por um tempo jogando por clubes. Com sensação de dever cumprido nos 20 anos de seleção - com duas pratas olímpicas - , a volante enxerga uma boa renovação da equipe para o futuro.
- Tem que deixar algo positivo para aquelas que estão vindo. Que o próximo Pan, quem ficar, tenha essa recordação de muita luta e muito trabalho. É o que eu peço para essas meninas. Para mim, por ser meu último, fiz algo para ajudar. Estão surgindo meninas novas, temos base agora, temos que dar total atenção e preparar essas meninas. É lento, está na hora de acelerar o processo para não cair de produção.
É inegável que o futebol masculino do Brasil não vive sua melhor fase, com o 7 a 1 na Copa do Mundo, a saída precoce da Copa América e até o bronze nos Jogos Pan-Americanos. Formiga revelou que, antes da final de Toronto, a equipe feminina se reuniu e conversou para não deixar esse cenário influenciar.
Confira o calendário de todos os eventos do Pan de Toronto
Confira a disputa do quadro de medalhas nos Jogos Pan-Americanos
- A gente fica triste, somos brasileiros, queremos que todas as modalidades ganhem e durante essa semana a gente veio conversando que não tínhamos que levar pressão em relação a como está o futebol brasileiro masculino. Temos que fazer nosso papel. Claro, que a gente ganhando dá mais visibilidade para o futebol feminino. Mas sabemos que esses meninos lutaram e a vontade deles era ser campeões como nós - disse.
Formiga e a seleção brasileira também foram medalhistas de ouro em Santo Domingo 2003 e Rio 2007. Há quatro anos, em Guadalajara 2011, levaram a prata após perder para o Canadá, nos pênaltis.
Após a conquista, o técnico Vadão deixou o estádio de Hamilton com a bola da partida de recordação. Mesmo no momento de alegria, no entanto, ele lembrou que ainda falta um olhar mais atento com o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. Mesmo com um trabalho realizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o treinador questiona a não inserção da prática entre meninas no país, assim como a falta de competições.
– O Brasil está precisando muito desenvolver a modalidade. Perdeu muito nesses últimos anos e os outros países evoluíram demais. A gente encontra muita dificuldade, o apoio não é grande. Se a gente não começar a jogar o futebol feminino nas escolas, nas prefeituras e que os governantes assumam isso como planejamento governamental, a gente vai ficar atrás dos países mais desenvolvidos. A gente tem países como França, Alemanha, Canadá, Austrália e Estados Unidos que estão com o desenvolvimento da modalidade muito avançado, e a gente acabou ficando para trás. Acho que uma vitória dessa, uma medalha dessa, nos ajuda muito a melhorar a modalidade no Brasil - disse o treinador brasileiro.
Atualmente, a equipe brasileira de futebol feminino trabalha com um projeto de ''seleção permanente''. Para conquistar o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a equipe teve que juntar duas competições, já que semanas antes havia disputado a Copa do Mundo, também no Canadá. Na ocasião, foram eliminadas nas oitavas de final.
FONTE:
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Tricampeã pan-americana, Formiga exibe
medalha no pódio em Toronto (Foto:
Tom Szczerbowski/Reuters)
É inegável que o futebol masculino do Brasil não vive sua melhor fase, com o 7 a 1 na Copa do Mundo, a saída precoce da Copa América e até o bronze nos Jogos Pan-Americanos. Formiga revelou que, antes da final de Toronto, a equipe feminina se reuniu e conversou para não deixar esse cenário influenciar.
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- A gente fica triste, somos brasileiros, queremos que todas as modalidades ganhem e durante essa semana a gente veio conversando que não tínhamos que levar pressão em relação a como está o futebol brasileiro masculino. Temos que fazer nosso papel. Claro, que a gente ganhando dá mais visibilidade para o futebol feminino. Mas sabemos que esses meninos lutaram e a vontade deles era ser campeões como nós - disse.
Vadão comandou a seleção feminina no Mundial e no Pan, no Canadá (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Após a conquista, o técnico Vadão deixou o estádio de Hamilton com a bola da partida de recordação. Mesmo no momento de alegria, no entanto, ele lembrou que ainda falta um olhar mais atento com o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. Mesmo com um trabalho realizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o treinador questiona a não inserção da prática entre meninas no país, assim como a falta de competições.
– O Brasil está precisando muito desenvolver a modalidade. Perdeu muito nesses últimos anos e os outros países evoluíram demais. A gente encontra muita dificuldade, o apoio não é grande. Se a gente não começar a jogar o futebol feminino nas escolas, nas prefeituras e que os governantes assumam isso como planejamento governamental, a gente vai ficar atrás dos países mais desenvolvidos. A gente tem países como França, Alemanha, Canadá, Austrália e Estados Unidos que estão com o desenvolvimento da modalidade muito avançado, e a gente acabou ficando para trás. Acho que uma vitória dessa, uma medalha dessa, nos ajuda muito a melhorar a modalidade no Brasil - disse o treinador brasileiro.
Atualmente, a equipe brasileira de futebol feminino trabalha com um projeto de ''seleção permanente''. Para conquistar o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a equipe teve que juntar duas competições, já que semanas antes havia disputado a Copa do Mundo, também no Canadá. Na ocasião, foram eliminadas nas oitavas de final.
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