Fora da seleção e sem auxílio, musa do taekwondo lança novo ensaio
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Fora da seleção e sem auxílio, musa do taekwondo lança novo ensaio


Talisca Reis faz fotos em busca de patrocínio e, sem Bolsa-Atleta, conta com o apoio da Marinha para custear suas viagens: "Não vejo nada demais em usar a beleza"


Por Rio de Janeiro


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  • Veja o primeiro ensaio de Talisca Reis
  • Confira o segundo ensaio da taekwondista
  • GALERIA DE FOTOS: o novo ensaio de Talisca

Atual 35ª do ranking mundial na categoria até 49kg, a paranaense Talisca Reis vive um momento complicado financeiramente na carreira. Medalha de prata nos Jogos Mundiais Militares (2011) e no Pan-Americano da categoria (2010), a morena de 24 anos está fora da seleção brasileira neste ano já que perdeu na seletiva nacional. Por conta disso, ficou sem o auxílio do Bolsa-Atleta. Contando basicamente com o apoio da Marinha do Brasil, onde é terceiro sargento, ela recorreu à beleza para tentar buscar maneiras de financiar suas viagens para as competições.

Talisca Reis está no Peru. Depois, segue para os Estados Unidos para um período de treinamentos e vai para o Irã, onde disputa o Mundial Militar. Ela ainda espera competir ainda na Argentina, Costa Rica e México este ano. A atleta, que foi eleita pelo site americano "USA News" a segunda mais bonita atleta do taekwondo mundial, resolveu lançar um ensaio fotográfico a fim de buscar patrocinadores. Apesar de receber algumas críticas por explorar um lado mais sensual, ela diz que há também quem apoie a iniciativa.

- Não fechei nenhum contrato com as fotos que fiz ainda (Talisca já lançou outros dois ensaios anteriormente). Tive algumas propostas. Nada muito interessante, mas estou aberta a conversar. Não vejo nada demais em usar a beleza para buscar patrocínios e penso que muitas atletas de alto rendimento fazem o mesmo por não ter apoio. Claro que sempre vai ter críticas e elogios.

Tento levar da melhor maneira e não me importar com o que falam, pois muitos não sabem nem um terço do que passo para buscar minhas metas e meus sonhos. Se não fosse a Marinha hoje, dificilmente viajaria para fora do Brasil - lamentou a taekwondista.

Talisca Reis, lutadora de taekwondo (Foto: Divulgação)
Talisca Reis, lutadora de taekwondo, 
busca patrocínio (Foto: Fausto 
Roim/Divulgação)

Talisca também já teve uma experiência com o "crowdfunding" (ou "vaquinha virtual"), que consiste em uma ferramenta para arrecadar dinheiro com vários objetivos, como financiar um show, por exemplo. No caso dela, foi para bancar sua ida ao Aberto do Canadá, em maio do ano passado, na cidade de Toronto. A lutadora ofereceu prêmios, como uma proteção de antebraço, caneleiras, uma camisa e até um mês de aulas de taekwondo para adulto ou para duas crianças, de acordo com o tamanho da contribuição, e conseguiu estar na competição. Ela não descarta a retomada do financiamento coletivo.

- Pensei sim em usar novamente esse sistema, pois como estou viajando para quase todos os Opens do meu próprio bolso, fica cada vez mais difícil participar dos que valem pontos no ranking olímpico. Houve competições no Irã, na Alemanha , na Moldávia e na Grécia (todas valem 10 pontos) em que não pude pagar do meu bolso - lembrou a atleta.


Talisca Reis, lutadora de taekwondo (Foto: Divulgação)
Talisca Reis quer estar em 2016 no 
taekwondo(Foto: 
Fausto Roim/Divulgação)

A taekwondista está na expectativa de sair o auxílio do Bolsa-Pódio, do Ministério do Esporte. Para conseguir uma bolsa de R$ 8 mil, ela precisa preencher um dos seguintes requisitos: ter terminado o Campeonato Mundial 2013 (ou competição equivalente no ano passado) de nono a 16º; ter sido da nona à 16ª colocada no Mundial 2014 (ou torneio similar neste ano); ou estar ranqueada entre nono e 16º no ranking mundial da temporada. Como foi eliminada nas oitavas e ficou em nono lugar no último Mundial, ela terá direito ao benefício, mas está no aguardo e garante que o apoio "mudará sua carreira".

A atleta fez críticas apenas ao modelo da seleção brasileira, que escolhe seus atletas por meio da seletiva nacional. Muitas vezes, segundo ela, lutadores com melhores posições no ranking mundial perdem suas disputas na seletiva do país e acabam fora da equipe. Desse modo, perdem o direito ao Bolsa-Atleta. Mesmo assim, ainda podem se classificar para as Olimpíadas, que usam o ranking como uma das formas de garantir vaga. A outra é por meio de seletivas pan-americanas e mundiais. O Brasil, por ser sede, já tem duas vagas, uma no masculino e outra no feminino.

- Meu caso é um bom exemplo. Perdi a seletiva nacional, mas estou melhorando no ranking fora do Brasil, disputando Opens que valem pontos para essa lista. Além disso, passei a disputar agora só nos 49kg (peso olímpico). Antes, lutava também nos 53kg. E, por isso, ainda vou ter pontos computados. E é através desse ranqueamento que tenho chances de estar nas Olimpíadas em 2016. Por isso, preciso estar lutando. O que importa, nesse caso, é o ranqueamento internacional. Minha meta é estar entre as seis melhores do meu peso ter a vaga automática. Com as novas regras, as seis melhores não precisam fazer seletiva pan-americana e mundial para ir aos Jogos - concluiu.


Talisca Reis, lutadora de taekwondo (Foto: Divulgação)
Talisca Reis em ensaio para tentar 
conseguir patrocinadores (Foto: 
Fausto Roim/Divulgação)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/taekwondo/noticia/2014/07/fora-da-selecao-e-sem-auxilio-musa-do-taekwondo-lanca-novo-ensaio.html



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