Caso Héverton, que mexeu com queda no Brasileirão 2013, volta à tona com a Fifa
(Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)
Ao fim do Brasileirão daquele ano, a revelação de que a Lusa havia escalado Héverton irregularmente – o jogador estava suspenso, mas entrou em campo na última rodada, contra o Grêmio – desencadeou o rebaixamento do clube paulista, livrando o Fluminense de disputar novamente a Segunda Divisão. O caso resvalou também no Flamengo, que, também punido pela escalação irregular de um de seus atletas (André Santos), disputaria a Série B caso a Portuguesa não tivesse perdido os mesmos quatro pontos.
Um ano depois, o Ministério Público de São Paulo apontou que funcionários da Lusa haviam recebido dinheiro para que Héverton fosse escalado, e o Fluminense, movido também pela acusação de Ilídio Lico, então presidente do clube paulista, de que a utilização do jogador foi "coisa premeditada", foi ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedir nova investigação. Agora, da Lupa pede que o caso seja investigado pela CPI porque "pode ter havido manipulação para prejudicar a Portuguesa", atendendo a "interesse de Fluminense, Flamengo e CBF".
Partes envolvidas, os clubes tricolor e rubro-negro se manifestaram por intermédio de suas assessorias sobre o pedido do ex-mandatário da Portuguesa.
– O Fluminense apoia todo tipo de investigação sobre este caso. O clube sente que teve a sua imagem prejudicada publicamente naquela ocasião, por isso também tem todo o interesse em que se esclareça o que de fato aconteceu. O clube sempre teve esta demanda – relatou o Tricolor.
– Como já informado, o Flamengo quer que o caso seja esclarecido e está à disposição para prestar qualquer esclarecimento que lhe seja solicitado – informou o Rubro-Negro.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vem tocando a investigação do caso em, e Manuel Da Lupa é apontado pelo promotor Roberto Senise Lisboa como uma das pessoas que, deliberadamente, omitiram da comissão técnica da Portuguesa a informação de que o atacante Héverton não tinha condições de atuar naquela partida.
Segundo Senise, que comanda o inquérito civil instaurado pelo Ministério Público-SP para apurar o caso, as investigações mostram que da Lupa, o advogado Valdir Rocha e o ex-vice-presidente de futebol da Lusa, Roberto dos Santos, além de outros dois funcionários não identificados, sabiam que Héverton não poderia atuar e se omitiram em troca de "vantagem". Da Lupa foi expulso do Conselho Deliberativo da Portuguesa no último dia 30 de abril. O Conselho entendeu que ele era culpado.
FONTE:
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