Flamengo e Botafogo se acostumaram a protagonizar grandes clássicos nos últimos anos, com muitos gols e emoção de sobra. Neste domingo, porém, os rivais fizeram um duelo pálido, triste. Bem abaixo do que sugeria o bom começo de campeonato alvinegro e o preço do elenco rubro-negro. O resultado foi um 0 a 0 fiel ao que se viu em campo. Foi o primeiro jogo sem gols no Brasileirão deste ano. Placar que tira parte da confiança do Botafogo e abala de vez um Flamengo - que teve Bottinelli expulso aos 23 minutos de jogo - e chegou ao quarto empate em cinco jogos no campeonato.
Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Atlético-MG, sábado, no Engenhão. No dia seguinte e no mesmo estádio, o Botafogo duela com o Grêmio.
Fla fica com um a menos no primeiro tempo
O Botafogo iniciou a partida forçando a jogada pela ponta esquerda. Ora com Cortês, ora com Everton. Léo Moura sofreu na marcação e teve de contar com o auxílio de David Braz no setor. O Alvinegro era mais perigoso, porém, o esquema com Herrera sozinho no ataque dificultou a conclusão das jogadas.
Padecendo dos mesmos males de outras partidas (excesso de passes errados, falta de um articulador e atacantes isolados), o Flamengo mal conseguiu passar do meio-campo nos 20 minutos iniciais. A primeira chance foi aos 22, quando Jefferson se enrolou com Fábio Ferreira e a bola sobrou para Diego Maurício. Desequilibrado, o atacante chutou fraco, e Alessandro não teve dificuldade para salvar.
A atuação ruim rubro-negra teve mais um obstáculo quando Bottinelli se jogou na área em disputa com Cortês e recebeu o segundo cartão amarelo do árbitro Felipe Gomes, aos 23. Mesmo com um jogador a mais, o Botafogo teve dificuldade para pressionar. De positivo, o afinco de Elkeson na marcação e a vontade de Lucas Zen. Nomes que acabaram sacados no intervalo. A saída de Zen foi para evitar uma possível expulsão, já que ele havia recebido cartão amarelo. Elkeson foi substituído porque não estava se sentindo bem, depois de passar a semana gripado. O Flamengo também teve uma mudança até certo ponto inesperada: Diego Maurício deu lugar ao novato volante Luiz Antônio.
Segundo tempo repleto de erros dos dois lados
Com o disperso Ronaldinho Gaúcho isolado na frente, o Flamengo passou a jogar todo fechado, atraindo o Botafogo para seu campo. Alex teve ótima chance em falha de David Braz. Pouco depois, Felipe salvou o Fla em bom chute de Bruno Tiago. O gol do Botafogo parecia questão de tempo. Mas a aparência enganou. O ímpeto parou por ali.
O Flamengo vivia de lances esporádicos, como uma fraca cabeçada de Luiz Antônio. Era um time lento, previsível, sem alma. Thiago Neves conseguiu finalizar uma bola na lateral: era o resumo perfeito da tarde rubro-negra. Na única chance real da equipe de Luxemburgo, Willians tentou fazer um gol de calcanhar. Mandou para fora. A torcida, que já não acreditava muito no milagre, entregou os pontos de vez.
Para sorte do Flamengo, a inspiração do Botafogo sumiu. Depois de uma pressão nos primeiros 20 minutos, o time passou a errar passes em sequência, facilitando o trabalho do rival. Aos 30 do segundo tempo, o jogo chegou à marca de 50 passes errados, com 25 para cada lado. Uma estatística que justifica o clássico insosso.
No fim, a partida ganhou um pouquinho de emoção, com os dois times tentando ganhar dois pontos no erro do adversário. O Botafogo se abria. Luxemburgo lançou Negueba e Wanderley na esperança do gol que o fizesse sair do estádio como um grande estrategista. Tirou Thiago Neves e jogou para o alto a convicção de manter sempre Ronaldinho Gaúcho até o fim. O camisa 10 foi muito vaiado, mais do que na derrota para o Ceará, a única do Flamengo no ano.
Mesmo com as mudanças rubro-negras e o avanço alvinegro, o zero continuou até o fim. E as duas torcidas deixaram o estádio com a sensação de que desperdiçaram horas preciosas do domingo para assistir a um melancólico espetáculo.
Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Atlético-MG, sábado, no Engenhão. No dia seguinte e no mesmo estádio, o Botafogo duela com o Grêmio.
Fla fica com um a menos no primeiro tempo
O Botafogo iniciou a partida forçando a jogada pela ponta esquerda. Ora com Cortês, ora com Everton. Léo Moura sofreu na marcação e teve de contar com o auxílio de David Braz no setor. O Alvinegro era mais perigoso, porém, o esquema com Herrera sozinho no ataque dificultou a conclusão das jogadas.
R10 e Fábio Ferreira: clássico de penteados ousados e futebol modesto (Foto: Alexandre Vidal - Fla Imagem)
Padecendo dos mesmos males de outras partidas (excesso de passes errados, falta de um articulador e atacantes isolados), o Flamengo mal conseguiu passar do meio-campo nos 20 minutos iniciais. A primeira chance foi aos 22, quando Jefferson se enrolou com Fábio Ferreira e a bola sobrou para Diego Maurício. Desequilibrado, o atacante chutou fraco, e Alessandro não teve dificuldade para salvar.
Segundo tempo repleto de erros dos dois lados
Com o disperso Ronaldinho Gaúcho isolado na frente, o Flamengo passou a jogar todo fechado, atraindo o Botafogo para seu campo. Alex teve ótima chance em falha de David Braz. Pouco depois, Felipe salvou o Fla em bom chute de Bruno Tiago. O gol do Botafogo parecia questão de tempo. Mas a aparência enganou. O ímpeto parou por ali.
O Flamengo vivia de lances esporádicos, como uma fraca cabeçada de Luiz Antônio. Era um time lento, previsível, sem alma. Thiago Neves conseguiu finalizar uma bola na lateral: era o resumo perfeito da tarde rubro-negra. Na única chance real da equipe de Luxemburgo, Willians tentou fazer um gol de calcanhar. Mandou para fora. A torcida, que já não acreditava muito no milagre, entregou os pontos de vez.
Para sorte do Flamengo, a inspiração do Botafogo sumiu. Depois de uma pressão nos primeiros 20 minutos, o time passou a errar passes em sequência, facilitando o trabalho do rival. Aos 30 do segundo tempo, o jogo chegou à marca de 50 passes errados, com 25 para cada lado. Uma estatística que justifica o clássico insosso.
No fim, a partida ganhou um pouquinho de emoção, com os dois times tentando ganhar dois pontos no erro do adversário. O Botafogo se abria. Luxemburgo lançou Negueba e Wanderley na esperança do gol que o fizesse sair do estádio como um grande estrategista. Tirou Thiago Neves e jogou para o alto a convicção de manter sempre Ronaldinho Gaúcho até o fim. O camisa 10 foi muito vaiado, mais do que na derrota para o Ceará, a única do Flamengo no ano.
Mesmo com as mudanças rubro-negras e o avanço alvinegro, o zero continuou até o fim. E as duas torcidas deixaram o estádio com a sensação de que desperdiçaram horas preciosas do domingo para assistir a um melancólico espetáculo.
Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Junior Cesar; Willians, Renato, Bottinelli e Thiago Neves (Negueba) ; Ronaldinho (Wanderley) e Diego Maurício (Luiz Antônio) | Jefferson; Alessandro, Antonio Carlos, Fábio Ferreira e Cortês (Lucas); Marcelo Mattos, Lucas Zen (Bruno Tiago), Everton, Elkeson (Alex) e Maicosuel; Herrera |
Técnico: Vanderlei Luxemburgo | Técnico: Caio Júnior |
Cartões amarelos: Bottinelli, Ronaldinho Gaúcho (Flamengo), Everton, Lucas Zen, Bruno Tiago (Botafogo). Cartão vermelho: Bottinelli (Flamengo) | |
Árbitro: Felipe Gomes da Silva (RJ). Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ) e Rodrigo Henrique Correa (RJ). | |
Público: 15.832 pagantes Renda: R$ 441.925,00 FONTE http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/06/fla-e-botafogo-esquecem-emocoes-recentes-primeiro-0-0-do-brasileiro.html |