O que era uma possibilidade clara ganhou mais força na Gávea: o Flamengo não joga mais no Maracanã neste Brasileirão nas condições atuais do acordo com o Consórcio SA. O recorde de público quebrado na vitória sobre o Cruzeiro, quarta-feira, pela Copa do Brasil, somado ao apelo popular da ocasião, fizeram com que a diretoria adotasse postura de guerra por uma fórmula mais lucrativa de utilizar o estádio. A revolta rubro-negra se dá, principalmente, pelos gastos operacionais apresentados, e o desejo é de uma redução em até 70%. Paralelamente a esta postura, no entanto, há um consenso de que os jogos decisivos da Copa do Brasil devem ser disputados no Rio de Janeiro.
O contrato-teste firmado por Flamengo e consórcio prevê divisão igual de lucros e despesas do Maracanã. Os custos operacionais, no entanto, são estabelecidos pelos gestores do local e os valores apresentados são apontados como absurdos. Para se ter uma ideia, o que é pago com despesas de segurança, por exemplo, é mais do que o dobro de Brasília. Em jogos com bom público - na casa dos 35 mil torcedores -, o Rubro-Negro estima um lucro de até R$ 600 mil a mais na capital federal.
Com a impossibilidade de atuar no Mané Garrincha na próxima quarta-feira por causa do jogo da Seleção contra a Austrália no mesmo local, no dia 7, o clube marcou para o Maracanã a partida contra o Vitória, pela 18ª rodada do Brasileirão. Para isso, porém, o consórcio foi flexível e reduziu em 30% os gastos operacionais - metade do que é desejado. Embalado pela repercussão da vitória com o Cruzeiro, o Fla promete uma postura mais rígida daqui para frente e só aceitará o estádio nos termos que aponta como mais justos. Os duelos contra Santos e Criciúma, próximos de mando rubro-negro após o Vitória, seguem com local indefinido, mas o panorama atual aponta para Brasília.
Nas duas partidas em que atuou no Maracanã, o Flamengo recebeu menos do que 30% da renda: 29,8% diante do Botafogo e 28% contra o Cruzeiro. Dos R$ 2.266.070,00 arrecadados contra os mineiros, apenas R$ 624.429,68 foram para os cofres rubro-negros. Na verdade, o clube e o consórcio que administra o estádio dividiram igualmente a renda líquida (já abatida todas as despesas), com cada parte recebendo R$ 734.623,15, mas uma penhora de R$ 110.193,47 diminuiu a fatia do Rubro-Negro.
No clássico com o Glorioso, o Rubro-Negro teve que pagar ao consórcio R$ 1.081.568,41 para utilização do Maracanã, ficando com R$ 1.081.423,31 da renda, mas, como R$ 162.213,50 foram penhoras, bateram nos cofres do clube R$ 919.209,81 dos R$ 3.082.555,00 arrecadados.
Com a paralisação da Copa do Brasil, que terá as quartas de final somente no fim de outubro, há tempo de sobra para que clube e consórcio cheguem a um denominador comum. Caso o embate persista, porém, já é consenso no Flamengo de que a partida de seu mando contra o Botafogo e uma possível participação na semifinal e final acontecerão no Maracanã.
Em contato com o GLOBOESPORTE.COM, o Consórcio SA informou que não se pronunciará a respeito do caso, buscando uma solução em conversas diretamente com o Flamengo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/08/fla-aperta-cerco-contra-consorcio-mas-joga-copa-do-brasil-no-maraca.html
O contrato-teste firmado por Flamengo e consórcio prevê divisão igual de lucros e despesas do Maracanã. Os custos operacionais, no entanto, são estabelecidos pelos gestores do local e os valores apresentados são apontados como absurdos. Para se ter uma ideia, o que é pago com despesas de segurança, por exemplo, é mais do que o dobro de Brasília. Em jogos com bom público - na casa dos 35 mil torcedores -, o Rubro-Negro estima um lucro de até R$ 600 mil a mais na capital federal.
Flamengo contou com grande público no Maracanã contra o Cruzeiro (Foto: Alexandre Vidal)
Nas duas partidas em que atuou no Maracanã, o Flamengo recebeu menos do que 30% da renda: 29,8% diante do Botafogo e 28% contra o Cruzeiro. Dos R$ 2.266.070,00 arrecadados contra os mineiros, apenas R$ 624.429,68 foram para os cofres rubro-negros. Na verdade, o clube e o consórcio que administra o estádio dividiram igualmente a renda líquida (já abatida todas as despesas), com cada parte recebendo R$ 734.623,15, mas uma penhora de R$ 110.193,47 diminuiu a fatia do Rubro-Negro.
No clássico com o Glorioso, o Rubro-Negro teve que pagar ao consórcio R$ 1.081.568,41 para utilização do Maracanã, ficando com R$ 1.081.423,31 da renda, mas, como R$ 162.213,50 foram penhoras, bateram nos cofres do clube R$ 919.209,81 dos R$ 3.082.555,00 arrecadados.
Com a paralisação da Copa do Brasil, que terá as quartas de final somente no fim de outubro, há tempo de sobra para que clube e consórcio cheguem a um denominador comum. Caso o embate persista, porém, já é consenso no Flamengo de que a partida de seu mando contra o Botafogo e uma possível participação na semifinal e final acontecerão no Maracanã.
Em contato com o GLOBOESPORTE.COM, o Consórcio SA informou que não se pronunciará a respeito do caso, buscando uma solução em conversas diretamente com o Flamengo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/08/fla-aperta-cerco-contra-consorcio-mas-joga-copa-do-brasil-no-maraca.html