A confissão do menor H. A. M., suposto autor do disparo de sinalizador que matou o adolescente boliviano Kevin Espada, não alterou a situação dos 12 torcedores corintianos presos em Oruro, indiciados após a tragédia no jogo com o San José, na quarta-feira. Enquanto isso, familiares estão preocupados com a situação enfrentada pelos brasileiros na Bolívia. A mãe de Rafael Almeida, Walcineia Almeida, é uma dessas pessoas. Em Praia Grande-SP, ela conta que tem se comunicado com o filho graças a um orelhão dentro do presídio, onde os presos podem falar ao telefone entre as 10h e as 17h.
Rafael, com gesso no braço direito, ao lado de outros corintianos presos em Oruro (Diego Ribeiro)
- Como mãe, estou sem chão. Não tem nem explicação. Estou preocupada por causa do braço dele. Ele passou por uma cirurgia e está com pinos na mão. Estou indo hoje ao médico buscar uma carta para enviar ao consulado explicando a situação dele - afirmou.
Segundo Walcineia, Rafael se machucou após dar um soco na parede. Com o impacto, ele rompeu os ligamentos e precisou passar por uma cirurgia. O jovem precisou colocar três pinos, além de uma placa.
- Ele precisava ter feito curativos, mas ainda não fez. Ele me disse que vem sentindo muita dor no braço. Mas uma moça, que é esposa de um dos que estão presos com ele, comprou medicamentos para o Rafael. Ele também reclamou de falta de ar por causa da altitude. É muito diferente daqui.
Rafael (de boné vermelho) precisa fazer curativos no braço (Foto: Ricardo Taves)
Apesar de a situação dos torcedores ter melhorado após a confissão do menor, Walcineia comentou que os presos têm se alimentado só com bolachas. Ela também informou que a torcida organizada Gaviões da Fiel enviou roupas para eles.
A mãe ainda não conseguiu falar com Rafael nesta terça-feira. Ela disse não entender as leis bolivianas, mas mantém a fé na liberação do filho e dos outros torcedores.
- Eu não entendo que lei é essa. Se ele fosse culpado, nós já ficaríamos tristes, mas ele foi pego só porque estava próximo ao menino que morreu. Mas eu vou manter a fé na justiça de Deus. A dos homens não dá para acreditar, mas vou confiar em Deus.
Walcineia também contou que seu filho esteve muito apavorado nos primeiros dias e que chegou a chorar. Ela pensou em ir até a Bolívia, mas Rafael pediu para ela aguardar até quarta ou quinta-feira, quando os brasileiros poderiam ser liberados. Caso isso não aconteça, ela tentará unir as famílias para tomar alguma atitude.
- Eu irei até o consulado em São Paulo. Vou tentar reunir as famílias. Eu não as conheço, já que muitas delas são de lá. Mas vou tentar unir todos para fazer algo.

Segundo Walcineia, Rafael se machucou após dar um soco na parede. Com o impacto, ele rompeu os ligamentos e precisou passar por uma cirurgia. O jovem precisou colocar três pinos, além de uma placa.
- Ele precisava ter feito curativos, mas ainda não fez. Ele me disse que vem sentindo muita dor no braço. Mas uma moça, que é esposa de um dos que estão presos com ele, comprou medicamentos para o Rafael. Ele também reclamou de falta de ar por causa da altitude. É muito diferente daqui.

A mãe ainda não conseguiu falar com Rafael nesta terça-feira. Ela disse não entender as leis bolivianas, mas mantém a fé na liberação do filho e dos outros torcedores.
- Eu não entendo que lei é essa. Se ele fosse culpado, nós já ficaríamos tristes, mas ele foi pego só porque estava próximo ao menino que morreu. Mas eu vou manter a fé na justiça de Deus. A dos homens não dá para acreditar, mas vou confiar em Deus.
Walcineia também contou que seu filho esteve muito apavorado nos primeiros dias e que chegou a chorar. Ela pensou em ir até a Bolívia, mas Rafael pediu para ela aguardar até quarta ou quinta-feira, quando os brasileiros poderiam ser liberados. Caso isso não aconteça, ela tentará unir as famílias para tomar alguma atitude.
- Eu irei até o consulado em São Paulo. Vou tentar reunir as famílias. Eu não as conheço, já que muitas delas são de lá. Mas vou tentar unir todos para fazer algo.