Empresário indica permanência de Cajá: "Não tem por que sair agora"
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Empresário indica permanência de Cajá: "Não tem por que sair agora"


Apesar do assédio de outros clubes, Cláudio Guadagno praticamente descarta saída do meia para o mercado interno, mas abre possibilidade de negociação para o exterior



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Campinas, SP


Renato Cajá meia Ponte Preta (Foto: Fábio Leoni / PontePress)Discurso de empresário indica que Cajá ficará na Ponte (Foto: Fábio Leoni / PontePress)


Com a blindagem da diretoria ao elenco da Ponte Preta, fechando os treinamentos e proibindo entrevistas ao longo da semana, coube ao empresário de Renato Cajá, o ex-lateral-direito Cláudio Guadagno, quebrar o silêncio sobre a situação do meia. Na contramão do suspense adotado por Cajá, Cláudio foi direto e praticamente descartou a saída do jogador para outro clube do Brasil. Pelas palavras do empresário, domingo, contra o Goiás, tem tudo para ser "o jogo do fico".

- Eles (clube e jogador) têm uma afinidade muito grande. O Renato tem um carinho muito grande pela Ponte e vive um momento maravilhoso. Não tem por que sair agora. Dentro do país não é o momento, é a minha opinião. Acho que não é momento de mudar nada agora. Está tudo muito tranquilo. O Renato tem contrato e está feliz na Ponte - disse o representante do camisa 10, nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Bandeirantes, de Campinas.

Pelo bom início de Campeonato Brasileiro, do qual é artilheiro, com quatro gols, e principal destaque individual até aqui, Cajá despertou interesse de Cruzeiro e São Paulo. O assédio cresceu depois que o próprio jogador colocou em dúvida a permanência no Majestoso, ao dizer depois da vitória sobre o Vasco, por 3 a 0, na última quarta-feira, que "sempre existe a possibilidade (de sair)". Sem revelar os nomes, Cláudio admitiu que foi procurado por outros clubes e que pediu para os interessados buscarem a Ponte para negociar.

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- Em relação aos clubes, prefiro não falar até para não expor as pessoas com quem conversei. Foram quatro clubes grandes, mas prefiro não falar nomes. Todos os clubes que me ligaram eu pedi para ligar para a Ponte Preta, mas não sei se ligaram. Ontem mesmo me ligou um dirigente. Disse a ele que não era justo fazer isso com a Ponte, que era preciso entrar em um acordo e se acertar. O dirigente acabou concordando.

O agente também negou que a permanência de Cajá  esteja atrelada a um reajuste salarial.
- Não falamos mais sobre aumento para ficar, de jeito nenhum. Quando fizemos a última reunião (depois do Paulistão), foi feito o reajuste (salarial). Abaixaram o salário (no fim de 2014) e fizeram o reconhecimento depois, o que é normal. A Ponte pediu para aumentar a multa, sem problema nenhum. Renato está muito focado e acha que a Ponte vai chegar longe no Brasileirão. Não está preocupado com isso (salário maior).

 Acho que não é momento de mudar nada agora. Está tudo muito tranquilo. O Renato tem contrato e está feliz na Ponte
Cláudio Guadagno, empresário de Cajá

O discurso de Cláudio indica que a primeira ameaça da Ponte de perder Cajá deve ser superada. Se entrar em campo contra o Goiás, domingo, às 11h, no Majestoso, e completar o sétimo jogo pela Ponte no Brasileirão, ele excede o limite de partidas para transferências entre times da mesma divisão.

Em relação à possibilidade de o meia deixar a Ponte para o exterior, porém, o empresário evita dar qualquer tipo de garantia. Segundo ele, tudo vai depender da oferta ser vantajosa para as duas partes: Cajá e Ponte. A janela internacional abre no fim do mês, e a multa para fora é de US$ 2 milhões (pouco mais de R$ 6 milhões).

– Sei que a carreira do atleta não é muito longa. O Renato joga mais uns três, quatro, cinco anos. Lado financeiro é muito importante, mas em primeiro lugar vem o lado moral, e logo depois o financeiro. Se surgir uma oportunidade (para o exterior) que seja muito boa para o Renato e muito boa para a Ponte Preta, pode ser que as coisas aconteçam, desde que as coisas caminhem bem. Ele tem a Ponte como a sua casa. Daqui alguns anos, quando o Renato parar de jogar, ele pensa em seguir uma carreira dentro do clube. As duas partes estão bem felizes.

Desde o início das especulações, era grande a confiança da diretoria alvinegra em ficar com Cajá. O trunfo é a multa rescisória (em torno de R$ 3,5 milhões), além de um contrato bem amarrado e as conversas com o jogador e seu representante. Pelo visto, a tranquilidade fazia sentido. 



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