Gustavo Magliocca ainda vai completar dois meses no cargo, mas já precisou conviver com lesões de jogadores neste começo de temporada. Gabriel e Renato, principalmente, ficaram afastados do time do Botafogo por longos períodos, além de Andrezinho, que recebeu uma preparação especial e não participou dos últimos dois jogos, e Gilberto, lateral-direito reserva, ainda se recuperando de uma lesão na coxa direita. Além dos problemas musculares, ele vem enfrentando ainda o processo de recuperação do volante Marcelo Mattos, que torceu fortemente o tornozelo direito.
Essa série de situações vem colocando à prova o trabalho do médico. Magliocca foi contratado no fim do ano passado com o peso de ser um especialista em medicina esportiva. Ele assumiu o comando do departamento no lugar de Luiz Fernando Medeiros, que culminou também nas saídas de Pablo Dias e Victor Batelli.
No momento, apenas Gilberto e Marcelo Mattos não treinam com o grupo e isso deixou Magliocca satisfeito. Ao GLOBOESPORTE.COM, ele disse que ainda precisa de mais tempo para conhecer o grupo e considera que apenas no fim da temporada seu trabalho poderá ser avaliado corretamente.
- Seria irresponsável de dizer que deu tempo de conhecer todos. O planejamento é ser seguro ao longo de um ano e não posso basear o trabalho na primeira fase do Campeonato Carioca, de achar que o mesmo time jogaria 10, 11 jogos seguidos. É fisicamente impossível. O que eu conheço são sete jogos, dentro de uma perspectiva de títulos ao longo do ano. Antes, eu trabalhava com ciclos e entendia a carga que o técnico passava e adaptava para a saúde. Isso gerava performance. No futebol, a carga é o jogo - explicou.
Magliocca vem da natação. Ele fazia parte da comissão técnica que trabalhava com Cesar Cielo. O vice-presidente Chico Fonseca, que também veio da natação, trouxe o médico para o Botafogo. Ele tenta implantar uma nova filosofia, utilizando o número de minutos do jogador em campo para avaliar o desempenho.
- É preciso planejar melhor a condição de rendimento junto ao departamento técnico dentro da função. Tenho a minutagem de cada jogador no ano passado. Em 2012, eles disputavam um jogo a cada cinco dias. Esse ano, tudo dando certo, serão 3,8 dias de intervalo entre os jogos. Tenho que aumentar essa minutagem em uma espaço mais curto de recuperação.Para falar em ano bom ou ruim não é pelo número de lesões, mas pela carga de minutos de jogos executados ao longo do ano. É diferente da natação ou atletismo. Ele não se prepara para jogar uma partida, mas para uma sequência que vai trazendo as suas conquistas - comentou.
As principais lesões deste ano foram esclarecidas pelo médico. Segundo ele, a de Gabriel durante a pré-temporada não foi uma reincidência. Na verdade, houve um teste para saber em que situação se encontrava e constatou-se que ainda não estava curado para se juntar ao grupo. Por isso, seus exames só foram encerrados recentemente, na semana em que foi liberado para trabalhar com os outros companheiros. Tanto que será titular contra o Boavista, domingo, no Engenhão, pela última rodada da Taça Guanabara.
- Quando Gabriel se reapresentou em janeiro ainda tinha o edema. Todo dia, o Ricardo (Henriques, preparador físico) e Altamiro (Bottino, fisiologista) passam a carga que o jogador deve atingir e o Gabriel estava muito avançado no funcional. Decidimos fazer um teste e avisamos que se sentisse qualquer coisa deveria sair do treino. Teve a mesma dor, fizemos um novo exame de imagem e o grau 2 refratário estava lá. Então, voltou ao tratamento - disse Magliocca.
Sobre Renato, a situação mudou. Depois de sofrer uma lesão na coxa esquerda logo na primeira rodada do Carioca, jogador precisou fazer um trabalho de reforço muscular no quadril. Por isso, Magliocca espera colocá-lo à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira para a semifinal ou na final, caso o Botafogo se classifique.
- Renato tinha uma cicatriz no músculo da lesão que sofreu em setembro do ano passado. O exame de imagem estava excelente, mas a fibrose não some e representa um risco de cinco a sete vezes maior do que de outro atleta que nunca teve essa lesão. Ele era um dos melhores na pré-temporada, não tinha minutagem acumulada, mas fez uma amplitude maior do que o normal do músculo no jogo e abriu um pedacinho da fibrose. Depois, fizemos um diagnóstico de disfunção do púbis e trabalhamos o quadril. Temos que avaliar dentro do gesto e está melhor do que eu esperava. A projeção é de que esteja apto na semifinal ou final, que ainda participe da Taça Guanabara.
Com relação a Andrezinho, Magliocca garantiu que não houve uma lesão muscular, mas uma queda em relação à mecânica do jogador. Ele não participou dos três últimos jogos e sequer foi relacionado para os confrontos com Resende e Flamengo. Assim como Gabriel, o meia volta contra o BOavista.
- Em 2011, ele tinha uma minutagem pequena no Internacional.Em 2012, fez um bom trabalho no Botafogo e avaliamos o comportamento físico e a mecânica a jogo. Houve uma queda na mecânica e decidimos tirá-lo desses jogos para intensificar esse trabalho - explicou.
Este ano, o Botafogo ainda teve o lateral-direito Lucas com um periostite (inflamação dos ossos da perna) causada por uma mecânica ruim do pé, que foi corrigida com uma palmilha. Por isso, começou a temporada fora do time para adquirir melhor condicionamento. Seu substituto Gilberto acabou sofrendo uma lesão na coxa direita, repetindo o que havia acontecido em novembro do ano passado.
No ano passado, no mesmo período, o Botafogo havia tido os desfalques de Loco Abreu e Andrezinho, ambos com lesões musculares. Durante a temporada, ainda passaram pelo departamento médico com lesões Fellype Gabriel, Antônio Carlos, Marcelo Mattos, Renato, Gabriel, Lucas, Rafael Marques, Seedorf, Fábio Ferreira, Brinner, Elkeson
- Pensamos o ano inteiro. Não consigo entrar com ansiedade de ter resultado no meio da Copa do Brasil, viajando dia sim, dia não. O plano no geral é em cima da performance - disse Magliocca.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/02/em-fase-de-conhecimento-medico-do-bota-pede-avaliacao-no-fim-do-ano.html
Essa série de situações vem colocando à prova o trabalho do médico. Magliocca foi contratado no fim do ano passado com o peso de ser um especialista em medicina esportiva. Ele assumiu o comando do departamento no lugar de Luiz Fernando Medeiros, que culminou também nas saídas de Pablo Dias e Victor Batelli.
Gustavo Magliocca, médico Botafogo, contratado no fim de 2012 (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
- Seria irresponsável de dizer que deu tempo de conhecer todos. O planejamento é ser seguro ao longo de um ano e não posso basear o trabalho na primeira fase do Campeonato Carioca, de achar que o mesmo time jogaria 10, 11 jogos seguidos. É fisicamente impossível. O que eu conheço são sete jogos, dentro de uma perspectiva de títulos ao longo do ano. Antes, eu trabalhava com ciclos e entendia a carga que o técnico passava e adaptava para a saúde. Isso gerava performance. No futebol, a carga é o jogo - explicou.
Magliocca vem da natação. Ele fazia parte da comissão técnica que trabalhava com Cesar Cielo. O vice-presidente Chico Fonseca, que também veio da natação, trouxe o médico para o Botafogo. Ele tenta implantar uma nova filosofia, utilizando o número de minutos do jogador em campo para avaliar o desempenho.
- É preciso planejar melhor a condição de rendimento junto ao departamento técnico dentro da função. Tenho a minutagem de cada jogador no ano passado. Em 2012, eles disputavam um jogo a cada cinco dias. Esse ano, tudo dando certo, serão 3,8 dias de intervalo entre os jogos. Tenho que aumentar essa minutagem em uma espaço mais curto de recuperação.Para falar em ano bom ou ruim não é pelo número de lesões, mas pela carga de minutos de jogos executados ao longo do ano. É diferente da natação ou atletismo. Ele não se prepara para jogar uma partida, mas para uma sequência que vai trazendo as suas conquistas - comentou.
As principais lesões deste ano foram esclarecidas pelo médico. Segundo ele, a de Gabriel durante a pré-temporada não foi uma reincidência. Na verdade, houve um teste para saber em que situação se encontrava e constatou-se que ainda não estava curado para se juntar ao grupo. Por isso, seus exames só foram encerrados recentemente, na semana em que foi liberado para trabalhar com os outros companheiros. Tanto que será titular contra o Boavista, domingo, no Engenhão, pela última rodada da Taça Guanabara.
- Quando Gabriel se reapresentou em janeiro ainda tinha o edema. Todo dia, o Ricardo (Henriques, preparador físico) e Altamiro (Bottino, fisiologista) passam a carga que o jogador deve atingir e o Gabriel estava muito avançado no funcional. Decidimos fazer um teste e avisamos que se sentisse qualquer coisa deveria sair do treino. Teve a mesma dor, fizemos um novo exame de imagem e o grau 2 refratário estava lá. Então, voltou ao tratamento - disse Magliocca.
Sobre Renato, a situação mudou. Depois de sofrer uma lesão na coxa esquerda logo na primeira rodada do Carioca, jogador precisou fazer um trabalho de reforço muscular no quadril. Por isso, Magliocca espera colocá-lo à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira para a semifinal ou na final, caso o Botafogo se classifique.
Renato participa do treinamento com o grupo do Botafogo (Foto: Thales Soares)
Com relação a Andrezinho, Magliocca garantiu que não houve uma lesão muscular, mas uma queda em relação à mecânica do jogador. Ele não participou dos três últimos jogos e sequer foi relacionado para os confrontos com Resende e Flamengo. Assim como Gabriel, o meia volta contra o BOavista.
- Em 2011, ele tinha uma minutagem pequena no Internacional.Em 2012, fez um bom trabalho no Botafogo e avaliamos o comportamento físico e a mecânica a jogo. Houve uma queda na mecânica e decidimos tirá-lo desses jogos para intensificar esse trabalho - explicou.
Este ano, o Botafogo ainda teve o lateral-direito Lucas com um periostite (inflamação dos ossos da perna) causada por uma mecânica ruim do pé, que foi corrigida com uma palmilha. Por isso, começou a temporada fora do time para adquirir melhor condicionamento. Seu substituto Gilberto acabou sofrendo uma lesão na coxa direita, repetindo o que havia acontecido em novembro do ano passado.
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- Se o conhecesse melhor, talvez ajudasse na prevenção. Com um atleta mais experiente fica mais fácil, pois ele mesmo já se conhece e te passa mais informações. Além disso, o Gilberto é um atleta em transição dos juniores para os profissionais e isso faz diferença - comentou.- Botafogo tem grupo quase completo nesta quinta-feira no Engenhão
No ano passado, no mesmo período, o Botafogo havia tido os desfalques de Loco Abreu e Andrezinho, ambos com lesões musculares. Durante a temporada, ainda passaram pelo departamento médico com lesões Fellype Gabriel, Antônio Carlos, Marcelo Mattos, Renato, Gabriel, Lucas, Rafael Marques, Seedorf, Fábio Ferreira, Brinner, Elkeson
- Pensamos o ano inteiro. Não consigo entrar com ansiedade de ter resultado no meio da Copa do Brasil, viajando dia sim, dia não. O plano no geral é em cima da performance - disse Magliocca.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/02/em-fase-de-conhecimento-medico-do-bota-pede-avaliacao-no-fim-do-ano.html