Em clássico tenso, Brasil ri por último e bate a Argentina no Mundial sub-23
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Em clássico tenso, Brasil ri por último e bate a Argentina no Mundial sub-23


Seleção erra mais no começo do jogo, mas controla nervos, vira sobre o rival e se mantém na liderança do Grupo A. Adversário desta terça-feira é o Egito

Por Uberlândia, MG

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O clima estava propício aos extremos. Clássico, rivalidade histórica e ânimos exaltados em quadra. Para alegria da maioria absoluta do público presente no ginásio Sabiazinho, o Brasil riu por último. Após estar perdendo por 2 sets a 0, a seleção controlou os nervos em um jogo tenso e conquistou a virada na bola. Com parciais de 19/21, 16/21, 22/20, 21/17 e 19/17, o time do técnico Rubinho calou a Argentina e fechou o dia como líder do Grupo A do Mundial sub-23, disputado em Uberlândia.

- Jogo contra a Argentina é sempre assim. Eles são "catimbeiros" até no vôlei, e a gente não pode entrar na onda deles. O jogo deles é sempre cheio de provocação e cera, e se a gente cair, perde o jogo. Não tivemos paciência para rodar a bola no principio, mas depois que rodamos mais, trabalhamos melhor bloqueio e defesa, saimos com a vitória - disse Rafael, maior pontuador com 21 pontos ao lado do argentino Koukartsev.

Nesta terça-feira, o Brasil volta a jogar às 19h (horário de Brasília) contra o Egito. Os hermanos entram em ação mais cedo, às 16h30m, diante da República Dominicana.

vôlei Brasil seleção (Foto: Alexandre Arruda / CBV) 
Brasil vence a Argentina de virada em partida com ânimos exaltados  (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
 
O jogo começou com erros de saque de ambos os lados. Pelo Brasil, o levantador Thiago Veloso apostou em jogadas com os centrais e com o oposto Rafael. A seleção, no entanto, errou mais que a Argentina, que abriu dois pontos de vantagem comandada pelo oposto Pablo Koukartsev. Com 15 a 13 contra, o técnico Rubinho pediu tempo pela primeira vez na competição. Com o empate, foi a vez de Alejandro Grossi parar a partida. O roteiro se repetiu quando os hermanos abriram mais dois pontos e, depois, quando o Brasil empatou. Na reta final, os argentinos mostraram frieza e, ignorando as vaias da torcida, Ezequiel Palacios roubou o primeiro set do Brasil na competição: 21/19.

vôlei Matheus seleção Brasil (Foto: Alexandre Arruda / CBV) 
Matheus deu segurança ao Brasil com ótima atuação no meio de rede (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
 
A segunda parcial começou com a seleção na frente, mas dois bloqueios em sequência sobre Otávio e Lucarelli, dois dos mais experientes da equipe, fizeram Rubinho pedir tempo (7 a 4). Logo depois, quando Lucas Loh isolou um ataque, o treinador o substituiu por Ary. Boas jogadas de Lucarelli levantaram a torcida, mas Palacios seguiu implacável e fez a vantagem alviceleste crescer. Rubinho colocou Alan e Fernando em quadra, e uma marcação polêmica da arbitragem deixou o jogo quente. Os brasileiros alegaram condução argentina e discutiram com o árbitro, e Rubinho pediu tempo para acalmar os nervos de seus comandados. Com a inversão desfeita, a seleção ainda salvou dois set points - um em belo bloqueio simples de Rafael - e forçou o pedido de pausa do treinador argentino. A alegria, porém, durou pouco. Uma marcação de dois toques da defesa brasileira definiu o set: 21/16.

Lucarelli abriu a terceira etapa com uma bela largada, mas o Brasil levou o troco na mesma moeda na sequência. Com a arma que apresentasse, a seleção era atacada pelos argentinos na jogada seguinte. Quando deu margem para erro, em um ataque sem pontaria de Rafael, a seleção se viu atrás no placar. Com dois pontos de desvantagem, Rubinho parou o jogo mais uma vez para arrumar a casa. Um saque indefensável de Rafael pôs o Brasil à frente em 17 a 16 e fez a torcida vibrar. Depois foi a vez de Lucarelli ir bem no serviço e levantar o público. Dois set points desperdiçados, no entanto, deixaram o clima tenso, e Rubinho pediu tempo. Em uma bola de meio certeira com Matheus e com bloqueio de Ary, a seleção ganhou sobrevida: 22/20.

Lucarelli Brasil Mundial Sub-23 Vôlei (Foto: Divulgação/CBV) 
Lucarelli usa experiência para ajudar o Brasil a  retomar as rédeas (Foto: Divulgação/CBV)
 
O quarto set começou parelho e ganhou doses extras de emoção quando Otávio discutiu com Finoli na rede. Capitão, Lucarelli recebeu o cartão amarelo do árbitro. Os jogadores das duas equipes continuaram se encarando, mas em silêncio. A resposta do Brasil veio na bola. Matheus no bloqueio, e Lucarelli e Rafael nos ataques se alternaram para deixar a seleção com quatro pontos de frente. Rafael, com ataque em cima da linha no fundo de quadra, levou a partida para o tie-break: 21/17.

Embalados e confiantes, os anfitriões atropelaram os rivais na parcial decisiva. Lucarelli e Rafael comandaram a arrancada, e a torcida foi ao delírio quando o levantador Thiago, o "baixinho" da seleção em quadra, marcou 8 a 3 em bloqueio simples. Com a folga no placar, o Brasil se acomodou e viu a vantagem cair para apenas dois pontos. Rubinho parou o jogo. Quando tudo parecia sob controle, Vinti salvou um match point e Lucarelli desperdiçou outro. O treinador brasileiro parou a partida de novo, mas a Argentina teve fôlego para prolongar a partida. A tensão só acabou quando Matheus, em bloqueio simples, pôs a bola no chão: 19/17.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/10/em-classico-tenso-brasil-ri-por-ultimo-e-bate-argentina-no-mundial-sub-23.html
 



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