Fim de ano é época de muitos eventos e, para 25 mil corredores, o último dia de 2011 terá duas grandes festas: a Corrida de São Silvestre e a chegada do ano novo. A competição terá largadas às 15h, com os cadeirantes; às 17h10m, com o pelotão feminino; e, finalmente, às 17h30m, a elite masculina seguida de todos os outros inscritos. A principal prova do ano, que faz parte do calendário do Verão Espetacular, será transmitida ao vivo pela TV Globo, às 17h, e em tempo real pelo GLOBOESPORTE.COM, a partir das 14h.
A competição recebe pessoas de todo o Brasil e de outros 32 países apaixonadas por corrida, e a proximidade do novo ano impede, ou pelo menos dificulta, que muitos voltem às suas cidades antes da virada. Alexandre Vítor Andrade será um dos que conseguirão festejar em casa. Ele mora na cidade de São Roque, no estado de São Paulo, que fica a uma hora e meia de carro da capital.
Alexandre já corre há bastante tempo, mas demorou a participar da São Silvestre, pois sempre tinha algum outro compromisso para o dia 31. Mas, desde sua estreia, em 2010, não tem mais dúvida de qual é o principal evento do fim de ano.
- Hoje, se eu tivesse que escolher entre viajar e ficar pra correr a São Silvestre, eu ficaria. Virou algo que eu não posso deixar de lado de jeito nenhum – disse Alexandre.
Wânia Martins veio de longe. Apesar de paulista, mora em Natal, Rio Grande do Norte. Mas não pense que passar a virada do ano longe da cidade onde vive é um problema. Muito pelo contrário, por três bons motivos.
- Vim visitar meus pais, que eu não via há um ano; visitar minha terra, já que fazia quatro anos que não passava aqui; e correr. A programação do réveillon é um jantar em família – contou.
Como toda mulher, sua preocupação é a roupa. Afinal, são eventos especiais.
- Para a São Silvestre, short, camiseta Twittersrun (do seu grupo de corrida), tênis, frequencímetro. Como a prova é à tarde, não precisa de boné nem óculos de sol, mas trouxe para treinar. Para o réveillon, algo simples para ficar em casa com a família: vestido, sandália, anéis, brinco e um batom para iluminar o rosto – comentou Wânia.
Lucélia Peres, corredora profissional e campeã da São Silvestre em 2006, também veio preparada. Ela é mineira, mas mora em Brasília desde muito nova. A atleta costuma seguir a comemoração proposta pela organização, que, segundo os promotores do evento, será um jantar no hotel onde os atletas estão hospedados. Sempre acompanhada do marido.
- Eu até tentei voltar para casa uma vez e vi fogos do avião. Nunca mais – contou.
Na mala, além de tênis e roupas para a corrida, Lucélia veio equipada com a roupa da festa da virada e maquiagem.
- Este ano, a cor do vestido é dourada – revelou.
A 87ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre trará novidades. A largada continua na Av. Paulista, mas a chegada, que era no mesmo local, foi transferida para o Obelisco, próximo ao Parque do Ibirapuera. Com essas alterações, a prova contará com dois novos pontos de descida.
A mudança dividiu opiniões. Fato é que muitos resolveram avaliar a São Silvestre versão 2011 e o recorde de inscritos foi batido. O grande nome da prova é o brasileiro Marílson Gomes dos Santos, principal fundista do país. Atual campeão, ele vai em busca do tetra. No entanto, as mudanças no percurso, segundo o próprio corredor, tirarão dele a vantagem de anos anteriores, quando o conhecimento do trajeto o deixava ainda mais favorito à vitória.
O novo percurso não é o único obstáculo de Marílson. O brasileiro Damião Ancelmo de Souza disse que descerá “embalado” na busca pelo pódio. Os quenianos, mesmo pegos de surpresa com as mudanças, afirmaram que isso não tira a força deles.
O principal nome do país africano é Martin Lel, tricampeão da Maratona de Londres. Os outros destaques são Duncan Kibet, Mathew Kisorio, Barnabas Kiplagat Kosgei, Mark Korir. Além do Quênia, a elite masculina conta com atletas de Portugal, Tanzânia, Etiópia, Marrocos, Colômbia, Equador, Chile, Bolívia, Uruguai e Paraguai. Caso Marílson conquiste o tetra ou qualquer outro brasileiro vença, o país se igualará ao Quênia, com 12 vitórias cada, desde que a corrida tornou-se internacional.
Mais desfavorável é o placar na elite feminina. São oito vitórias quenianas contra apenas cinco brasileiras. A força do Quênia está em três nomes principais: Eunice Kirwa, Prisca Jeptoo e Nancy Kiprop. Destaque também para a marroquina Samira Raif e para a etíope Yime Wude Ayalew, campeã de 2008
.
No pelotão nacional, a torcida vai para Adriana Aparecida, campeã da maratona no Pan de Guadalajara-2011; Cruz Nonata, Marily dos Santos e Lucélia Peres, vencedora da São Silvestre em 2006
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Resultados do feminino - de 1975 até 2010:
1º - Quênia - 8
2º - Portugal - 7
3º - Brasil - 5
4º - México - 4
5º - Alemanha - 3
6º - EUA - 2
Equador - 2
Etiópia - 2
9º - Dinamarca - 1
10º - Iugoslávia - 1
11º - Sérvia/Montenegro - 1
Resultados do masculino - 1945 até 2010 :
1º - Quênia - 12
2º - Brasil - 11
3º - Bélgica - 6
Colômbia - 6
5º - Equador - 4
México - 4
Portugal - 4
8º - Argentina - 3
9º - Chile - 2
EUA - 2
França - 2
Inglaterra - 2
Iugoslávia - 2
14º - Alemanha 1
Costa Rica - 1
Etiópia - 1
Finlândia - 1
Tchecolosváquia - 1
Uruguai - 1
Corredores invadem as ruas de São Paulo na São Silvestre de 2010. O mar de gente será ainda maior este ano graças ao recorde de inscritos (Foto: Ronaldo Milagres / ZDL)
Alexandre na estreia em 2010: São Silvestre é eventoobrigatório no fim do ano (Foto: Arquivo Pessoal)
- Hoje, se eu tivesse que escolher entre viajar e ficar pra correr a São Silvestre, eu ficaria. Virou algo que eu não posso deixar de lado de jeito nenhum – disse Alexandre.
Wânia Martins veio de longe. Apesar de paulista, mora em Natal, Rio Grande do Norte. Mas não pense que passar a virada do ano longe da cidade onde vive é um problema. Muito pelo contrário, por três bons motivos.
- Vim visitar meus pais, que eu não via há um ano; visitar minha terra, já que fazia quatro anos que não passava aqui; e correr. A programação do réveillon é um jantar em família – contou.
Antes e depois: Wânia em seus modelitos para a
corrida e para o réveillon (Foto: Arquivo Pessoal)
corrida e para o réveillon (Foto: Arquivo Pessoal)
- Para a São Silvestre, short, camiseta Twittersrun (do seu grupo de corrida), tênis, frequencímetro. Como a prova é à tarde, não precisa de boné nem óculos de sol, mas trouxe para treinar. Para o réveillon, algo simples para ficar em casa com a família: vestido, sandália, anéis, brinco e um batom para iluminar o rosto – comentou Wânia.
Lucélia Peres, corredora profissional e campeã da São Silvestre em 2006, também veio preparada. Ela é mineira, mas mora em Brasília desde muito nova. A atleta costuma seguir a comemoração proposta pela organização, que, segundo os promotores do evento, será um jantar no hotel onde os atletas estão hospedados. Sempre acompanhada do marido.
- Eu até tentei voltar para casa uma vez e vi fogos do avião. Nunca mais – contou.
Na mala, além de tênis e roupas para a corrida, Lucélia veio equipada com a roupa da festa da virada e maquiagem.
- Este ano, a cor do vestido é dourada – revelou.
NÚMEROS DA SÃO SILVESTRE 2011 |
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25 mil inscritos (recorde) |
81% são homens |
200 são cadeirantes |
1.200 munícipios representados |
33 países representados |
4 continentes representados |
550 mil copos d'água |
52 mil garrafas de isotônico |
26 mil lanches |
250 profissionais de sáude |
27 ambulâncias |
A mudança dividiu opiniões. Fato é que muitos resolveram avaliar a São Silvestre versão 2011 e o recorde de inscritos foi batido. O grande nome da prova é o brasileiro Marílson Gomes dos Santos, principal fundista do país. Atual campeão, ele vai em busca do tetra. No entanto, as mudanças no percurso, segundo o próprio corredor, tirarão dele a vantagem de anos anteriores, quando o conhecimento do trajeto o deixava ainda mais favorito à vitória.
O novo percurso não é o único obstáculo de Marílson. O brasileiro Damião Ancelmo de Souza disse que descerá “embalado” na busca pelo pódio. Os quenianos, mesmo pegos de surpresa com as mudanças, afirmaram que isso não tira a força deles.
Marílson: favorito, mas desconfortável com novo
percurso (Foto: Marcelo M. de Melo / Ag. Estado)
percurso (Foto: Marcelo M. de Melo / Ag. Estado)
Mais desfavorável é o placar na elite feminina. São oito vitórias quenianas contra apenas cinco brasileiras. A força do Quênia está em três nomes principais: Eunice Kirwa, Prisca Jeptoo e Nancy Kiprop. Destaque também para a marroquina Samira Raif e para a etíope Yime Wude Ayalew, campeã de 2008
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No pelotão nacional, a torcida vai para Adriana Aparecida, campeã da maratona no Pan de Guadalajara-2011; Cruz Nonata, Marily dos Santos e Lucélia Peres, vencedora da São Silvestre em 2006
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Resultados do feminino - de 1975 até 2010:
1º - Quênia - 8
2º - Portugal - 7
3º - Brasil - 5
4º - México - 4
5º - Alemanha - 3
6º - EUA - 2
Equador - 2
Etiópia - 2
9º - Dinamarca - 1
10º - Iugoslávia - 1
11º - Sérvia/Montenegro - 1
Resultados do masculino - 1945 até 2010 :
1º - Quênia - 12
2º - Brasil - 11
3º - Bélgica - 6
Colômbia - 6
5º - Equador - 4
México - 4
Portugal - 4
8º - Argentina - 3
9º - Chile - 2
EUA - 2
França - 2
Inglaterra - 2
Iugoslávia - 2
14º - Alemanha 1
Costa Rica - 1
Etiópia - 1
Finlândia - 1
Tchecolosváquia - 1
Uruguai - 1
Confira as alterações no percurso da São Silvestre (Foto: ArteEsporte)