Djokovic bate Federer, vai à final em Melbourne e reina contra seus rivais

Parecia que seria um passeio. Novak Djokovic começou arrasador e, em menos de uma hora, abriu 2 a 0 em cima de Roger Federer pela semifinal do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano. Mas o suíço jamais seria presa fácil, se recuperou, conseguiu vencer um set e se colocou no jogo. No fim, porém, melhor para Djokovic, que fechou em 3 a 1 (6/1, 6/2, 3/6 e 6/3) e está perto do hexacampeonato em Melbourne. De quebra, com o resultado, o sérvio assume a liderança no confronto direto contra Federer, agora são 23 vitórias contra 22 do rival.

 Há três semanas, Djoko já havia feito o mesmo com Rafael Nadal e, quando o confronto é com Andy Murray, a vantagem é ainda melhor (21 a 9).

- Roger e Rafa foram essenciais na minha trajetória. Após muito trabalho, estou com esse retrospecto positivo, é muito gratificante - disse, em entrevista ainda em quadra.

Na decisão, Djokovic enfrenta o vencedor do duelo entre Andy Murray e Milos Raonic, que acontece às 6h30 desta sexta-feira (horário de Brasília). Curiosamente, dos cinco títulos do sérvio no Aberto da Austrália, três foram em cima do britânico, atual número 2 do mundo. Os dois jogaram pelo título na última temporada, além de terem feito as finais de 2011 e 2013. O duelo que decide o campeão de 2016 será realizado no domingo, às 6h30 (de Brasília).

É a quinta decisão seguida de Djokovic em torneios Grand Slam. No ano passado, conquistou três títulos, na Austrália, Wimbledon e no US Open, e ainda foi vice em Roland Garros. Em Melbourne, seu desempenho é impressionante: são cinco títulos (2008/11/12/13/15).

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O jogo
Quem esperava um jogo equilibrado e de alto nível, assim como nos últimos encontros entre Federer e Djokovic na última temporada, viu apenas um lado jogar. O suíço não encontrava as jogadas e via o sérvio dominar todos os pontos. Depois de quebrar o serviço de Federer no segundo game, Djokovic abriu 3/0 e, à vontade em quadra, forçou bem as jogadas para conseguir mais um break no sexto game, fechando o primeiro set em apenas 22 minutos para fazer 6/1.

Federer entrou no segundo set sem encontrar a melhor forma de superar o rival, que mostrava muita força em seu saque e nos contra-ataques, além de errar muito pouco (foram quatro erros não forçados no somatório dos dois primeiro sets). O suíço precisou salvar um break point logo no primeiro game e não resistiu no terceiro, vendo novamente Djokovic abrir vantagem com 3/1. No quinto, novamente break point e, com uma bola na rede de Federer, o número 1 voltou a anotar uma quebra. O sofrimento continuou e o suíço precisou suar muito para se salvar de uma terceira quebra nos sétimo game. Com facilidade, Djokovic sacou bem e fechou o set em 6/2 na sequência de forma arrasadora.

A torcida australiana passou, então, a jogar junto com Federer. A cada ponto do suíço a vibração era enorme, e ele começou a corresponder em quadra, conseguindo ser mais incisivo nos pontos no início do terceiro set. Fechando bem a rede, Federer salvou um break point no quinto game e, na sequência, manteve a agressividade para ter três chances de quebra. Djokovic, porém, se salvou de todas, com um jogo sólido no fundo da quadra. O game seguiu em iguais até que Federer conseguiu sua quarta chance e não desperdiçou, acelerando bem o jogo, e abriu 4/2 na parcial. A partir dali, o suíço confirmou seus games seguintes para fechar em 6/3.

A organização preferiu fechar o teto da quadra central, por isso um período de quase vinte minutos separou o terceiro do quarto set. Os tenistas confirmaram seus saques sem ceder nenhum break point nos seis primeiros games. A torcida permanecia com o suíço, enquanto Djokovic começava a se irritar com alguns erros.

No oitavo game, Federer fez uma das jogadas mais lindas do duelo, salvando dois smashes e conseguindo uma passada linda. Ainda sim, acabou quebrado, após três grandes passadas do sérvio quando Federer foi à rede. Aí, foi "só" o sérvio confirmar seu saque e fechar a partida.