Discípulas' de Sheilla e Mari, Juliana e Suelle tentam honrar chance de ouro

O ano não poderia ter começado melhor para Juliana Nogueira e Suelle. Campeãs da Superliga feminina com o Rio de Janeiro, as duas foram convocadas para a seleção de novas e, em seguida, ganharam a oportunidade de treinar com o grupo principal para a disputa da Copa Pan-Americana, no México, que começa em 29 de junho. Ansiosas para mostrar serviço ao técnico José Roberto Guimarães, as atletas se esforçam para absorver cada dica das companheiras e da comissão técnica e seguir ganhando espaço no grupo. E, se mais uma chance aparecer, a dupla promete honrar o voto de confiança.
- Estamos sugando ao máximo as outras jogadoras e a comissão técnica. Estar aqui é uma grande responsabilidade e temos que esperar tudo. Se surgir a oportunidade, com certeza vou dar 100%. Vai dar um friozinho na barriga, mas as meninas vão dar força para superarmos o nervosismo e vai fluir. Temos que dar conta também – disse Suelle.
Apesar de reserva em parte da última temporada, a ponteira se saiu bem quando solicitada para a vaga de Mari, que na época ainda se recuperava de uma séria lesão no joelho. Na próxima temporada, porém, a atleta defenderá o Praia Clube. A expectativa é que, sendo mais exigida na nova equipe, evolua ainda mais.

- Tenho que buscar me destacar e ser uma referência independentemente do time em que estiver. Chamei a atenção do Rio de Janeiro em 2010, chamei a atenção do Zé por ter feito parte de uma equipe campeã. Falei com ele que quero ser uma jogadora completa. Quero continuar crescendo para, quem sabe um dia, ser a ponteira da seleção.

Aos 22 anos, Juliana Costa é tida como um talento do esporte. Os bons frutos recentemente colhidos animaram a oposto, que pensou em parar de jogar em 2008 devido a uma tendinite no ombro.
- Estava desanimada. Além da lesão, eu recebia várias propostas, mas na última hora não dava certo. Meus pais me deram apoio e as coisas foram dando certo aos poucos. Comecei a chorar quando uma amiga me contou que tinha sido convocada. Foi uma reviravolta. Olho para trás e penso “que bom que não parei”. Tudo tem uma hora certa para acontecer, e estou muito feliz – disse a atleta, que também mostrou habilidade com a bola nos pés em uma série de embaixadinhas.

Para brilhar ainda mais, a jovem oposto segue o exemplo de uma companheira de clube, ainda mais tímida do que ela nas entrevistas, mas certeira na hora de pôr a bola no chão da quadra adversária.

- Me inspiro muito na Sheilla. Ela é mais ágil do que eu nas jogadas, tem características diferentes, mas sempre tento aprender. Ela me ajuda bastante, dá dicas. É a minha referência.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/06/discipulas-de-sheilla-e-mari-juliana-e-suelle-tentam-honrar-chance-de-ouro.html