Roberto de Andrade, diretor de futebol do Timão (Foto: Rodrigo Faber / Globoesporte.com)
- Tudo que nós tratamos é em cima do diálogo. Jogaremos a Libertadores e vamos aceitar o que nos for imposto. Vamos nos defender na esfera legal, mas continuar até o final - afirmou o dirigente.
É unanimidade no clube que a punição imposta pela Confederação Sul-Americana de Futebol, vetando os torcedores do Corinthians e fazendo com que os jogos no estádio do Pacaembu fossem realizados com portões fechados, foi abusiva. Roberto de Andrade, porém, disse que o clube utilizará todos os meios legais e continuará a discussão fora do campo sem deixar de ir a ele. Na quarta-feira, o Alvinegro recebe o Millonarios, da Colômbia, às 22h, no Pacaembu. O clube aguarda uma resposta da Conmebol até esta segunda.
Após o empate por 2 a 2 com o Bragantino, o técnico Tite evitou se intrometer na questão. Ele só desejou que haja discernimento nas decisões tomadas, e falou que o momento exige muita responsabilidade dos dirigentes.
- Tomara que as pessaos tenham todo o discernimento. É um momento muito difícil, complicado demais. Eu fico na minha área e penso: não tenho como contribuir com vocês. Dou suporte no treinamento do atleta. Não queria estar na dimensão da responsabilidade que eles têm - afirmou o treinador.
A posição do departamento jurídico
A principal reivindicação do Corinthians é de direito à defesa e investigação dos envolvidos na morte de Kevin. A maneira com que a Conmebol tratou o caso incomodou a diretoria, que não aceita se curvar à punição sem provar que o clube não tem qualquer parcela de culpa no disparo do sinalizador marítimo que vitimou o jovem, ainda que este tenha partido do setor da arquibancada destinado aos alvinegros no estádio Jesús Bermúdez.
Aproximadamente 85 mil ingressos já haviam sido vendidos de forma antecipada através do sistema Fiel Torcedor para os jogos contra Millonarios (da Colômbia), Tijuana (do México) e San José, cerca de 30 mil deles para a primeira partida do Corinthians no estádio do Pacaembu na Libertadores 2013. No ano passado, somente na fase de grupos, o clube arrecadou R$ 5,3 milhões em bilheteria.
saiba mais
O clube tem plena confiança na reversão da decisão. Tanto é que o departamento jurídico sequer estudou uma possível logística para devolver o dinheiro pago pelos torcedores. Caso a Fiel seja impedida de comparecer aos jogos no Pacaembu, a diretoria já tranquilizou os alvinegros: todos os sócios serão ressarcidos.- Edu espera revisão: 'Queremos o certo'
A partida contra o Bragantino, neste domingo, pelo Campeonato Paulista, foi assunto praticamente deixado de lado no CT Joaquim Grava. As bandeiras a meio-mastro no local mostravam o clima de luto, assim como a postura séria do presidente Mário Gobbi, do gerente de futebol Edu Gaspar e dos diretores Roberto Andrade e Duílio Monteiro Alves, que compareceram ao treino deste sábado.
Convicto de que, independentemente das punições impostas pela Conmebol, o maior prejudicado será o Corinthians enquanto instituição, Luiz Alberto Bussab promete agilidade e bom senso na decisão da diretoria.
– É um caso muito delicado para fazermos decisões imediatas e ausentes de razão. É preciso rever tudo o que aconteceu. O Corinthians não pode sair prejudicado desta maneira. Com o posicionamento da Conmebol, vamos nos reunir sob o comando do nosso presidente e anunciar o que acontecerá na sequência – completou.
Cientes de que podem ficar sem acompanhar o Timão de perto na primeira fase da Libertadores, torcedores já organizam, por meio de redes sociais, maneiras de apoiar a equipe mesmo do lado de fora do estádio. Campanhas pedindo telões na Praça Charles Muller, em frente ao Pacaembu, e invasão da torcida nos arredores do local da partida são veiculadas desde a decisão da Conmebol.
FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2013/02/diretor-de-futebol-contradiz-juridico-e-garante-timao-na-taca-libertadores.html