A presidente Dilma Rousseff percorreu as instalações, caminhou pelo gramado e até aproveitou para tirar "selfies" com operários da Arena Pantanal nesta quinta-feira. Porém, não pôde inaugurar oficialmente o estádio, que ainda está em obras. Segundo o governo local, a arena de Cuiabá para a Copa do Mundo tem 98% de conclusão. Só que ainda faltam serem instaladas cerca de 13 mil cadeiras, além de detalhes de acabamento dentro e fora do estádio.
Acompanhada do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, e do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes Ferreira, a presidente chegou ao estádio por volta de 13h25 do horário local (14h25 de Brasília). O primeiro contato foi com o setor dos camarotes. Em seguida, Dilma desceu na arquibancada para cumprimentar cerca de 300 operários que estavam no evento. Bastante tietada, a presidente tirou inúmeras fotos com os trabalhadores.
No entanto, os planos da presidente começaram a ser frustrados no último mês de fevereiro, com a Arena da Amazônia. Atrasos nas obras do estádio de Manaus não permitiram que Dilma fizesse a inauguração no dia programado para sua visita. Já no Beira-Rio, apesar de encontrar o estádio com obras quase concluídas, a presidente também não fez a inauguração oficial, que ficou para semanas depois por opção do Internacional.
No caso da Arena Pantanal, que também não pôde ser inaugurada nesta quinta-feira por Dilma Rousseff, os assentos vêm sendo a principal causa para o atraso. O problema começou ainda em 2013, quando o Ministério Público Estadual questionou o valor que seria gasto com este item da obra: R$ 19,4 milhões. Após longo impasse, o governo entrou em acordo com o MP e abaixou o preço da licitação em cerca de R$ 1,5 milhão. No entanto, o imbróglio acabou provocando uma demora na fabricação e entrega dos assentos pela empresa responsável.
Na última quarta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, também esteve na Arena Pantanal e, apesar de elogiar a estrutura do estádio, cobrou que todas as 41.390 cadeiras estejam instaladas até o dia 5 de maio.
Por conta do atraso na instalação das cadeiras, a inauguração oficial da arena foi adiada para a primeira quinzena de maio. Já a partida marcada para o próximo sábado, entre Luverdense e Vasco, pela Série B do Campeonato Brasileiro, teve a carga de ingressos limitada a 30 mil. A intenção inicial era que a partida fosse a primeira com lotação máxima do estádio, já que no primeiro evento-teste - partida entre Mixto e Santos, no dia 2 de abril, pela Copa do Brasil - foram liberadas apenas as arquibancadas inferiores e os camarotes, que receberam 20 mil torcedores.
Além dos dois eventos-teste e da partida de inauguração oficial, a Arena Pantanal deve receber ainda outros três jogos antes da Copa do Mundo: Cuiabá e Internacional, no dia 1º de maio, pela Copa do Brasil; Santos e Atlético-MG, no dia 18 de maio, pelo Campeonato Brasileiro; e Flamengo e Bahia, no dia 21 de maio, também pelo Campeonato Brasileiro.
Com custo total estimado em R$ 570 milhões, a Arena Pantanal receberá quarto partidas durante a Copa do Mundo, todas pela primeira fase: Chile x Austrália, Rússia x Coreia do Sul, Nigéria x Bósnia-Herzegovina e Japão x Colômbia.
TCE aponta atrasos em outras obras, e pequeno grupo protesta
Não é apenas a obra da Arena Pantanal que está atrasada em Cuiabá. Na verdade, o estádio é uma das menores preocupações de acordo com relatório divulgado esta semana pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). O documento analisa o andamento de 16 obras que o governo do estado se comprometeu a entregar até o fim de maio.
Entre as intervenções consideradas críticas e que correm o risco de não ficarem prontas estão a duplicação da Estrada da Guarita, que está 77% finalizada; a duplicação da Avenida Archimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho), que tem somente 45% executados; e a trincheira Santa Rosa, que tem 68% do projeto executados.
Conforme o relatório, há ainda outras obras com baixo índice de execução, como as construções dos Centros Oficiais de Treinamento (COTs) Barra do Pari e da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), que deverão ser usados pelas seleções na Copa e estão com apenas 60% de conclusão cada.
O governo garante que um esforço adicional está sendo feito para que o cronograma de entrega das obras seja cumprido.
- A trincheira Santa Rosa, quantas vezes já falamos dos impactos dela? A CAB [concessionária de água da capital] está executando a parte dela para que possamos concluir a nossa parte. Nós acreditamos, sim, que essa obra é possível de ser executada até o final do período de maio para que a gente possa tê-la já operando na Copa - afirmou o secretário Maurício Guimarães em entrevista ao portal de notícias G1.
Enquanto a presidente Dilma Rousseff visitava as obras da arena, um pequeno grupo de pessoas fez um protesto pacífico do lado de fora. Uma das faixas carregadas pelo grupo questionava o atraso nas obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A obra havia sido prometida inicialmente para a Copa do Mundo, mas o governo já admitiu que só será concluída em dezembro deste ano.
Acompanhada do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, e do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes Ferreira, a presidente chegou ao estádio por volta de 13h25 do horário local (14h25 de Brasília). O primeiro contato foi com o setor dos camarotes. Em seguida, Dilma desceu na arquibancada para cumprimentar cerca de 300 operários que estavam no evento. Bastante tietada, a presidente tirou inúmeras fotos com os trabalhadores.
Dilma posa para selfie na Arena Panta-
nal (Foto: Fabricio Marques)
- Não podia perder essa oportunidade. Quando ela passou, eu chamei e ela veio tirar a foto comigo. Um orgulho muito grande. Vou guardar para mostrar para toda a família - afirmou o encarregado de carpintaria João Xavier de Oliveira, que foi um dos que conseguiu um registro com a presidente.
Dilma Rousseff não concedeu entrevista no estádio, porém, questionada por jornalistas sobre a obra, afirmou que gostou da arena e garantiu que ela ficará totalmente pronta a tempo da Copa do Mundo.
- Está bonita, muito bonita. E visivelmente vai (ficar pronta) - resumiu.
Curiosamente, a presidente não deu um pontapé simbólico no campo da Arena Pantanal. O protocolo havia sido realizado em todos os outros estádios da Copa já visitadas por Dilma Rousseff.
Operário João Xavier exibe, orgulhoso, foto que tirou com Dilma (Foto: Fabricio Marques)
Atraso impede inauguração pela presidente
Desde dezembro de 2012, quando foi entregue o primeiro estádio para a Copa - Castelão -, Dilma tem feito questão de participar de todas as inaugurações. Foi assim no Mineirão, Fonte Nova, Maracanã, Mané Garrincha, Arena Pernambuco e Arena das Dunas.
No caso da Arena Pantanal, que também não pôde ser inaugurada nesta quinta-feira por Dilma Rousseff, os assentos vêm sendo a principal causa para o atraso. O problema começou ainda em 2013, quando o Ministério Público Estadual questionou o valor que seria gasto com este item da obra: R$ 19,4 milhões. Após longo impasse, o governo entrou em acordo com o MP e abaixou o preço da licitação em cerca de R$ 1,5 milhão. No entanto, o imbróglio acabou provocando uma demora na fabricação e entrega dos assentos pela empresa responsável.
Na última quarta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, também esteve na Arena Pantanal e, apesar de elogiar a estrutura do estádio, cobrou que todas as 41.390 cadeiras estejam instaladas até o dia 5 de maio.
Por conta do atraso na instalação das cadeiras, a inauguração oficial da arena foi adiada para a primeira quinzena de maio. Já a partida marcada para o próximo sábado, entre Luverdense e Vasco, pela Série B do Campeonato Brasileiro, teve a carga de ingressos limitada a 30 mil. A intenção inicial era que a partida fosse a primeira com lotação máxima do estádio, já que no primeiro evento-teste - partida entre Mixto e Santos, no dia 2 de abril, pela Copa do Brasil - foram liberadas apenas as arquibancadas inferiores e os camarotes, que receberam 20 mil torcedores.
Além dos dois eventos-teste e da partida de inauguração oficial, a Arena Pantanal deve receber ainda outros três jogos antes da Copa do Mundo: Cuiabá e Internacional, no dia 1º de maio, pela Copa do Brasil; Santos e Atlético-MG, no dia 18 de maio, pelo Campeonato Brasileiro; e Flamengo e Bahia, no dia 21 de maio, também pelo Campeonato Brasileiro.
Com custo total estimado em R$ 570 milhões, a Arena Pantanal receberá quarto partidas durante a Copa do Mundo, todas pela primeira fase: Chile x Austrália, Rússia x Coreia do Sul, Nigéria x Bósnia-Herzegovina e Japão x Colômbia.
Acompanhada de outras autoridades,
Dilma caminha pelo gramado da
Arena Pantanal (Foto:
Fabricio Marques)
TCE aponta atrasos em outras obras, e pequeno grupo protesta
Não é apenas a obra da Arena Pantanal que está atrasada em Cuiabá. Na verdade, o estádio é uma das menores preocupações de acordo com relatório divulgado esta semana pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). O documento analisa o andamento de 16 obras que o governo do estado se comprometeu a entregar até o fim de maio.
Entre as intervenções consideradas críticas e que correm o risco de não ficarem prontas estão a duplicação da Estrada da Guarita, que está 77% finalizada; a duplicação da Avenida Archimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho), que tem somente 45% executados; e a trincheira Santa Rosa, que tem 68% do projeto executados.
Conforme o relatório, há ainda outras obras com baixo índice de execução, como as construções dos Centros Oficiais de Treinamento (COTs) Barra do Pari e da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), que deverão ser usados pelas seleções na Copa e estão com apenas 60% de conclusão cada.
O governo garante que um esforço adicional está sendo feito para que o cronograma de entrega das obras seja cumprido.
Pequeno grupo protestou do lado de
fora do estádio (Foto: Erikson
Rezende / Tvca)
- A trincheira Santa Rosa, quantas vezes já falamos dos impactos dela? A CAB [concessionária de água da capital] está executando a parte dela para que possamos concluir a nossa parte. Nós acreditamos, sim, que essa obra é possível de ser executada até o final do período de maio para que a gente possa tê-la já operando na Copa - afirmou o secretário Maurício Guimarães em entrevista ao portal de notícias G1.
Enquanto a presidente Dilma Rousseff visitava as obras da arena, um pequeno grupo de pessoas fez um protesto pacífico do lado de fora. Uma das faixas carregadas pelo grupo questionava o atraso nas obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A obra havia sido prometida inicialmente para a Copa do Mundo, mas o governo já admitiu que só será concluída em dezembro deste ano.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/mt/copa-do-mundo/noticia/2014/04/dilma-visita-arena-pantanal-tira-self-com-operarios-mas-ainda-nao-inaugura-estadio.html