Nada cai do céu: Jobson vive fase delicada no Bota (Foto: Rudy Trindade/Frame/Agência Estado)
A noite do último sábado não traz boas recordações para Jobson. Além da derrota por 2 a 1 para o Fluminense no primeiro jogo da semifinal do Carioca, o atacante foi substituído no segundo tempo da partida e deixou o campo com expressão de reprovação. E, em vez de se dirigir para o banco de reservas, foi direto para o vestiário. O jejum de gol já dura oito jogos. A última vez que balançou a rede foi há um mês e dois dias -15 de março - diante do Resende. Os últimos dias retrataram um jogador, até então brincalhão e sorridente, com semblante fechado. E novamente ele foi substituído, dessa vez em partida válida pela Copa do Brasil. Nesta sexta-feira, o diário de Jobson terá seu dia D para definir se ele será titular ou não diante do Tricolor, neste sábado, às 18h30, no estádio Nilton Santos.
Antes mesmo do jogo com o Fluminense, no último sábado, Jobson já demonstrara sua contrariedade ao ser substituído na partida contra o Macaé, semana passada: na ocasião, ele fechou a cara e jogou um copo de água no chão. Depois da partida contra o Fluminense, René Simões não poupou seu comandado das críticas.
- Se ele ficou insatisfeito em sair, eu também fiquei insatisfeito com a atuação dele, então estamos empatados. Eu tiro quem quiser. Se ele está insatisfeito, vai para casa curar essa insatisfação e se acalma. No meu time, quando as coisas não acontecem, quem decide o que é feito sou eu. Não tem conversinha, não tem explicação, nada - disse René, após da derrota de sábado.
Jobson demonstrou abatimento. Não sorriu nem mesmo para fotógrafos. Agora, chegou a hora de o atacante saber se sairá bem na foto.
Um dia depois de ser substituído na derrota por 2 a 1 para o Fluminense, Jobson se reapresentou na manhã de domingo, participou da conversa que René Simões tem com os jogadores após todas as partidas, mas, assim como outros jogadores que atuaram diante do Tricolor, fez apenas trabalho regenerativo e não foi ao campo do Engenhão.
Jobson apareceu no campo do Engenhão com o semblante fechado. As brincadeiras ficaram de lado, e ele pouco conversou com os companheiros. Em treino técnico, o atacante ficou entre os reservas. Quando liberado por René, Jobson não se juntou ao restante do grupo e deixou o gramado de cabeça baixa direto para o vestiário. Chamado por um fotógrafo, o camisa 7 fez sinal de "ok" e deu um sorriso amarelo, visivelmente incomodado.
A manhã começou com uma boa notícia para o atacante. Em treino no Engenhão, René Simões comandou um coletivo e lançou Jobson entre os titulares para enfrentar o Botafogo-PB. Os sorrisos seguiram ausentes, mas o semblante já era um pouco mais leve. Em campo, o jogador não se destacou, mas teve bom aproveitamento no treino de cobranças de pênaltis.
A partida contra o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil, começou bem para Jobson. O atacante teve participação direta no gol de Bill, aos 15 minutos. Mas parou por aí. No restante do primeiro tempo, Jobson esteve apagado e pouco foi notado em campo. René Simões perdeu a paciência e voltou do intervalo com Rodrigo Pimpão no lugar do camisa 7.
No dia seguinte ao jogo com o xará da Paraíba, apenas os jogadores que não iniciaram o confronto estiveram em campo. Os titulares fizeram trabalho na academia após a habitual longa conversa de René Simões com os atletas alvinegros. Jobson estava entre eles, mas, assim como os outros companheiros, não apareceu para a imprensa. Nessas conversas, Jobson costuma falar com os mais brincalhões do elenco, como é o caso de Carleto. O atacante não teve uma semana descontraída como foram as anteriores. À noite, reuniu-se com o restante da delegação já para a concentração visando ao segundo jogo da semifinal contra o Fluminense, sábado.
FONTE:
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