No início, o susto. Com banca de campeã olímpica, a seleção dos Estados Unidos acertou o primeiro golpe no Mineirinho lotado, pulou na frente e ameaçou repetir o resultado da final dos Jogos de Pequim. Mas a festa em Belo Horizonte ainda estava para começar. Apoiado por 14.800 torcedores em Belo Horizonte, o Brasil encontrou forças para reagir e venceu por 3 sets a 1 (parciais de 19/25, 25/21, 25/19 e 25/21). A vitória isola ainda mais a equipe de Bernardinho na liderança do grupo A da Liga Mundial, agora com 15 pontos, contra nove dos rivais deste fim de semana.
O confronto dos finalistas de Pequim-2008 tem novo capítulo marcado para este domingo, a partir das 9h50m, novamente no Mineirinho. A Rede Globo transmite a partida ao vivo.
No sábado, Dante foi poupado pela comissão técnica. Com uma inflamação no joelho, o ponteiro até tinha condições clínicas de atuar, mas a dor limitaria sua performance. Assim, João Paulo Bravo formou a linha de passe ao lado de Murilo e Serginho. Na posição de oposto, Bernardinho optou por Théo em vez de Wallace para compor o banco. Do lado americano, o técnico Alan Knipe escalou Thornton na armação das jogadas. No treino da véspera, o comandante havia testado também o albanês naturalizado Suxho na como levantador no time titular.
O pequeno rali já no ponto inicial, convertido para o Brasil por Murilo, deu a impressão de que o primeiro set teria uma batalha a cada disputa. Mas os americanos seguiram na cola brasileira e, em um ataque para fora de Vissotto, conseguiram assumir a dianteira no placar. Com saques muito forçados, bloqueio a postos e ainda contando com erros não forçados da equipe da casa, os rivais chegaram à parada técnica com 8/4 no placar.
A desvantagem fez o treinador antecipar a inversão para aumentar a rede, com Théo e Marlon em quadra. O oposto apareceu bem, convertendo dois pontos e ajudando na defesa: em um dos lances, buscou a bola no banco de reservas, mas Serginho errou ao passar na rede. Quando o marcador apontou 13/7, o técnico restabeleceu a formação inicial. Com reclamações dos dois lados sobre as marcações da arbitragem, a vantagem americana chegou a sete pontos na segunda parada técnica.
Murilo, João Paulo Bravo e Vissotto, em diferentes momentos, ficaram no paredão americano. A seleção também pecou no saque: vários pararam na rede ou foram para fora, enlouquecendo Bernardinho.
Com Rodrigão, em um ataque rápido pelo meio e um bloqueio na sequência, o Brasil até ensaiou uma reação. Na vaga de João Paulo Bravo, Thiago Alves entrou para estrear na Liga Mundial. As alterações, porém, não fizeram milagre. Os Estados Unidos administraram a margem construída no princípio da parcial e, com Millar, fecharam em 25/19.
Na segunda etapa, o Brasil voltou mais ligado e largou na frente. Com uma série de erros do ataque americano e uma ajudinha da sorte em um saque de Murilo, os anfitriões abriram 6/2. Mas a alegria da torcida logo se transformou em preocupação quando Priddy, inspirado na ponta, dizimou a vantagem e empatou o jogo em 8/8.
Se Vissotto e Bravo viravam de um lado, Lee e Millar também apareciam do outro, e a igualdade se mantinha. Em um ace de Anderson, os EUA tomaram a ponta pela primeira vez na parcial. No bloqueio simples, Stanley parou Murilo e deixou seu país à frente na parada técnica: 16/14.
Após uma série de erros de saques das duas equipes, Bernardinho colocou Sidão em quadra e ficou momentaneamente sem levantador. Com Rodrigão no saque, o central do Sesi subiu bem no bloqueio e deixou tudo igual mais uma vez: 19/19. Após novo ponto americano, foi a vez de Marlon sair do banco e fazer a diferença. O levantador conseguiu dois aces e deixou o Brasil a dois pontos de fechar o set. Théo, em uma disputa de bola pelo alto, e Murilo, contando com um erro de Lee, fecharam a parcial em 25/21 e igualaram a partida.
O bloqueio americano voltou a aparecer com eficiência no início do terceiro set e Priddy, saltando do fundo de quadra, fez 4/2 para os estrangeiros. A igualdade brasileira em 6/6 foi alcançada em uma jogada rara: Murilo mostrou habilidade e levantou, de costas, para o ataque preciso de Bravo.
Após dois bloqueios triplos e uma bola disputada no alto, em que o árbitro pediu ajuda ao auxiliar na marcação, a seleção abriu 9/6. Com a responsabilidade dividida, cada hora um atleta diferente pontuava para o Brasil: Vissotto, Sidão, Rodrigão e até Bruninho, de segunda, deixaram sua marca. Em um bloqueio simples sobre Stanley, João Paulo Bravo marcou 16/12.
Com um aproveitamento excelente em seu serviço, Patak ameaçou uma reação adversária. A inversão de Bernardinho, porém, conteve o ímpeto americano. Sidão, bloqueando Stanley e em jogada rápida com Marlon pelo meio, se destacou. Com Théo explorando o bloqueio e uma bola fora do ataque rival, o Brasil fez 25/19.
No quarto set, com Bruninho no saque, os brasileiros conseguiram abrir 4/0. Russell Holmes, ex-jogador do Minas, foi o primeiro a pontuar para o lado americano. Aparentemente desorientados, os estrangeiros assistiram a Vissotto cravar uma bola espirrada e Murilo saltar do fundo de quadra, duas vezes, para fazer 8/3.
O baile brasileiro na etapa permaneceu o mesmo, contando ainda com muitos erros dos Estados Unidos. Algumas falhas bobas, inclusive, como a indefinição de que atleta iria em bolas relativamente fáceis. Nem a troca de levantadores, com Suxho em quadra, surtiu efeito. Do lado verde e amarelo, João Paulo Bravo se apresentou na ponta com segurança. Na vaga de Vissotto, Théo também fez sua parte. A poucos pontos do fim, Bernardinho desfez a inversão, mas o passeio continuou. Apoiado pelos gritos da torcida mineira, Murilo saltou do fundo de quadra para selar a vitória: 25/21.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/06/de-virada-brasil-se-impoe-e-derruba-os-campeoes-olimpicos-em-minas.html
O confronto dos finalistas de Pequim-2008 tem novo capítulo marcado para este domingo, a partir das 9h50m, novamente no Mineirinho. A Rede Globo transmite a partida ao vivo.
Leandro Vissotto ataca contra o bloqueio do americano Priddy (Foto: Victor Schwaner / VIPCOMM)
No sábado, Dante foi poupado pela comissão técnica. Com uma inflamação no joelho, o ponteiro até tinha condições clínicas de atuar, mas a dor limitaria sua performance. Assim, João Paulo Bravo formou a linha de passe ao lado de Murilo e Serginho. Na posição de oposto, Bernardinho optou por Théo em vez de Wallace para compor o banco. Do lado americano, o técnico Alan Knipe escalou Thornton na armação das jogadas. No treino da véspera, o comandante havia testado também o albanês naturalizado Suxho na como levantador no time titular.
O pequeno rali já no ponto inicial, convertido para o Brasil por Murilo, deu a impressão de que o primeiro set teria uma batalha a cada disputa. Mas os americanos seguiram na cola brasileira e, em um ataque para fora de Vissotto, conseguiram assumir a dianteira no placar. Com saques muito forçados, bloqueio a postos e ainda contando com erros não forçados da equipe da casa, os rivais chegaram à parada técnica com 8/4 no placar.
A desvantagem fez o treinador antecipar a inversão para aumentar a rede, com Théo e Marlon em quadra. O oposto apareceu bem, convertendo dois pontos e ajudando na defesa: em um dos lances, buscou a bola no banco de reservas, mas Serginho errou ao passar na rede. Quando o marcador apontou 13/7, o técnico restabeleceu a formação inicial. Com reclamações dos dois lados sobre as marcações da arbitragem, a vantagem americana chegou a sete pontos na segunda parada técnica.
Murilo, João Paulo Bravo e Vissotto, em diferentes momentos, ficaram no paredão americano. A seleção também pecou no saque: vários pararam na rede ou foram para fora, enlouquecendo Bernardinho.
Com Rodrigão, em um ataque rápido pelo meio e um bloqueio na sequência, o Brasil até ensaiou uma reação. Na vaga de João Paulo Bravo, Thiago Alves entrou para estrear na Liga Mundial. As alterações, porém, não fizeram milagre. Os Estados Unidos administraram a margem construída no princípio da parcial e, com Millar, fecharam em 25/19.
Na segunda etapa, o Brasil voltou mais ligado e largou na frente. Com uma série de erros do ataque americano e uma ajudinha da sorte em um saque de Murilo, os anfitriões abriram 6/2. Mas a alegria da torcida logo se transformou em preocupação quando Priddy, inspirado na ponta, dizimou a vantagem e empatou o jogo em 8/8.
Se Vissotto e Bravo viravam de um lado, Lee e Millar também apareciam do outro, e a igualdade se mantinha. Em um ace de Anderson, os EUA tomaram a ponta pela primeira vez na parcial. No bloqueio simples, Stanley parou Murilo e deixou seu país à frente na parada técnica: 16/14.
Após uma série de erros de saques das duas equipes, Bernardinho colocou Sidão em quadra e ficou momentaneamente sem levantador. Com Rodrigão no saque, o central do Sesi subiu bem no bloqueio e deixou tudo igual mais uma vez: 19/19. Após novo ponto americano, foi a vez de Marlon sair do banco e fazer a diferença. O levantador conseguiu dois aces e deixou o Brasil a dois pontos de fechar o set. Théo, em uma disputa de bola pelo alto, e Murilo, contando com um erro de Lee, fecharam a parcial em 25/21 e igualaram a partida.
O bloqueio americano voltou a aparecer com eficiência no início do terceiro set e Priddy, saltando do fundo de quadra, fez 4/2 para os estrangeiros. A igualdade brasileira em 6/6 foi alcançada em uma jogada rara: Murilo mostrou habilidade e levantou, de costas, para o ataque preciso de Bravo.
Após dois bloqueios triplos e uma bola disputada no alto, em que o árbitro pediu ajuda ao auxiliar na marcação, a seleção abriu 9/6. Com a responsabilidade dividida, cada hora um atleta diferente pontuava para o Brasil: Vissotto, Sidão, Rodrigão e até Bruninho, de segunda, deixaram sua marca. Em um bloqueio simples sobre Stanley, João Paulo Bravo marcou 16/12.
Com um aproveitamento excelente em seu serviço, Patak ameaçou uma reação adversária. A inversão de Bernardinho, porém, conteve o ímpeto americano. Sidão, bloqueando Stanley e em jogada rápida com Marlon pelo meio, se destacou. Com Théo explorando o bloqueio e uma bola fora do ataque rival, o Brasil fez 25/19.
No quarto set, com Bruninho no saque, os brasileiros conseguiram abrir 4/0. Russell Holmes, ex-jogador do Minas, foi o primeiro a pontuar para o lado americano. Aparentemente desorientados, os estrangeiros assistiram a Vissotto cravar uma bola espirrada e Murilo saltar do fundo de quadra, duas vezes, para fazer 8/3.
O baile brasileiro na etapa permaneceu o mesmo, contando ainda com muitos erros dos Estados Unidos. Algumas falhas bobas, inclusive, como a indefinição de que atleta iria em bolas relativamente fáceis. Nem a troca de levantadores, com Suxho em quadra, surtiu efeito. Do lado verde e amarelo, João Paulo Bravo se apresentou na ponta com segurança. Na vaga de Vissotto, Théo também fez sua parte. A poucos pontos do fim, Bernardinho desfez a inversão, mas o passeio continuou. Apoiado pelos gritos da torcida mineira, Murilo saltou do fundo de quadra para selar a vitória: 25/21.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/06/de-virada-brasil-se-impoe-e-derruba-os-campeoes-olimpicos-em-minas.html