Há um ano, Alexis Sánchez acertava a sua transferência do Barcelona para o Arsenal disposto a deixar de ser apenas uma sombra para Lionel Messi. O chileno queria ser protagonista. Um ano depois, ele não só atingiu o objetivo no clube londrino como passou de coadjuvante a herói de sua seleção ao bater o pênalti que selou o triunfo do Chile por 4 a 1 nas penalidades e garantiu o primeiro título da Copa América aos chilenos.
Treinamos bastante as cobranças, mas em nenhum momento nos treinos ele bateu daquela maneira
Jorge Sampaoli, sobre cavadinha de Sánchez
Porém, no momento de decidir, o camisa 7 ousou e incendiou o Estádio Nacional de Santiago, lotado com mais de 49 mil torcedores. Bateu sua penalidade com uma bela cavadinha, sem chance para o goleiro Romero.
Nem o técnico Jorge Sampaoli acreditou no que viu:
- Uma emoção incrível (o lance). Alexis é imprevisível. Treinamos bastante as cobranças, mas em nenhum momento nos treinos ele bateu daquela maneira. Ele decidiu fazer na hora e isso mostra a categoria que ele tem, mostrou capacidade.
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Na decisão, Alexis também teve duas oportunidades de garantir o triunfo, uma no tempo normal e outra na prorrogação. Mas errou o alvo. Uma passou por cima do gol e a outra à direita de Romero, que já estava batido. O jogador também chamou a atenção pelo baixo percentual de duelos vencidos contra os argentinos: 33%. No geral, o valor sobe para 40,6%.
Mas o desempenho da estrela não foi motivo de reclamação para Sampaoli, que aproveitou para elogiar a entrega do grupo.
- Foi uma larga estadia de treinos, preparação. Eles foram buscar a Copa. O Chile não encontrou a Copa, nós ganhamos todos os jogos. Não teve uma partida nossa que pense que não poderíamos superar os rivais. Foi uma grande Copa América e o Chile ganhou de maneira muito bonita - disse o treinador.
Defesa contém os avanços de Messi na decisão
Messi tenta levar a Argentina ao ataque e é
cercado por Aránguiz, Beausejour e
Marcelo Díaz (Foto: Reuters)
Se Sánchez foi decisivo nas penalidades, o setor defensivo foi importante para anular Lionel Messi. O camisa 10 argentino foi o jogador mais desarmado dos Hermanos, com 29 lances. E o setor responsável por conter os seus avanços cumpriu à risca as orientações de Sampaoli. Medel, Aránguiz, Marcelo Díaz e Beausejour tiveram atuação impecável no tempo normal e na prorrogação. Não deixaram o craque jogar no Nacional de Santiago.
Díaz foi o jogador que mais desarmou na decisão. Foram seis lances em cima dos argentinos. Medel, Aránguiz e Beausejour não ficaram para trás, com um, cinco e um, respectivamente. Nas retomadas de bola, Medel foi o primeiro, com 12, e Díaz, em segundo, com 11. Tal desempenho ajudou o Chile a evitar os lances dos Hermanos.
- Tentamos repetir o plano que fizemos contra Espanha e Alemanha. Sabíamos que a ausência de Jara iria prejudicar e decidimos armar o time de uma maneira diferente. Sánchez e Vargas ficaram muito desgastados no último jogo. Preferimos deixar os atacantes centralizados contra a Argentina, com dois laterais que se transformavam em pontas no ataque e um volante que fechava entre os zagueiros para ajudar a marcação.
FONTE:
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