Julio César foi eleito o melhor jogador em campo na vitória de 2 a 1 do Brasil sobre o Uruguai. Casillas foi o melhor jogador no empate por 0 a 0 entre Espanha e Itália, com posterior vitória da Roja nos pênaltis, por 7 a 6, também pelas semifinais da Copa das Confederações. Mais do que uma coincidência, aí está o aviso de como os dois goleiros ainda são importantes para as seleções que defendem. São tempos de renascimento para os dois. E agora eles estarão frente a frente na final do torneio, neste domingo, no Maracanã.
Ambos têm trajetória de encontros e desencontros. Em 2010, quando Casillas alcançava sua consagração máxima, como capitão e símbolo do título mundial da Espanha na África do Sul, Julio César mergulhava em sua queda. A mesma Holanda superada pelo goleiro espanhol e seus companheiros na decisão foi a responsável por derrubar o arqueiro brasileiro naquela competição. Julio César falhou nas quartas de final. Não encontrou a bola mandada por Sneijder pelo alto, o Brasil foi eliminado, e o jogador caiu em um inferno particular
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Depois da derrota decisiva, o goleiro foi praticamente ignorado na seleção brasileira. Só foi lembrado por Mano Menezes sete meses depois do Mundial. Também foi convocado para a Copa América. E, aos poucos, acabou esquecido. Contra a Bósnia, em fevereiro de 2012, fez sua última partida pelo Brasil - até ser resgatado por Luiz Felipe Scolari. No mesmo ano, Casillas ganhou mais um título pela Espanha, a Eurocopa. Mas aí as coisas já começavam a mudar.
Julio César trocou o gigante Internazionale, da Itália, pelo modesto Queens Park Rangers, da Inglaterra. Parecia um suicídio para a carreira. Pois não foi. Em um time costumeiramente atacado pelos adversários, o goleiro conseguiu mostrar que seguia em forma. Enquanto isso, no Real Madrid, Casillas vivia um raro calvário. Uma lesão complicada (fratura no polegar) e a evidente antipatia do técnico José Mourinho fizeram o goleiro pouco jogar na temporada.
O líder dos campeões do mundo chegou ao Brasil cercado de incertezas. Seria ele o goleiro titular da Espanha, mesmo com sequência recente quase nula? Vicente del Bosque decidiu que sim. Na primeira fase, usou um goleiro em cada jogo - Casillas contra o Uruguai, Reina diante do Taiti, Valdés frente à Nigéria. Nas semifinais, na hora de mostrar ao mundo quem efetivamente é seu titular, optou pelo capitão.
E não se arrependeu. Casillas foi decisivo no domingo, especialmente no primeiro tempo, quando a Itália teve repetidas chances de gol. Se não fosse por ele, talvez a Espanha não fosse à decisão por pênaltis. Nela, o goleiro não fez nenhuma defesa, mas teve a sorte a seu lado quando Bonucci mandou por cima do travessão. A Espanha avançou.
Um dia antes, foi justamente em um pênalti que Julio César se consagrou. Ele caiu no canto esquerdo para buscar a cobrança de Forlán. O jogo, dos mais complicados, estava 0 a 0. O Brasil sofreu para vencer por 2 a 1. Aquela defesa foi fundamental e virou uma espécie de símbolo do recente renascimento do goleiro.
- No futebol, a gente costuma dizer que a vida do jogador é igual a um elevador, um dia em cima, outro embaixo. Hoje, acho que meu elevador está no andar de cima, e espero que permaneça até a final da Copa do Mundo, se Deus quiser, se eu fizer parte do grupo. O jogador tem que saber lidar com momentos bons e de adversidade. Já passei e tive a prova dos dois lados da moeda. Graças a Deus, estou tendo equilíbrio psicológico para superar tudo isso, dar a volta por cima e mostrar não só pro torcedor brasileiro, mas para companheiros, que tenho condição de estar na Seleção - disse o atleta.
E agora é a final. O título ajudaria Julio César a se consolidar de vez na Seleção. E faria Casillas completar seu currículo. Ele não tem a Copa das Confederações em seu histórico.
- Este jogo será um momento inesquecível para esta geração e para todos os espanhóis - resumiu o goleiro da Roja.
Brasil e Espanha se enfrentam às 19h deste domingo no Maracanã. A TV Globo, o SporTV e o GLOBOESPORTE.COM transmitem ao vivo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/da-descrenca-final-julio-cesar-e-casillas-renascem-juntos.html
Ambos têm trajetória de encontros e desencontros. Em 2010, quando Casillas alcançava sua consagração máxima, como capitão e símbolo do título mundial da Espanha na África do Sul, Julio César mergulhava em sua queda. A mesma Holanda superada pelo goleiro espanhol e seus companheiros na decisão foi a responsável por derrubar o arqueiro brasileiro naquela competição. Julio César falhou nas quartas de final. Não encontrou a bola mandada por Sneijder pelo alto, o Brasil foi eliminado, e o jogador caiu em um inferno particular
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A Copa das Confederações está mostrando a reafirmação de Julio César na Seleção (Foto: Reuters)
Julio César trocou o gigante Internazionale, da Itália, pelo modesto Queens Park Rangers, da Inglaterra. Parecia um suicídio para a carreira. Pois não foi. Em um time costumeiramente atacado pelos adversários, o goleiro conseguiu mostrar que seguia em forma. Enquanto isso, no Real Madrid, Casillas vivia um raro calvário. Uma lesão complicada (fratura no polegar) e a evidente antipatia do técnico José Mourinho fizeram o goleiro pouco jogar na temporada.
O líder dos campeões do mundo chegou ao Brasil cercado de incertezas. Seria ele o goleiro titular da Espanha, mesmo com sequência recente quase nula? Vicente del Bosque decidiu que sim. Na primeira fase, usou um goleiro em cada jogo - Casillas contra o Uruguai, Reina diante do Taiti, Valdés frente à Nigéria. Nas semifinais, na hora de mostrar ao mundo quem efetivamente é seu titular, optou pelo capitão.
E não se arrependeu. Casillas foi decisivo no domingo, especialmente no primeiro tempo, quando a Itália teve repetidas chances de gol. Se não fosse por ele, talvez a Espanha não fosse à decisão por pênaltis. Nela, o goleiro não fez nenhuma defesa, mas teve a sorte a seu lado quando Bonucci mandou por cima do travessão. A Espanha avançou.
Casillas voltou a ser a referência de segurança à frente do gol da Fúria (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
- No futebol, a gente costuma dizer que a vida do jogador é igual a um elevador, um dia em cima, outro embaixo. Hoje, acho que meu elevador está no andar de cima, e espero que permaneça até a final da Copa do Mundo, se Deus quiser, se eu fizer parte do grupo. O jogador tem que saber lidar com momentos bons e de adversidade. Já passei e tive a prova dos dois lados da moeda. Graças a Deus, estou tendo equilíbrio psicológico para superar tudo isso, dar a volta por cima e mostrar não só pro torcedor brasileiro, mas para companheiros, que tenho condição de estar na Seleção - disse o atleta.
E agora é a final. O título ajudaria Julio César a se consolidar de vez na Seleção. E faria Casillas completar seu currículo. Ele não tem a Copa das Confederações em seu histórico.
- Este jogo será um momento inesquecível para esta geração e para todos os espanhóis - resumiu o goleiro da Roja.
Brasil e Espanha se enfrentam às 19h deste domingo no Maracanã. A TV Globo, o SporTV e o GLOBOESPORTE.COM transmitem ao vivo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/da-descrenca-final-julio-cesar-e-casillas-renascem-juntos.html