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Depois de tantas temporadas juntos, não são necessárias mais muitas palavras. Já chegaram ao ponto de se entenderem dentro de quadra só no olhar. Entrosamento de um time que desde a chegada do técnico Marcelo Mendez, em 2010, construiu uma trajetória de dar inveja, chegando a 15 finais consecutivas e 12 troféus. Entrosamento que preocupa o Al-Rayyan. Ao contrário do Cruzeiro, a equipe do Catar foi montada especialmente para a disputa do Mundial de Clubes. Convidada pela Federação Internacional de Vôlei (Fivb), contratou jogadores rodados, de nível internacional, pelo período de apenas seis dias. O primeiro treino foi feito na véspera da estreia. Os outros, dentro da competição. E mesmo que ainda estejam se conhecendo, venceram dois de seus três compromissos. Em busca de uma vaga na final, os dois times se enfrentarão nesta sexta-feira, no Mineirinho. A partida será às 20h30. Mais cedo, às 17h30, o russo Belogorie Belgorod medirá forças com o UPCN, da Argentina.
Cruzeiro de William e o Al-Rayyan de
Rapha se enfrentam na semifinal do
Mundial (Foto: Arte / Globoesporte)
- Sinceramente, sem hipocrisia nenhuma, o Cruzeiro está na nossa frente mesmo. É um grupo que treina junto há muito tempo e ganhou tanta coisa junto... Querendo ou não, nós só estamos juntos há três dias. Não dá para dizer que nosso time é o pior do mundo, porque isso também não é verdade, mas com certeza a diferença de tempo será levada em conta, porque são clubes de alto nível. Estamos um pouco atrás, mas isso não quer dizer que não vamos lutar pela vitória - disse Rapha, o levantador brasileiro do Al-Rayyan.
William Arjona sabe que do outro lado da rede não encontrará um adversário frágil. Simon, Sanchez, Kazyiski, Alan e Rapha formam uma base experiente, que exigirá muita atenção.
- Acho que eles estão desmistificando um pouco o que a gente está acostumado a ver, de muito treino e entrosamento. Acredito que muitas vezes isso funciona. Mas eles estão mostrando que se juntar jogadores excelentes em algumas posições, dá para formar uma base muito forte - afirmou o levantador.
A cautela é válida, mas ainda assim o central Eder acredita que o Cruzeiro tem de tirar proveito do fato de jogar em casa e estar junto há mais tempo.
- Eles formam uma equipe excelente, mas união não se consegue em uma semana. Por outro lado, jogam sem responsabilidade por causa disso. Nós temos que buscar fazer do nosso entrosamento uma diferença.
Na temporada 2013/2014, ele e seus companheiros venceram tudo o que disputaram: Estadual, Mundial, Copa Brasil, Sul-Americano e Superliga. Querem agora dar mais um passo em direção ao bicampeonato do mundo.