Demitido na manhã desta segunda-feira do Fluminense, o técnico Cristóvão Borges foi na parte da tarde se despedir do elenco tricolor, antes do treinamento nas Laranjeiras. O comandante atendeu aos jornalistas e concedeu entrevista coletiva, afirmando não sair magoado do clube.
- A perda da parceria (Unimed) fez com que o Fluminense trabalhasse para se colocar no trilho em 2015. Teve a perda de muitos jogadores, o time precisou ser refeito. Um grande desafio, e fiquei muito motivado. Mas requer tempo, que no futebol é para ontem. Tem que haver resultado, e é uma pena. Estamos caminhando em um desenho positivo, mas pena que não conseguimos. Ficou complicado para sustentação do trabalho, mas a mágoa é zero.
De acordo com o SporTV, Ricardo Drubscky será o novo treinador do Fluminense. A diretoria tricolor, no entanto, não confirma. O auxiliar Marcão é quem comandará o treino desta segunda-feira.
Apresentado em 3 de abril de 2014, Cristóvão substituiu, à época, Renato Gaúcho. Comandou o Flu em 58 jogos, com 28 vitórias, 11 empates e 19 derrotas. Acumulou eliminações traumáticas na Copa do Brasil, para o América-RN, e Sul-Americana, diante do Goiás.
Leia os principais tópicos da entrevista de Cristóvão:
Futuro
- Vou ter um tempo para fazer uma reavaliação. Nem sempre fazemos as melhores escolhas. erros são naturais, os técnicos precisam fazer decisões o tempo inteiro. Existe pouca tolerância. No futebol é preciso eleger alguém, e o primeiro da fila é o treinador. Futebol foi sempre assim. Não é uma conduta só do Fluminense, mas dos clubes todos. Atlético, Cruzeiro, Corinthians... Tiveram técnicos que ficaram mais tempos. Flu está passando por um processo, vai precisar ter firmeza nas escolhas para fazer dar certo. O clube passou por uma mudança traumática, mas tem grandes chances, porque está no caminho certo.
Potencial do time
- Neste momento é difícil falar sobre isso. Logicamente existem outro fatores. Todos sabem que o Fluminense e outros clubes dificilmente estão prontos para o Brasileiro. Muito diferente. Flu em construção. Está tendo dificuldades no Carioca. Precisa ficar mais forte e melhorar o grupo.
Foi pego de surpresa?
- Cada resultado que se tem negativo, e diante da posição em que estávamos, não tem como ficar alheio. Foram momentos de pressão. Neste momento tem que saber se tem sustentação ou não. Cada um tem suas razões para decidir.
Flu agiu com firmeza?
- Discutir isso para mim não vale a pena. Foi uma questão de escolha, e deve ter as razões para isso. Mesmo a diretoria, tem a ideia e o desejo de fazer diferente disso, mas momentaneamente a pressão aumenta, e o receio também. Acho uma pena, mas é assim que funciona.
Saída de jogadores
- Eram jogadores de nome, experientes. Mudança de realidade. Flu até então podia fazer grandes investimentos. Com essa mudança, não se pôde. Tivemos que fazer outro time, muitas mudanças. Esses jogadores estavam chegando, e cada um tem seu tempo. Podemos ver despontando, mas requer tempo. Encontramos uma equipe uma formação, todos gostaram, mas depois tivemos desfalques e o resultado não foi satisfatório.
Decisão política?
- Fico alheio a algumas coisas, como política e redes sociais. Preciso me concentrar na parte técnica. Não fico nessa observação obsessiva. Sou exigido demais na parte técnica e tática. Ainda mais agora por causa das mudanças no time, e isso me absorveu demais.
Flu em 2014
- Era uma equipe boa forte. Quis vir para o Fluminense porque sabia do potencial, e acho que apostei certo. A exigência vai ficando maior, aí sentimos mais necessidade. Era uma equipe com qualidade técnica boa, mas não tinha velocidade. Mesmo assim, achamos uma maneira de jogar e fizemos muitos gols. Não existe equipe boa que não tenha jogada de velocidade.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2015/03/cristovao-borges-se-despede-do-fluminense-magoa-zero.html
- A perda da parceria (Unimed) fez com que o Fluminense trabalhasse para se colocar no trilho em 2015. Teve a perda de muitos jogadores, o time precisou ser refeito. Um grande desafio, e fiquei muito motivado. Mas requer tempo, que no futebol é para ontem. Tem que haver resultado, e é uma pena. Estamos caminhando em um desenho positivo, mas pena que não conseguimos. Ficou complicado para sustentação do trabalho, mas a mágoa é zero.
Cristóvão Borges se despede do Fluminense
na tarde desta segunda-feira
(Foto: Reprodução )
De acordo com o SporTV, Ricardo Drubscky será o novo treinador do Fluminense. A diretoria tricolor, no entanto, não confirma. O auxiliar Marcão é quem comandará o treino desta segunda-feira.
Apresentado em 3 de abril de 2014, Cristóvão substituiu, à época, Renato Gaúcho. Comandou o Flu em 58 jogos, com 28 vitórias, 11 empates e 19 derrotas. Acumulou eliminações traumáticas na Copa do Brasil, para o América-RN, e Sul-Americana, diante do Goiás.
Leia os principais tópicos da entrevista de Cristóvão:
Futuro
- Vou ter um tempo para fazer uma reavaliação. Nem sempre fazemos as melhores escolhas. erros são naturais, os técnicos precisam fazer decisões o tempo inteiro. Existe pouca tolerância. No futebol é preciso eleger alguém, e o primeiro da fila é o treinador. Futebol foi sempre assim. Não é uma conduta só do Fluminense, mas dos clubes todos. Atlético, Cruzeiro, Corinthians... Tiveram técnicos que ficaram mais tempos. Flu está passando por um processo, vai precisar ter firmeza nas escolhas para fazer dar certo. O clube passou por uma mudança traumática, mas tem grandes chances, porque está no caminho certo.
Potencial do time
- Neste momento é difícil falar sobre isso. Logicamente existem outro fatores. Todos sabem que o Fluminense e outros clubes dificilmente estão prontos para o Brasileiro. Muito diferente. Flu em construção. Está tendo dificuldades no Carioca. Precisa ficar mais forte e melhorar o grupo.
Foi pego de surpresa?
- Cada resultado que se tem negativo, e diante da posição em que estávamos, não tem como ficar alheio. Foram momentos de pressão. Neste momento tem que saber se tem sustentação ou não. Cada um tem suas razões para decidir.
Flu agiu com firmeza?
- Discutir isso para mim não vale a pena. Foi uma questão de escolha, e deve ter as razões para isso. Mesmo a diretoria, tem a ideia e o desejo de fazer diferente disso, mas momentaneamente a pressão aumenta, e o receio também. Acho uma pena, mas é assim que funciona.
Saída de jogadores
- Eram jogadores de nome, experientes. Mudança de realidade. Flu até então podia fazer grandes investimentos. Com essa mudança, não se pôde. Tivemos que fazer outro time, muitas mudanças. Esses jogadores estavam chegando, e cada um tem seu tempo. Podemos ver despontando, mas requer tempo. Encontramos uma equipe uma formação, todos gostaram, mas depois tivemos desfalques e o resultado não foi satisfatório.
Decisão política?
- Fico alheio a algumas coisas, como política e redes sociais. Preciso me concentrar na parte técnica. Não fico nessa observação obsessiva. Sou exigido demais na parte técnica e tática. Ainda mais agora por causa das mudanças no time, e isso me absorveu demais.
Flu em 2014
- Era uma equipe boa forte. Quis vir para o Fluminense porque sabia do potencial, e acho que apostei certo. A exigência vai ficando maior, aí sentimos mais necessidade. Era uma equipe com qualidade técnica boa, mas não tinha velocidade. Mesmo assim, achamos uma maneira de jogar e fizemos muitos gols. Não existe equipe boa que não tenha jogada de velocidade.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2015/03/cristovao-borges-se-despede-do-fluminense-magoa-zero.html