A frieza de Cristiano Ronaldo frente a frente a Muslera ilustra bem como é o Real Madrid dos últimos tempos. Mortal nos contra-ataques e dono de um jogo extremamente objetivo, o time de José Mourinho conquistou uma importantíssima vantagem na caminhada rumo ao sonhado décimo título da Liga dos Campeões. O craque português abriu a contagem com um lindo toque de cobertura, e ainda viu Benzema e Higuaín selarem a vitória por 3 a 0 sobre o Galatasaray, nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, em jogo de ida das quartas de final.
Os turcos, capitaneados pelo brasileiro Felipe Melo e os renomados Sneijder e Drogba, precisarão joga muito mais na próxima terça-feira, em Istambul. Se conseguirem vencer por 3 a 0, forçarão a disputa de uma prorrogação. Caso os merengues balancem a rede, no entanto, a missão fica ainda mais difícil: golear, ao menos por 5 a 1, devido aos critérios de desempate de gol em dobro marcado fora de casa.
Outro que tem oito é Messi, depois do que marcou no empate por 2 a 2 com o Paris Saint-Germain, na véspera. Ainda assim, a presença do argentino no jogo decisivo no Camp Nou é incerta por causa da lesão muscular sofrida no Parque dos Príncipes.
CR7 à la Messi
Surpreendentemente, o Galatasaray terminou o primeiro tempo no Santiago Bernabéu com 54% da posse de bola. Os turcos, pelo que se propuseram, não jogaram mal. Criaram chances e obrigaram o goleiro Diego López a trabalhar bem contra Drogba, Sneijder, Yilmaz e cia. O problema em questão é que em sua defesa não há quem desequilibre. No galáctico Real Madrid, ter as mesmas qualidades é basicamente pré-requisito - o que ajuda a explicar os 2 a 0 a favor dos mandantes no apito para o intervalo do norueguês Svein Oddvar Moen.
O placar foi inaugurado logo aos nove minutos. Em contra-ataque, Özil acionou Cristiano Ronaldo com um daqueles passes que apenas ele e poucos outros no mundo costumam dar. Diante de Muslera, o português não perdoou e estufou as redes com um lindo toque de cobertura - igual aos que Messi tanto dá nos últimos tempos. Foi o seu 47º gol na história do torneio, que o fez ultrapassar o italiano Filippo Inzaghi (46) e encostar no ucraniano Andriy Schevchenko (48) na artilharia de todos os tempos.
Falhas coletivas da defesa à parte, o Galatasaray ia para o ataque sem temor. Aos 11, Drogba recebeu na entrada da área, escapou da marcação de Varane e concluiu por cima de López. O substituto de Casillas também só olhou a finalização de Sneijder, num de seus raros momentos de perigo no jogo, sair ao lado, aos 15. Mas o goleiro teve de se virar apenas dez minutos depois, em nova conclusão do marfinense.
Defesa falha, e Benzema amplia
O Real, é claro, não estava intimidado. Era constantemente um perigo quando puxava um contra-ataque ou mesmo ao encontrar seus laterais com espaço. O volante Essien, que atuava improvisado na direita por uma opção de Mourinho, teve a sua oportunidade de se tornar um garçom por ali. Aos 29, cruzou e viu Benzema, sozinho, ampliar com um chute rasteiro que ainda resvalou na trave.
Era o retrato da primeira etapa. Mesmo com a bola por menos tempo, o Real era objetivo ao extremo. E ainda quase desceu para o intervalo com vantagem maior, já que a cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, aos 41, passou muito perto da meta de Muslera. Eboué, dois minutos depois, também perdeu boa oportunidade de diminuir.
Real praticamente define o confronto no segundo tempo
Talvez por já ter um placar confortável, o Real diminuiu um pouco o ritmo na etapa final. Era interessante marcar o terceiro, mas importante mesmo era não sofrer gol em casa. Então, saiu para o ataque apenas com a certeza de que a defesa se manteria protegida. E assim os merengues fizeram o tempo passar.
A primeira grande chance dos donos da casa na etapa final aconteceu aos 17 minutos. Xabi Alonso descolou ótimo passe para Di María. O argentino avançou e chutou, mas Muslera fez a defesa sem muitos problemas. Aos 28, porém, não houve jeito. Em jogada de bola parada, Xabi Alonso cruzou para Higuaín cabecear e praticamente definir o confronto.
Para piorar a situação dos visitantes, Burak Yilmaz, um dos artilheiros da Champions até o início da rodada - com oito gols -, levou cartão amarelo por simulação e se tornou desfalque para o jogo de volta. A impressão é de que os turcos chegaram até onde poderiam. Para o Real, bastará jogar com a seriedade dos últimos tempos para dar mais um passo rumo à tão sonhada décima conquista da principal competição do continente.
Os turcos, capitaneados pelo brasileiro Felipe Melo e os renomados Sneijder e Drogba, precisarão joga muito mais na próxima terça-feira, em Istambul. Se conseguirem vencer por 3 a 0, forçarão a disputa de uma prorrogação. Caso os merengues balancem a rede, no entanto, a missão fica ainda mais difícil: golear, ao menos por 5 a 1, devido aos critérios de desempate de gol em dobro marcado fora de casa.
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A bonita finalização ao melhor estilo Messi pôs Cristiano Ronaldo como artilheiro isolado da atual edição da Champions, com nove gols. Ele descolou do turco Burak Yilmaz, vice com oito, que pouco produziu para sua equipe e ainda levou um cartão amarelo que o tira do confronto na quarta que vem - o zagueiro Sergio Ramos, que forçou a punição ao chutar a bola para longe após uma falta, será a ausência do lado do Real.- Confira como foi o jogaço, lance a lance
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Outro que tem oito é Messi, depois do que marcou no empate por 2 a 2 com o Paris Saint-Germain, na véspera. Ainda assim, a presença do argentino no jogo decisivo no Camp Nou é incerta por causa da lesão muscular sofrida no Parque dos Príncipes.
CR7 à la Messi
Cristiano encobre Muslera para abrir o placar no ernabéu: toque de classe nos 3 a 0 (Reuters)
O placar foi inaugurado logo aos nove minutos. Em contra-ataque, Özil acionou Cristiano Ronaldo com um daqueles passes que apenas ele e poucos outros no mundo costumam dar. Diante de Muslera, o português não perdoou e estufou as redes com um lindo toque de cobertura - igual aos que Messi tanto dá nos últimos tempos. Foi o seu 47º gol na história do torneio, que o fez ultrapassar o italiano Filippo Inzaghi (46) e encostar no ucraniano Andriy Schevchenko (48) na artilharia de todos os tempos.
Falhas coletivas da defesa à parte, o Galatasaray ia para o ataque sem temor. Aos 11, Drogba recebeu na entrada da área, escapou da marcação de Varane e concluiu por cima de López. O substituto de Casillas também só olhou a finalização de Sneijder, num de seus raros momentos de perigo no jogo, sair ao lado, aos 15. Mas o goleiro teve de se virar apenas dez minutos depois, em nova conclusão do marfinense.
Drogba e Sneijder não fizeram a diferença para o Galatasaray (Foto: EFE)
O Real, é claro, não estava intimidado. Era constantemente um perigo quando puxava um contra-ataque ou mesmo ao encontrar seus laterais com espaço. O volante Essien, que atuava improvisado na direita por uma opção de Mourinho, teve a sua oportunidade de se tornar um garçom por ali. Aos 29, cruzou e viu Benzema, sozinho, ampliar com um chute rasteiro que ainda resvalou na trave.
Era o retrato da primeira etapa. Mesmo com a bola por menos tempo, o Real era objetivo ao extremo. E ainda quase desceu para o intervalo com vantagem maior, já que a cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, aos 41, passou muito perto da meta de Muslera. Eboué, dois minutos depois, também perdeu boa oportunidade de diminuir.
Real praticamente define o confronto no segundo tempo
Felipe Melo tenta desarmar Özil (Foto: EFE)
A primeira grande chance dos donos da casa na etapa final aconteceu aos 17 minutos. Xabi Alonso descolou ótimo passe para Di María. O argentino avançou e chutou, mas Muslera fez a defesa sem muitos problemas. Aos 28, porém, não houve jeito. Em jogada de bola parada, Xabi Alonso cruzou para Higuaín cabecear e praticamente definir o confronto.
Para piorar a situação dos visitantes, Burak Yilmaz, um dos artilheiros da Champions até o início da rodada - com oito gols -, levou cartão amarelo por simulação e se tornou desfalque para o jogo de volta. A impressão é de que os turcos chegaram até onde poderiam. Para o Real, bastará jogar com a seriedade dos últimos tempos para dar mais um passo rumo à tão sonhada décima conquista da principal competição do continente.