Bruno (dir.), Matheus e Douglas curtem a visita à
Providência (Foto: Debora Vives/Globoesporte.com)
Providência (Foto: Debora Vives/Globoesporte.com)
Tão alto quanto um jogador profissional, Bruno, com 1,91m de altura, está pronto para ir adiante no esporte. E na hora de escolher seu modelo, aponta logo para a seleção brasileira:
- Rodrigão é meu exemplo - revela o adolescente, referindo-se ao meio-de-rede que conquistou o Mundial na Itália no ano passado.
A ideia de integrar as comunidades surgiu justamente para mostrar o contraste entre elas - uma, livre do tráfico e de bandidos; a outra, ainda com problemas sociais.
- Trabalhamos em comunidades que não são pacificadas e são regiões que ainda enxergam uma realidade diferente do que hoje acontece aqui. O objetivo é mostrar para as nossas crianças que uma comunidade que antes era dominada pelo crime hoje tem ordem e paz no seu cotidiano - explica Marcos Aurélio Gonçalves, coordenador do projeto na CBV.
Com a proteção da polícia, a criançada lanchou, brincou e jogou minivôlei (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
- É uma adaptação do vôlei, feita para as crianças iniciarem na modalidade. As bolas e as quadras são menores, tem algumas regras específicas de acordo com a idade. Temos adaptações próprias do minivôlei a essas faixas etárias (de 7 a 16 anos) - diz Rodrigo.
Regiane e Vini, campeões da Superliga, batem
bola no projeto (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
bola no projeto (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Com mais de 80 centros que atendem a cerca de 25 mil crianças e adolescentes de comunidades carentes em 13 estados, o VivaVôlei levou à Providência a levantadora Camilla Adão, do Macaé, e dois campeões da Superliga 10/11: o central Vini, do Sesi, e a ponteira Regiane, do Rio de Janeiro. Eles trocaram saques e cortadas com a garotada. Além disso, distribuíram autógrafos e tiraram fotos com as crianças.
Esta foi a primeira vez que Regiane e Vini participaram de um evento de vôlei em uma comunidade. Os dois ficaram orgulhosos de ver tanta "gente pequena" praticando a modalidade.
- É importante, porque já começam a gostar do esporte desde pequeno - disse a ponteira.
Vini destacou o potencial da garotada e a importância de criar novos talentos no esporte.
- É importante para o vôlei ter essa continuidade, descobrindo talentos. Só através da nossa categoria de base é que vamos continuar dando sequência ao trabalho. É muito bacana ver crianças com potencial - comentou o central.
A brincadeira na Providência foi muito além do vôlei na terça-feira (Foto: Alexandre Arruda/arquivo CBV)
- Já fui criança e sei como é, né. A gente quer estar perto das pessoas que a gente admira, que jogam, que a gente vê na televisão, e isso é importante para eles, para verem que um dia poderão estar ali também (em quadra) - disse a jogadora.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/05/criancas-de-projeto-social-e-craques-da-superliga-sobem-o-morro-no-rio.html