Campeã, Alemanha colecionou números positivos na Copa do Mundo (Foto: AFP)
A Copa do Mundo 2014 ficará marcada na história dos mundiais. Não só pelo futebol bonito e bem jogado, pelas goleadas, e pelo show que se viu nas ruas e nas arquibancadas. Nos números, também foi um campeonato de destaque. A Copa no Brasil igualou o maior número de gols em uma edição da competição, com 171 bolas na rede, assim como em 1998. Marcou também a diminuição de infrações, com o mais baixo número de cartões desde 1986. Em comparação com 2010, também tivemos mais tempo de futebol: foram 57,6 minutos de bola rolando em média, contra 54 do mundial da África do Sul.
Equipes e jogadores também cravaram seus nomes na história. Foi em 2014 que Klose se tornou o maior artilheiro da história das Copas, ao marcar duas vezes e atingir os 16 gols em mundiais, superando Ronaldo, com 15. A seleção alemã, aliás, foi o melhor ataque da Copa do Mundo, com 18 gols marcados. Com isso, entrou no ranking como a terceira equipe campeã com mais gols em uma edição do mundial, sendo superado apenas pelo Brasil de 70 e pelos próprios germânicos em 1954. E, pelo lado negativo, os brasileiros bateram recordes negativos, com a pior goleada sofrida e a defesa mais vazada em sua história, além de ter sofrido a maior derrota de uma semifinal de Copa.
Foi a Copa do Mundo da bola na rede. Goleadas, viradas, jogos emocionantes... A Fonte Nova viu 24 gols. No Beira-Rio, foram 22. Ao todo, 171 gols no Mundial, uma média de 2,7 por partida. O número iguala 1998 como a edição que mais se viu bolas na rede em toda a história das Copas do Mundo.
Quem mais contribuiu para esses números foi James Rodríguez. O colombiano levou a chuteira de ouro, pelos seis gols marcados. Por equipe, os alemães é que brilharam, aos mandar 18 bolas para a rede, sendo Müller o artilheiro com cinco gols.
Irã x Nigéria, Brasil x México, Costa Rica x Inglaterra, Holanda x Costa Rica e Holanda x Argentina protagonizaram as cinco únicas partidas sem gols. Por outro lado, chuva de gols não faltaram: Alemanha 7 x 1 Brasil foi o jogo com o maior número de bolas na rede nesta Copa, seguida por Suíça 2 x 5 França, Espanha 1 x 5 Holanda e Coreia do Sul 2 x 4 Argélia.
James Rodriguez foi o artilheiro da
Copa do Mundo, com seis gols
marcados durante o mundial
(Foto: AP)
Se os gols vieram em grande quantidade, os cartões, pelo contrário, pouco apareceram. Para o bem do futebol, foram 181 cartões amarelos, bem abaixo dos 245 de 2010, por exemplo. A média caiu bastante: de 3,8 amarelos por partida na última edição para 2,8 por jogo em 2014. Desde 1986, quando houve 2,7 cartões amarelos por partida não se via uma média tão baixa. As 181 infrações são menores que as 184, de 1990, e as 243, de 1994, edições que contavam com apenas 52 jogos no total, ou seja, 12 a menos que as 64 partidas da Copa do Mundo atual.
Os cartões vermelhos também foram poucos: apenas 10. Também é o menor número desde 1986, quando a edição teve oito expulsões. Em 2006, por exemplo, tivemos o recorde, com 26 cartões vermelhos. Em 2010, foram 17 expulsões. Curioso é que, dos 10 vermelhos mostrados, apenas três foram por segundo amarelo, sendo sete expulsões diretas.
Marchisio, da Itália, foi um dos 10
expulsos nesta Copa do Mundo
(Foto: Reuters)
alemanha e o ataque poderoso
Foram 17 gols em sete partidas. Média de 2,4 por jogo. Desde o Brasil 2002, a seleção campeã não marcava tantos gols. Em toda a história, a equipe da Alemanha de 2014 só é superada pelos alemães de 1954, que marcaram 25 gols, e o Brasil de 1970, com 19 gols, como os campeões de melhor ataque. Um show de ofensividade, com destaque para Thomas Müller, autor de cinco gols, repetindo o número de bolas na rede de 2010, e chegando aos 10 marcados em Copas do Mundo.
Curioso é que Brasil e Argentina, finalizaram mais do que os alemães nesta Copa do Mundo. O que prova ainda mais a efetividade do time comandado por Joachim Löw. Com 98 finalizações (média de 14 por jogo), os alemães marcaram um gol a cada 5,8 arremates.
A equipe ainda demonstrou um alto poder de toque de bola. Foi o time com o maior número de passes na competição, com 5.084, sendo 82% deles feitos de maneira correta. Em média, 726 passes por partida.
Muller foi o artilheiro da Alemanha com
cinco gols em sete jogos, e chegou aos
10 em Copas do Mundo
(Foto: Reuters)
Em uma campanha surpreendente, fantástica, a Costa Rica fez história. Passou da fase de grupos em primeiro lugar, à frente das campeãs do mundo, Uruguai, Itália e Inglaterra. Depois, eliminou a Grécia nas oitavas e só caiu nos pênaltis para a Holanda, nas quartas. Tudo isso graças a uma defesa forte, que sofreu apenas dois gols em cinco jogos na Copa do Mundo, um do Uruguai, e outro da Grécia. Com isso, se tornou a defesa menos vazada, mesmo incluindo os times que disputaram apenas as três partidas da primeira fase. Destaque para o goleiro Keylor Navas, com 21 defesas durante o Mundial.
Porém, o dado negativo, é que os costarriquenhos abusaram também nas faltas cometidas e terminaram o Mundial como a seleção que mais cometeu infrações na média, com 18,8 por partida. Por outro lado, a Grécia foi a equipe que mais "apanhou", com média de 20,5 faltas sofridas por jogo.
O goleiro Navas foi um dos grandes
responsáveis pelos poucos gols
sofridos pela Costa Rica
(Foto: Reuters)
brasil peneira e ruim de mira
A seleção brasileira terminou a Copa do Mundo com vários recordes negativos. Os 14 gols sofridos em 2014 superaram os 11 da campanha de 1938, se tornando o mundial em que o Brasil mais sofreu gols. O resultado de 7 x 1 para a Alemanha foi a pior derrota da história da Seleção, superando o 6 x 0 para o Uruguai em 1920. Números que, possivelmente, ficarão marcados na história do futebol do país.
Porém, o Brasil leva o "título" de equipe com o maior número de finalizações desta edição da Copa do Mundo. Foram 111 finalizações, numa média de 15,6 por partida. No entanto, os brasileiros são superados na média por Gana, Bélgica, França, Portugal e Suíça. O problema mesmo foi a pontaria. Se os alemães fizeram um gol a cada 5,8 chutes, a Seleção precisou de 10 arremates para mandar uma bola para a rede.
Brasil terminou com o recorde negativo
de ter sofrido 14 gols durante a Copa,
metade deles contra a Alemanha
(Foto: AP)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol
/copa-do-mundo/noticia/2014/07/copa-
2014-teve-mais-bola-rolando-jogo-
limpo-e-alemanha-em-destaque.html
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