Instalação de grama sintética em General
Severiano em setembro de 2014:
colocação ficou incompleta
(Foto: GloboEsporte.com)
A instalação de grama sintética foi motivo de polêmica. Ainda na gestão de Maurício Assumpção, o Botafogo deu início às obras, que tornariam o local próprio para utilização por escolinhas, categorias de base e aluguel para peladas, além de eventualmente servir para treinos físicos dos atletas profissionais. As obras foram paralisadas depois de uma ação na Justiça por parte do agora presidente Carlos Eduardo Pereira, do vice geral Nelson Mufarrej, do diretor da base Manoel Renha e do ex-vice financeiro Cláudio Good. Mas, em seguida, a Justiça autorizou que o procedimento fosse retomado.
A Ambev ficou responsável pelas obras depois que o contrato assinado com uma outra empresa foi rescindido. Mas antes que a multinacional fizesse o pagamento da última parcela – cerca de R$ 400 mil – as obras foram paralisadas no momento em que Carlos Eduardo Pereira assumiu a presidência e decidiu não dar continuidade, iniciando o projeto para o replantio da grama natural.
Atualmente, o campo de General Severiano tem grama sintética, mas o piso não foi totalmente instalado. Mesmo assim, oito atletas treinam três vezes por semana no local, com atividades físicas e com bola: Henrique, Renan Lemos, Sidney, Dedé, Fabiano, Lennon, Dill e Andrade. No entanto, não houve qualquer registro de lesões.
- Da minha parte, não fico temendo lesões, mas lógico que preferia treinar num campo de grama natural. Mas é o que tem... Menos mal que ninguém se machucou - disse um dos jogadores que integram o chamado do grupo 2, aquele que está fora dos planos de diretoria e comissão técnica.
Campo impróprio para atividade profissional
O gramado sintético de General Severiano está impróprio para a prática do futebol profissional. Quem confirma é o diretor da empresa que instalou o gramado, Christian Truda, ainda na gestão de Maurício Assumpção. De acordo com Truda, o Botafogo deixou de comprar os materiais necessários para a conclusão da instalação: borracha granulada e areia, justamente a camada para absorção de impactos. O valor desses materiais não chegaria a R$ 50 mil. Ele afirmou ter recebido do Botafogo um pedido para que enviasse uma proposta para comprar de volta o material instalado.
O time profissional fez quatro dias de atividades na grama sintética de General Severiano em 2015, nenhuma delas com bola. O último trabalho da equipe de René Simões no local foi no dia 26 de janeiro, numa sessão de treinos físicos.
Elenco principal fez treino físico em grama
sintética de General Severiano em 26 de
janeiro (Foto: Marcelo Baltar)
O debate no Botafogo a partir de agora é sobre como a obra será financiada, já que o clube enfrenta grave crise financeira. No ano passado, no auge da polêmica, Carlos Augusto Montenegro chegou a dizer, numa reunião do Conselho Deliberativo, que pagaria uma parte, caso a situação deixasse a esfera judicial – os réus eram o Botafogo e Maurício Assumpção. A ação já foi retirada, mas não foi o suficiente para seduzir o ex-presidente.
- Realmente, eu disse que ajudaria a essa obra, mas não queria briga na Justiça. Não tiraram a ação naquele momento, então para mim acabou ali. Futuramente posso vir a ajudar, mas acho que as prioridades de investimento devem ser outras, como estrutura para as divisões de base, por exemplo - disse Montenegro.
Reafirmando uma promessa de campanha, Carlos Eduardo Pereira garantiu que o Botafogo dará início às obras para que General Severiano volte a ter um campo de grama.
- Vamos recolocar o campo de grama natural, sim. Estamos firmando um acordo para incluir Caio Martins nesse pacote. Isso está em fase de orçamento. Atualmente o campo está com 90% de grama sintética instalada e vai ser retirada. Vamos vender esse piso, e os recursos serão utilizados para a obra da grama natural. Ainda faltou um crédito da Ambev que será usado nessa recuperação e também vamos buscar o apoio de grandes botafoguenses para isso.
Queremos que o CT João Saldanha volte a abrigar alguns treinos dos profissionais - explicou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.
FONTE:
http://glo.bo/1MrnLXb