Em seu primeiro dia de trabalho no Botafogo, em dezembro passado, Antônio Lopes encontrou uma situação assustadora. O clube tinha não mais do que 10 jogadores para a disputa do Campeonato Carioca, que começaria em um mês. Com orçamento apertado, mas carta branca da presidência, o gerente de futebol foi ao mercado e comprou por atacado. Ao longo do ano, foram mais de 20 atletas trazidos na maioria sem custos ao clube que ajudaram o Alvinegro a cumprir o objetivo de retornar à elite do Brasileirão. Com a meta alcançada após a vitória sobre o Luverdense, o planejamento passa a ser outro. A ideia da diretoria é formar um elenco competitivo, que possa disputar o título da Série A e, para isso, de certa forma, vai abandonar a política do teto salarial.
Beneficiado pelo aumento de cotas de televisão e empenhado em fechar contratos de patrocínio que não foram possíveis em 2015, o Botafogo tem planejado formar um elenco dividido em quatro faixas salariais. Por exemplo, quatro deles - incluindo o capitão Jefferson -, vão receber cerca de R$ 300 mil. Há ainda valores de aproximadamente R$ 150 mil, de R$ 80 mil a R$ 100 mil e até R$ 50 mil. Muitos deles, entretanto, não chegarão de cara. O clube pretende observar alguns nomes no Campeonato Carioca e buscar outros para o Brasileirão, de acordo com as necessidades técnicas e possibilidades econômicas. O argentino Emiliano Vecchio, do Colo-Colo, é um dos principais alvos para comandar o meio-campo alvinegro na próxima temporada.
- Não vamos falar em nomes porque ainda não tem nada definido, seja em relação a jogadores ou posições. Mas estamos contactando atletas de fora para que possamos trazê-los ao elenco - disse o gerente Antônio Lopes, que será mais um vez responsável por formar o elenco do Botafogo.
Com teto salarial de R$ 60 mil, a estratégia de 2015 deu certo. Não foi um ano de brilho, mas o Botafogo chegou à decisão do Carioca e passou, sem sustos, pela Série B. Porém, se o elenco fez bem ao Bota, o clube fez ainda mais pelos jogadores. De desconhecido e apontado por muitos como "indigente" - como não se cansam de repetir os atletas -, o grupo ganhou projeção. Em alguns casos, valorização. E como 24 jogadores ficarão sem contrato até o fim do ano, a situação preocupa.
Do elenco atual, apenas Jefferson, Helton Leite, Octávio e Sassá têm contratos longos, além de Fernandes, Luís Henrique, Diego, Diérson, Emerson e Saulo - jovens que subiram neste ano para o elenco profissional.
O caso de Willian Arão é emblemático. Após passar sem sucesso por cinco clubes em quatro anos, o volante chegou sem alarde, e hoje desperta o interesse do mercado. O Flamengo fez proposta robusta, mas o Botafogo quer mantê-lo. Para isso, trabalha com uma cláusula contratual que permite a renovação automática por dois anos mediante o pagamento de R$ 400 mil. Cláusula existente na maioria dos contratos do elenco.
Willian Arão é um dos três jogadores tratados como prioridade no Botafogo. Além dele, Renan Fonseca e Navarro estão nos planos para 2016. As negociações estão em andamento e, embora despertem interesse do mercado, os dois têm mais chances de ficar do que o volante.
Outro caso complicado é o de Neilton. Com gols decisivos, o jovem caiu nas graças dos alvinegros, mas dificilmente permanecerá. O atacante recebe R$ 50 mil mensais do Botafogo, e os R$ 180 mil restantes cabem ao Cruzeiro. O clube mineiro diz que Neilton pode ficar somente se o Alvinegro pagar os R$ 230 mil, o que, por ora, está fora de cogitação. Além disso, existe a chance de o técnico Mano Menezes aproveitar o atleta em 2016. Pesa a favor do Botafogo o desejo do atleta, que pretende permanecer no Rio de Janeiro.
Outros nomes como Luis Ricardo, Diego Giaretta, Roger Carvalho e Rodrigo Lindoso devem ficar, provavelmente para compor o elenco, inicialmente sem status de titulares. O Botafogo já iniciou conversas com o São Paulo para manter o lateral-direito. A comissão técnica ainda avalia alguns nomes como Tomas, Elvis e Daniel Carvalho. Carleto, apesar de certas restrições da torcida, conta com a simpatia de Ricardo Gomes. Para mantê-lo, no entanto, o Botafogo teria de passar a arcar com o salário do atleta, hoje, pago integralmente pelo São Paulo. Nomes pouco aproveitados como Alisson, Pedro Rosa, Airton, Bazallo e Diego Jardel devem encabeçar a barca de saída.
As categorias de base serão olhadas com carinho. Casos de sucesso como os de Fernandes e Luís Henrique inspiram a comissão técnica a integrar novas promessas. Matheus Fernandes, volante do sub-17, deve ganhar oportunidade ao lado de outros destaques do time sub-20, principalmente no Campeonato Carioca. Por outro lado, alguns atletas revelados pelo clube há algum tempo estão de saída. Com contratos no fim, Gegê, Cidinho e Renan dificilmente permanecerão. Afastado, Andreazzi deve ser emprestado.
FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2015/11/com-novas-faixas-salariais-e-24-atletas-em-fim-de-contrato-bota-planeja-2016.html
Renan Fonseca, Arão e Navarro. Com proposta
do Flamengo, situação do volante é a mais
complicada (Foto: infoesporte)
Beneficiado pelo aumento de cotas de televisão e empenhado em fechar contratos de patrocínio que não foram possíveis em 2015, o Botafogo tem planejado formar um elenco dividido em quatro faixas salariais. Por exemplo, quatro deles - incluindo o capitão Jefferson -, vão receber cerca de R$ 300 mil. Há ainda valores de aproximadamente R$ 150 mil, de R$ 80 mil a R$ 100 mil e até R$ 50 mil. Muitos deles, entretanto, não chegarão de cara. O clube pretende observar alguns nomes no Campeonato Carioca e buscar outros para o Brasileirão, de acordo com as necessidades técnicas e possibilidades econômicas. O argentino Emiliano Vecchio, do Colo-Colo, é um dos principais alvos para comandar o meio-campo alvinegro na próxima temporada.
- Não vamos falar em nomes porque ainda não tem nada definido, seja em relação a jogadores ou posições. Mas estamos contactando atletas de fora para que possamos trazê-los ao elenco - disse o gerente Antônio Lopes, que será mais um vez responsável por formar o elenco do Botafogo.
O argentino Emiliano Vecchio é um dos alvos
para o meio de campo em 2016 (Foto: Pedro
Vilela / Stringer)
Com teto salarial de R$ 60 mil, a estratégia de 2015 deu certo. Não foi um ano de brilho, mas o Botafogo chegou à decisão do Carioca e passou, sem sustos, pela Série B. Porém, se o elenco fez bem ao Bota, o clube fez ainda mais pelos jogadores. De desconhecido e apontado por muitos como "indigente" - como não se cansam de repetir os atletas -, o grupo ganhou projeção. Em alguns casos, valorização. E como 24 jogadores ficarão sem contrato até o fim do ano, a situação preocupa.
Do elenco atual, apenas Jefferson, Helton Leite, Octávio e Sassá têm contratos longos, além de Fernandes, Luís Henrique, Diego, Diérson, Emerson e Saulo - jovens que subiram neste ano para o elenco profissional.
O caso de Willian Arão é emblemático. Após passar sem sucesso por cinco clubes em quatro anos, o volante chegou sem alarde, e hoje desperta o interesse do mercado. O Flamengo fez proposta robusta, mas o Botafogo quer mantê-lo. Para isso, trabalha com uma cláusula contratual que permite a renovação automática por dois anos mediante o pagamento de R$ 400 mil. Cláusula existente na maioria dos contratos do elenco.
Willian Arão é um dos três jogadores tratados como prioridade no Botafogo. Além dele, Renan Fonseca e Navarro estão nos planos para 2016. As negociações estão em andamento e, embora despertem interesse do mercado, os dois têm mais chances de ficar do que o volante.
Outro caso complicado é o de Neilton. Com gols decisivos, o jovem caiu nas graças dos alvinegros, mas dificilmente permanecerá. O atacante recebe R$ 50 mil mensais do Botafogo, e os R$ 180 mil restantes cabem ao Cruzeiro. O clube mineiro diz que Neilton pode ficar somente se o Alvinegro pagar os R$ 230 mil, o que, por ora, está fora de cogitação. Além disso, existe a chance de o técnico Mano Menezes aproveitar o atleta em 2016. Pesa a favor do Botafogo o desejo do atleta, que pretende permanecer no Rio de Janeiro.
Neilton agradou, mas alto salário e vontade do
Cruzeiro em contar com o atacante dificulta
a permanência (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Outros nomes como Luis Ricardo, Diego Giaretta, Roger Carvalho e Rodrigo Lindoso devem ficar, provavelmente para compor o elenco, inicialmente sem status de titulares. O Botafogo já iniciou conversas com o São Paulo para manter o lateral-direito. A comissão técnica ainda avalia alguns nomes como Tomas, Elvis e Daniel Carvalho. Carleto, apesar de certas restrições da torcida, conta com a simpatia de Ricardo Gomes. Para mantê-lo, no entanto, o Botafogo teria de passar a arcar com o salário do atleta, hoje, pago integralmente pelo São Paulo. Nomes pouco aproveitados como Alisson, Pedro Rosa, Airton, Bazallo e Diego Jardel devem encabeçar a barca de saída.
As categorias de base serão olhadas com carinho. Casos de sucesso como os de Fernandes e Luís Henrique inspiram a comissão técnica a integrar novas promessas. Matheus Fernandes, volante do sub-17, deve ganhar oportunidade ao lado de outros destaques do time sub-20, principalmente no Campeonato Carioca. Por outro lado, alguns atletas revelados pelo clube há algum tempo estão de saída. Com contratos no fim, Gegê, Cidinho e Renan dificilmente permanecerão. Afastado, Andreazzi deve ser emprestado.
FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2015/11/com-novas-faixas-salariais-e-24-atletas-em-fim-de-contrato-bota-planeja-2016.html