Capivara chama atenção do golfista espanhol
Sergio Garcia (Foto: Reprodução/
twitter Olympic Golf)
Depois de 112 anos fora da agenda olímpica, a disputa do golfe será iniciada nesta quinta-feira, às 7h30, e com a primeira tacada reservada para o brasileiro Adilson da Silva. O local, antes cercado de polêmicas, passou a ser um dos maiores orgulhos para os organizadores do Rio 2016 por causa do trabalho de sustentabilidade feito no local. Golfistas e torcedores vão conviver com uma fauna e flora diferente do que estão acostumados. Durante um treino na última terça, por exemplo, o espanhol Sergio Garcia, sexto no ranking, se encantou com uma coruja-buraqueira e uma capivara e parou para tirar fotos.
Confira o emparelhamento do primeiro dia de competição
Há outros animais bem próximos que os atletas não estão acostumados a conviver durante uma competição. No campo olímpico de golfe há cobras - 30 achadas em um período de dois anos, como jararacas, jiboias e cobras-coral -, os pássaros quero-quero, corujas-buraqueiras, bichos-preguiça e muitas capivaras. Além de jacarés-do-papo-amarelo. Um deles, inclusive, apareceu na beira do lago que fica no meio do campo. De acordo com os responsáveis pela manutenção, não há qualquer risco para os golfistas e para os animais. Os jacarés, por exemplo, têm hábitos noturnos e medo dos humanos, apesar de sua mordida ter a força capaz de quebrar um casco de tartaruga.
Corujas, bichos-preguiça, quero-queros e
jacarés fazem parte do cenário do golfe
olímpico (Foto: Esporte Arte)
Além da lagoa principal, a maior e preferida dos jacarés, existe uma menor que tem uma grande importância também, já que serve como fonte para a irrigação do gramado. A área de mangue e restinga, que equivale a 100 vezes a do Maracanã, tinha 80% de sua área degradada por atividades ilegais, como a extração de areia e a construção de blocos de cimento. A ideia dos organizadores, então, foi construir o local com o pensamento de equilibrar as necessidades da competição com a da restauração.
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Por causa deste trabalho de sustentabilidade, a renomada revista "Golf Digest" deu ao campo olímpico do Rio o prêmio "Green Star Award 2016". O público poderá ver de perto o que é feito no local, já que serão realizados tours mesmo durante a competição.
Vento é um dos desafios para os golfistas
A vegetação característica do local é de plantas baixas, e a proximidade com a Lagoa de Marapendi costuma aumentar a força do vento no local, o que virou um dos principais assuntos entre os golfistas. A expectativa é de que a dificuldade aumente bastante.
Placas e totens informam sobre a fauna e flora.
Grade impede a chegada da maioria das
capivaras (Foto: Esporte Arte)
Alguns dos principais golfistas do mundo não estarão no Rio, como Jason Day, Dustin Johnson, Jordan Spieth e Rory McIlroy, a maioria com a justificativa de que estavam com medo do vírus da Zika. A competição olímpica não dá premiação em dinheiro e não pontua para o ranking mundial, mas há outros grandes atletas na disputa. O Top 10 é formado por: 1 - Bubba Watson (EUA), 2 - Henrik Stenson (SUE), 3 - Rickie Fowler (EUA), 4 - Danny Willett (GBR), 5 - Justin Rose (GBR), 6 - Sergio Garcia (ESP), 7 - Patrick Reed (EUA), 8 - Matt Kuchar (EUA), 9 - Rafa Cabrera Bello (ESP) e 10 - Byeong Hun An (COR).
O Brasileiro Adilson da Silva, número 50 do ranking, vai começar a disputa no mesmo grupo do canadense Graham DeLaet (40) e do sul-coreano Byeong Hun An (10).
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/golfe/noticia/2016/08/com-jiboias-e-jacares-na-torcida-golfe-inicia-disputa-nesta-quinta-feira.html