Ponte Preta e Náutico quebraram o protocolo. Surpreenderam. Últimos colocados na tabela de classificação, as duas equipes fizeram o jogo chamado "lá e cá", cheio de alternativas, com gols e chances de "Inacreditável Futebol Clube" para os dois lados, com vitória do Náutico, de virada, aos 47 minutos do segundo tempo, por 2 a 1, no Moisés Lucarelli, nesta terça-feira.
Empurrada pela torcida e embalada pelos últimos resultados, a Macaca dominou a primeira etapa, criando diversas chances, principalmente pelos pés de Fellipe Bastos, Rildo e William. Exceto pela jogada individual do meia Tiago Real, aos 7 minutos, que exigiu boa defesa de Edson Bastos, a equipe campineira criou ao menos quatro chances claras, todas elas defendidas pelo arqueiro Ricardo Berna, que não resistiu à artilharia pesada. De tanto insistir, a Ponte abriu o placar aos 45 minutos.
Fellipe Bastos tocou na linha de fundo para Uendel que, com a cabeça erguida, cruzou para William. Principal jogador da Macaca no primeiro tempo, o camisa 9 antecipou-se à marcação de João Filipe e, com um leve toque, tirou do alcance do goleiro do Timbu.
Atrás no marcador, o Náutico foi obrigado a adotar uma postura mais ofensiva na segunda etapa. Na base da pressão, o Timbu quase chegou ao empate com Oliveira, que aproveitou um passe errado de Baraka, mas chutou a bola por cima do gol.
Atendendo aos pedidos do técnico Jorginho, que reclamava do posicionamento excessivamente defensivo, a Macaca saiu em busca do segundo gol. Rildo teve chance, driblou um marcador, mas chutou por cima. William, sozinho, cabeceou para fora na cobrança de escanteio, aos 13, e chutou fraco aos 33, nas mãos de Berna.
Atacando, disposta a se expor, a Ponte deu espaços e o Náutico empatou. Maikon Leite, até então sumido na partida, fez jogada pela direita e cruzou na área. Hugo, que tinha acabado de entrar, dominou e bateu rápido, sem dar tempo para os zagueiros travarem o chute, aos 33 minutos.
Chances desperdiçadas e virada do Náutico...
A Ponte, precisando da vitória para encostar nos times que estão fora do Z-4, adiantou ainda mais a marcação e, no primeiro Inacreditável Futebol Clube da noite, Hugo brilhou. Embaixo das traves, o atacante do Timbu, sem goleiro, chutou por cima do gol. Mas ele não estava sozinho.
Quatro minutos mais tarde, foi a vez de William, sem marcação e sem goleiro, desviar um cruzamento de canela, para fora.
A Ponte Preta pressionava. Foi à frente com todos os jogadores, na base do desespero, com a chance de fazer o segundo gol no lance de bola parada, dos pés de Fellipe Bastos. O volante, que já tinha assustado Ricardo Berna, tocou para Elias na meia-lua, que fez o giro e bateu forte, mas o goleiro do Timbu fez a defesa. No rebote, Adaílton chegou à linha de fundo pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola atravessou a área, praticamente em cima da linha, e sobrou nos pés de Dadá, que puxou o contra-ataque.
Aproveitando a desorganização da defesa da Macaca, Maikon Leite carregou a bola e tocou para Hugo, dentro da área. O atacante chutou, mas Edson Bastos fez a defesa. No rebote, o próprio Maikon Leite chutou forte, já aos 47 minutos, jogando bola, goleiro e zagueiro para dentro do gol.
Com os três pontos, o Timbu chegou aos 17 pontos. Já a Ponte Preta segue com 22, ambos nas últimas colocações da Série A do Campeonato Brasileiro. A Macaca volta a campo na próxima quinta-feira, às 19h30, no estádio Independência, em partida atrasada, da 8ª rodada. O Náutico, ainda na lanterna da competição, recebe o líder Cruzeiro, às 16h, na Arena Pernambuco, domingo.
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