Com destino do Flu nas mãos, Bahia pode manter histórico de 'carrasco'
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Com destino do Flu nas mãos, Bahia pode manter histórico de 'carrasco'


Time baiano já carimbou o rebaixamento de dois times desde que voltou para a Série A. No Brasileirão de1996, Esquadrão foi responsável por degola da equipe carioca

Por Salvador

  1. 01.
    de olho no passado
As lágrimas de angústia já não convencem mais. Por 37 rodadas, o Fluminense se equilibrou perigosamente na linha de descenso do Campeonato Brasileiro. Uma longa sequência de jogos em que o Tricolor carioca tentou escapar da ameaça de degola, esforço até agora em vão. Os seguidos fracassos criaram uma situação totalmente desfavorável para o time de Dorival Junior.

No domingo, a equipe das Laranjeiras vai até a Fonte Nova, em Salvador, para encarar o Bahia, rival que já não tem grandes ambições na Série A, mas que nos últimos anos se tornou o "fiel da balança" do Z-4. Uma espécie de carrasco que aguarda fielmente a ordem para executar a próxima vítima.


Náutico x Bahia Fernandão (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press) 
Bahia tem histórico de selar rebaixamentos para a 
Segundona (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

Desde que voltou para a elite do futebol nacional, em 2010, o Bahia selou o rebaixamento de duas equipes para a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2011, o Tricolor baiano encarou o Ceará na última rodada da competição nacional. O Alvinegro precisava desesperadamente de um triunfo, além de torcer contra rivais diretos – situação semelhante à do Fluminense na atual edição do Brasileirão. Impiedoso, o Bahia não se comoveu com a situação do rival e venceu o jogo no estádio de Pituaçu por 2 a 1, resultado que rebaixou o Vozão.


No estádio, a torcida do Esquadrão fazia a festa e provocava os jogadores do Ceará. A massa azul, vermelha e branca entoava o grito “Ão, ão, ão! Segunda Divisão”, afronta que o torcedor do Fluminense certamente não quer ouvir no próximo domingo. No ano de retorno à Série A, o time baiano mostrava uma vocação para algoz até então desconhecida, mas que se repetiria na temporada seguinte.

Em 2012, o Bahia teve o Atlético-GO pela frente na última rodada do Brasileirão. Desta vez, o adversário já estava rebaixado, mas o Tricolor, mesmo fora de casa, colocou o último prego no caixão ao vencer o Dragão . O grito do torcedor tricolor não se fez ouvir no Serra Dourada, mas em Salvador, contudo, ele rugia como um ensurdecedor trovão. Tricolores dos quatro cantos da capital baiana comemoravam a permanência do time na Série A e a recém-adquirida fama de carrasco, que este ano pode se efetivar de vez como uma marca, dessas que demoram para se apagar.

Neste domingo, o time de Cristóvão Borges terá a chance de manter a fama de algoz impiedoso. O treinador já reuniu o elenco e pediu seriedade para o jogo contra o Fluminense. O time baiano sabe do desespero do adversário, mas não se importa. Tem seus próprios planos para a competição. Terminar a Série A na parte de cima da tabela de classificação pela primeira vez na era dos pontos corridos virou uma meta. Não vale título, mas funciona como motivação para o 'carrasco' do Brasileirão.

Torcida Fluminense choro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Torcida do Fluminense aguarda desfecho do Brasileirão (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

– É o que esperamos e planejamos. Até porque, quando entramos em campo, não entramos para perder ou empatar. Entramos com toda a seriedade, porque nosso nome está em jogo. Então temos que ir sempre pensando em fazer o nosso melhor. Mesmo não fazendo um bom campeonato, podemos chegar em nono lugar, melhor colocação do clube nos pontos corridos. Então tenho certeza de que o grupo está totalmente focado, totalmente determinado a fazer um grande jogo no domingo, uma grande festa com o torcedor, para que possamos conseguir uma vitória e a nona colocação, uma classificação na parte de cima da tabela – assegurou o zagueiro Demerson, que não pretende perdoar os pecados do Fluminense no jogo da Fonte Nova.

O técnico Cristóvão Borges garante que o Bahia encara o Fluminense com força total. O treinador até fechou os treinos marcados para os dias que precedem a partida. O machado do Tricolor baiano se aproxima do pescoço do Fluminense, que pode começar a próxima semana degolado.
– Nós vamos com o melhor que temos, para fazer uma grande festa e encerrar o campeonato de forma bonita, porque os jogadores e a torcida merecem isso – diz o treinador baiano, que não cansa de repetir que a torcida do Bahia merece respeito e está à espera de um triunfo no domingo. Até a noite da última terça-feira, mais de 18 mil ingressos haviam sido vendidos para o confronto. 

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de olho no passado

Não é a primeira vez que Bahia e Fluminense ganham ares de protagonistas na fuga do rebaixamento numa edição do Campeonato Brasileiro. Em 1996, o time baiano não encarou o Tricolor das Laranjeiras na última rodada da Série A, mas acabou se livrando e vendo o rival despencar para a Segunda Divisão.

Na ocasião, as duas equipes lutavam para escapar da zona de degola. Com 20 pontos, o Esquadrão de Aço era o primeiro time fora da área de corte. Um ponto atrás, na penúltima colocação da tabela de classificação, o Tricolor das Laranjeiras via o perigo da queda de muito perto – o Brasileirão era disputado por 24 clubes, e apenas os dois últimos eram rebaixados.

Para escapar, o Fluminense enfrentava o Vitória na última rodada. O jogo estava inicialmente programado para o Barradão. No entanto, o Rubro-Negro baiano transferiu o confronto para Cariacica, no Espírito Santo. A mudança foi vista com desconfiança pela torcida do Bahia.

 Especulações sobre a facilitação da partida para rebaixar o rival vieram à tona, e o Tricolor das Laranjeiras aproveitou. Tupãzinho, Paulo Roberto e Leonardo marcaram para a equipe carioca, que venceu por 3 a 1, resultado que poderia livrar o time do rebaixamento em caso de derrota do Bahia.

O Bahia, entretanto, não perdeu. O time baiano encarou o Flamengo em São Januário e, pela segunda vez na história do competição, bateu o Rubro-Negro carioca fora de casa. O placar de 1 a 0, gol de Edmundo, salvou o Tricolor da Boa Terra da queda. Para deixar a torcida pó de arroz com uma pulga atrás da orelha, dois jogadores do Flamengo foram expulsos e Romário perdeu um pênalti no confronto, que efetivou o primeiro dos dois rebaixamentos do Fluminense para a Série B. 

Clique aqui e assista a vídeos do Bahia


FONTE
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2013/12/com-destino-do-flu-nas-maos-bahia-pode-manter-historico-de-carrasco.html



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