Com 1,98m de altura, a carioca Jéssica Santos chama a atenção por onde passa. Dona de um porte físico inconfundível, a adolescente de apenas 13 anos quer ir longe na vida. Atleta das categorias de base do Tijuca Tênis Clube, ela é considerada uma promessa do voleibol feminino brasileiro. Em fase de crescimento, Jéssica, que hoje calça 50, ainda não sabe até onde sua estatura vai chegar. Entretanto, quando o assunto é o futuro no esporte, a adolescente é objetiva na resposta.
- Meu pai tem 2,10m e minha mãe 1,84m. Fui examinada recentemente, mas o médico não soube precisar até quanto eu vou crescer. Ele só constatou que ainda há um bom espaço para o crescimento avaliando os meus joelhos. Quero ser profissional do vôlei, e, quem sabe, chegar à seleção. Confio muito em mim e tenho muita vontade de vencer - afirmou Jéssica.
- Por ser filha de uma ex-jogadora e já praticar vôlei desde muito nova, ela chegou à escolinha já dominando todos os fundamentos. Por conta disso, não pensamos duas vezes em trazê-la para a equipe de competições do Tijuca. Com essa estatura e com a facilidade que ela estava tendo, passou a dar um corpo mais forte para o meu time e eu fui ajudando a desenvolvê-la - comentou Mário.
O sucesso de Jéssica como atleta federada veio em uma velocidade impressionante. Por conta da altura e do bom domínio dos fundamentos, a jovem integrante do time mirim passou a atuar também na categoria infantil, que conta com atletas de até 15 anos, dentre elas a levantadora do Flamengo, Sasha, filha da apresentadora Xuxa Meneghel. Campeão do primeiro turno do Carioca Infantil e vice no Mirim, o Tijuca deposita em Jéssica uma de suas principais esperanças na conquista de ambas as competições. No ano passado, a carioca chegou a participar de uma clínica da CBV, no centro de treinamento Aryzão, em Saquarema.
- Estamos fazendo um trabalho de aprofundamento de todos os fundamentos do voleibol. O saque dela já está muito bom, assim como o ataque e a puxada de tempo. Agora, ela está desenvolvendo defesa, passe e levantamento. Hoje ela joga de central, mas pode ser que, no futuro, ela queira atuar em outra posição. Trabalhamos todos esses fundamentos para não deixá-la restrita à função de central - explicou Mário Mattos.
Fã das campeãs olímpicas Fabiana e Thaísa - esta última também revelada pelo Tijuca -, Jéssica gosta de ser muito alta, mesmo tendo dificuldades para encontrar roupas e calçados do seu tamanho. Estudante do oitavo ano do ensino fundamental, ela mora em Madureira com a mãe, os avós e uma tia.
- Sei que chamo muito a atenção na rua e na escola, mas eu gosto de ser alta. Procuro pensar nas vantagens da altura, como a facilidade para jogar vôlei. A única coisa chata é na hora de comprar roupas, principalmente tênis e calça, que nunca têm no meu tamanho. Só encontro calçados especiais importados dos EUA - contou Jéssica.
Além dos estudos, dos treinos no mirim e no infantil do Tijuca, Jéssica ainda pratica musculação numa média de três vezes por semana. Com a rotina puxada para uma adolescente, ela costuma aproveitar os poucos momentos livres ao lado de familiares e amigos.
- Como quero ser profissional, sei que tenho que passar por tudo isso. A musculação é para aprimorar a impulsão. Minha família me dá muita força, principalmente a minha mãe e a minha tia. Minha prioridade é chegar ao vôlei adulto, mas também tenho vontade de fazer uma faculdade no futuro.
Atenta ao mercado do voleibol brasileiro, Jéssica já começa a vislumbrar o futuro na profissão. Como o Tijuca Tênis Clube não tem equipe adulta, a jogadora pensa em disputar a Superliga Feminina por um time de ponta.
- Seria muito bom atuar por Rio, Osasco ou Campinas, que são os mais fortes. Se tivesse que escolher um, ficaria com o Rio, que é o time da minha cidade. No ano passado, elas vieram treinar aqui. Deu para conhecer a Fabi e a Nathália. Elas ficaram impressionadas com a minha altura.
Ciente de que encontrará um mercado competivivo, Jéssica pede que as empresas e patrocinadores ampliem seus investimentos no voleibol feminino.
- As medalhas de ouro nas duas últimas Olimpíadas ajudaram muito no crescimento do vôlei feminino no Brasil. É hora de melhorar isso ainda mais.
Espero que, no futuro, sejamos mais valorizadas - finalizou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/09/com-13-anos-198m-e-pes-50-joia-do-volei-impressiona-na-base-do-tijuca.html
Jéssica Santos começou no vôlei em 2010 e já ganhou notoriedade na base (Foto: Editoria de Arte)
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Filha da ex-jogadora Bianca Lima Victor, com passagens discretas por Flamengo, Fluminense e pelo próprio Tijuca, Jéssica pratica vôlei desde 2010, quando foi descoberta pelo treinador Julio Kunz, que mantém uma escolinha da modalidade no clube Monte Sinai, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio. Indicada para as categorias de base do Tijuca Tênis Clube, ela vem aprimorando os fundamentos com o seu atual treinador, Mário Mattos.- Técnico prevê futuro glorioso para Sasha no vôlei: 'Tem todos os traços'
- Por ser filha de uma ex-jogadora e já praticar vôlei desde muito nova, ela chegou à escolinha já dominando todos os fundamentos. Por conta disso, não pensamos duas vezes em trazê-la para a equipe de competições do Tijuca. Com essa estatura e com a facilidade que ela estava tendo, passou a dar um corpo mais forte para o meu time e eu fui ajudando a desenvolvê-la - comentou Mário.
Central de 13 anos tem estatura muito superior às
meninas da sua idade (Foto: Marcelo 3M/Divulgação)
meninas da sua idade (Foto: Marcelo 3M/Divulgação)
- Estamos fazendo um trabalho de aprofundamento de todos os fundamentos do voleibol. O saque dela já está muito bom, assim como o ataque e a puxada de tempo. Agora, ela está desenvolvendo defesa, passe e levantamento. Hoje ela joga de central, mas pode ser que, no futuro, ela queira atuar em outra posição. Trabalhamos todos esses fundamentos para não deixá-la restrita à função de central - explicou Mário Mattos.
Fã das campeãs olímpicas Fabiana e Thaísa - esta última também revelada pelo Tijuca -, Jéssica gosta de ser muito alta, mesmo tendo dificuldades para encontrar roupas e calçados do seu tamanho. Estudante do oitavo ano do ensino fundamental, ela mora em Madureira com a mãe, os avós e uma tia.
- Sei que chamo muito a atenção na rua e na escola, mas eu gosto de ser alta. Procuro pensar nas vantagens da altura, como a facilidade para jogar vôlei. A única coisa chata é na hora de comprar roupas, principalmente tênis e calça, que nunca têm no meu tamanho. Só encontro calçados especiais importados dos EUA - contou Jéssica.
Treinador prepara jogadora para estar apta a atuar em todas as posições (Foto: Flávio Dilascio)
- Como quero ser profissional, sei que tenho que passar por tudo isso. A musculação é para aprimorar a impulsão. Minha família me dá muita força, principalmente a minha mãe e a minha tia. Minha prioridade é chegar ao vôlei adulto, mas também tenho vontade de fazer uma faculdade no futuro.
Atenta ao mercado do voleibol brasileiro, Jéssica já começa a vislumbrar o futuro na profissão. Como o Tijuca Tênis Clube não tem equipe adulta, a jogadora pensa em disputar a Superliga Feminina por um time de ponta.
Jéssica com amigas: momento de descontração (Foto: Reprodução Facebook)
Ciente de que encontrará um mercado competivivo, Jéssica pede que as empresas e patrocinadores ampliem seus investimentos no voleibol feminino.
- As medalhas de ouro nas duas últimas Olimpíadas ajudaram muito no crescimento do vôlei feminino no Brasil. É hora de melhorar isso ainda mais.
Espero que, no futuro, sejamos mais valorizadas - finalizou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/09/com-13-anos-198m-e-pes-50-joia-do-volei-impressiona-na-base-do-tijuca.html