Poderia ser apenas mais um jogo na Libertadores, mas as duas derrotas nos dois primeiros confrontos da competição transformaram a partida do Atlético-MG diante do Santa Fé numa verdadeira decisão para a equipe de BH. Cientes disso, os jogadores e o técnico Levir Culpi não esconderam que o clima era realmente esse, com declarações frisando de que só a vitória serviria em Bogotá. E ela veio: 1 a 0, gol de Lucas Pratto (assista aos melhores momentos no vídeo), numa partida que deixou a todos com os nervos à flor da pele.
A tensão se fez presente antes, durante e depois da partida, e atingiu a todos que vivem e respiram o Atlético-MG. Nos corredores do El Campín, dirigentes não esconderam o alívio pelo triunfo. Nos vestiários, os jogadores não esperaram nem a preleção final do capital Edcarlos para começaram a festa. No hotel, com a adrenalina em dosagem um pouco mais baixa, olho nos celulares e nas redes sociais para ver a repercussão daquilo que haviam acabado de fazer. Mas, comemoração mesmo, somente num jantar, num espaço reservado à delegação dentro do luxuoso hotel da capital colombiana.
Mas, tudo começou com o choro de Marcos Rocha. Possivelmente, o melhor jogador em campo na partida, ele revelou que não segurou as lágrimas no caminho para a decisão.
- Fui entrando no ônibus, antes de vir para o estádio, e comecei a chorar por causa da pressão. Sabemos como isso é importante para a torcida do Atlético-MG. Mas, graças a Deus, com a ajuda dos companheiros, da comissão técnica, de todos que estão aqui e até daqueles que ficaram em BH, a gente conseguiu reverter essa situação difícil - confidenciou o jogador, que voltara de contusão.
A empolgação, depois do apito final, não foi só do lateral. No caminho para o vestiário, Marcos Rocha foi “interceptado” pela diretora executiva do clube, Adriana Branco, que não quis saber do suor ou do cansaço do jogador. Com um longo abraço, ela o agradeceu pela brilhante partida para, em seguida, revelar o nível de cansaço que havia chegado.
- Nossa, parece que levei uma surra, mas valeu à pena. Em seguida, ela mostrou um par de tênis verde, nem novo, nem velho, para explicar. Fui buscar esse lá no fundo do armário, é o da sorte. Daqui para frente não tiro mais – completou.
Outro que respirou aliviado pelo triunfo, ainda a caminho do vestiário do El Campín, foi o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno. Sucessor de Alexandre Kalil, que se tornou ídolo para os torcedores, o atual mandatário já vinha convivendo com pressões e desconfianças por parte do torcedor.
- Vitória mais que necessária. Estamos entrando no dia 20 de março, e o time ainda não tinha conseguido mostrar dentro de campo. Planejamos muito para ser um time competitivo na Libertadores e estávamos sofrendo com muitas injustiças. O time mostrou paciência, calma e fico feliz porque mostramos um bom futebol. Agora é ir para BH com calma ganhar mais três pontos e entrar de vez nesta Libertadores.
Sertanejo e arrocha sob comandos diferentes
Entre os jogadores, o clima era de êxtase. A empolgação pelo triunfo foi tanta, que Luan nem esperou as palavras do experiente Edcarlos para colocar o som na caixa e fazer a festa ainda no vestiário do estádio, conforme revelou Leandro Donizete.
- O Luan é meio maluco, o Edcarlos começou a falar depois do jogo, mas o Luan acabou botando a música que atrapalhou tudo, e foi só festa. Mas foi bom, isso faz parte.
Luan se esquivou da “culpa” pela festa com muito arrocha, sertanejo e até “dance music”. Segundo ele, o aparelho de som é do volante Danilo Pires, e é ele quem é o responsável pelas músicas.
- Quem comanda é todo mundo. O Pires trouxe a caixinha, e a galera gosta do som. Mantemos isso sempre, a alegria, futebol é isso.
No hotel, Danilo Pires confirmou que o som do vestiário realmente era dele. Porém, garantiu que os ritmos são de livre escolha, sem ninguém tomar as rédeas do aparelho.
- Costumo levar a caixinha aos jogos e sempre colocamos música. Mas não escolho sozinho, cada um tem um gosto e coloca a música que mais lhe agrada.
Com a adrenalina um pouco mais controlada, os jogadores não escondiam a satisfação pelo resultado que haviam acabado de obter. Entre um sorriso e outro na espera pelos elevadores, atenção voltada aos celulares. Contato com a família, amigos e redes sociais para saber a dimensão do que eles tinham proporcionado para os torcedores atleticanos. Coincidência ou não, reverência à façanha também no hotel, com a música “Aquarela do Brasil” em ótimo volume, apesar de ser numa versão local. Dali em diante, só descontração e descanso, mas longe dos holofotes ou das câmeras, pois o jantar para comemorar o triunfo seria realizado num espaço reservado para a delegação no hotel em Bogotá.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2015/03/choro-foco-e-arrocha-os-bastidores-da-vitoria-do-atletico-mg-em-bogota.html
A tensão se fez presente antes, durante e depois da partida, e atingiu a todos que vivem e respiram o Atlético-MG. Nos corredores do El Campín, dirigentes não esconderam o alívio pelo triunfo. Nos vestiários, os jogadores não esperaram nem a preleção final do capital Edcarlos para começaram a festa. No hotel, com a adrenalina em dosagem um pouco mais baixa, olho nos celulares e nas redes sociais para ver a repercussão daquilo que haviam acabado de fazer. Mas, comemoração mesmo, somente num jantar, num espaço reservado à delegação dentro do luxuoso hotel da capital colombiana.
Mas, tudo começou com o choro de Marcos Rocha. Possivelmente, o melhor jogador em campo na partida, ele revelou que não segurou as lágrimas no caminho para a decisão.
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- Fui entrando no ônibus, antes de vir para o estádio, e comecei a chorar por causa da pressão. Sabemos como isso é importante para a torcida do Atlético-MG. Mas, graças a Deus, com a ajuda dos companheiros, da comissão técnica, de todos que estão aqui e até daqueles que ficaram em BH, a gente conseguiu reverter essa situação difícil - confidenciou o jogador, que voltara de contusão.
A empolgação, depois do apito final, não foi só do lateral. No caminho para o vestiário, Marcos Rocha foi “interceptado” pela diretora executiva do clube, Adriana Branco, que não quis saber do suor ou do cansaço do jogador. Com um longo abraço, ela o agradeceu pela brilhante partida para, em seguida, revelar o nível de cansaço que havia chegado.
- Nossa, parece que levei uma surra, mas valeu à pena. Em seguida, ela mostrou um par de tênis verde, nem novo, nem velho, para explicar. Fui buscar esse lá no fundo do armário, é o da sorte. Daqui para frente não tiro mais – completou.
Após a importante vitória, os jogadores do
Galo acompanham a repercussão nas redes
sociais (Foto: Léo Simonini)
- Vitória mais que necessária. Estamos entrando no dia 20 de março, e o time ainda não tinha conseguido mostrar dentro de campo. Planejamos muito para ser um time competitivo na Libertadores e estávamos sofrendo com muitas injustiças. O time mostrou paciência, calma e fico feliz porque mostramos um bom futebol. Agora é ir para BH com calma ganhar mais três pontos e entrar de vez nesta Libertadores.
Sertanejo e arrocha sob comandos diferentes
Entre os jogadores, o clima era de êxtase. A empolgação pelo triunfo foi tanta, que Luan nem esperou as palavras do experiente Edcarlos para colocar o som na caixa e fazer a festa ainda no vestiário do estádio, conforme revelou Leandro Donizete.
- O Luan é meio maluco, o Edcarlos começou a falar depois do jogo, mas o Luan acabou botando a música que atrapalhou tudo, e foi só festa. Mas foi bom, isso faz parte.
Luan se esquivou da “culpa” pela festa com muito arrocha, sertanejo e até “dance music”. Segundo ele, o aparelho de som é do volante Danilo Pires, e é ele quem é o responsável pelas músicas.
- Quem comanda é todo mundo. O Pires trouxe a caixinha, e a galera gosta do som. Mantemos isso sempre, a alegria, futebol é isso.
Jogadores do Galo, na chegada ao hotel em Bogotá, após a vitória no El Campín (Foto: Léo Simonini)
- Costumo levar a caixinha aos jogos e sempre colocamos música. Mas não escolho sozinho, cada um tem um gosto e coloca a música que mais lhe agrada.
Com a adrenalina um pouco mais controlada, os jogadores não escondiam a satisfação pelo resultado que haviam acabado de obter. Entre um sorriso e outro na espera pelos elevadores, atenção voltada aos celulares. Contato com a família, amigos e redes sociais para saber a dimensão do que eles tinham proporcionado para os torcedores atleticanos. Coincidência ou não, reverência à façanha também no hotel, com a música “Aquarela do Brasil” em ótimo volume, apesar de ser numa versão local. Dali em diante, só descontração e descanso, mas longe dos holofotes ou das câmeras, pois o jantar para comemorar o triunfo seria realizado num espaço reservado para a delegação no hotel em Bogotá.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2015/03/choro-foco-e-arrocha-os-bastidores-da-vitoria-do-atletico-mg-em-bogota.html