- duelo tático entre ofensividade e defensivismo
Então, vamos primeiro a o que aproxima as seleções: dois de seus principais jogadores, para não dizer os mais representativos de seus povos entre os 23 convocados, passam por dramas pessoais durante a disputa do torneio. Detido na segunda-feira da semana passada por uma noite por dirigir alcoolizado e provocar um acidente com sua Ferrari nova, ainda que sem vítimas, Vidal viu a sua história se repetir com um fim trágico no pai de Cavani, preso na noite da última segunda depois de bater, também alterado em seus sentidos pela bebida, com sua picape e matar um motociclista de 18 anos. As duas seleções passaram por horas de expectativa até confirmar que os dois fossem continuar a disputar o torneio.
Ressabiado: Vidal de olho no que vem por aí no
treino do Chile (Foto: EFE/Elvis González)
Menos de uma semana depois foi a vez de Cavani passar por drama semelhante. Ainda que não seja diretamente com ele, o atacante também desperta desconfiança de como vai reagir em campo tão cheio de problemas fora das quatro linhas. Na última terça, o jogador treinou sério, mas normalmente, e teve sua permanência no Chile garantida pela mãe.
Em foco: Cavani chega para treinar com o
Uruguai no Estádio Nacional de Santiago
(Foto: AP Photo/ Luis Hidalgo)
DUELO TÁTICO ENTRE OFENSIVIDADE E DEFENSIVISMO
Jorge Sampaoli se protege do frio: cuidado com os contragolpes e bolas aéreas (Foto: Reuters)
E Vidal representa essa vocação ofensiva como poucos na "Roja". Volante, é o artilheiro da competição, com três gols.
- Creio que tivemos bom jogo coletivo, mas nas partidas de agora existem muitos fatores que jogam. São partidas decisivas. Diferentes. A fase de grupo te permite cometer erros. Gosto muito da raça com que o Chile joga - disse Jorge Sampaoli, treinador do Chile, na entrevista coletiva de imprensa na terça-feira.
Do outro lado, o Uruguai chega credenciado como atual e maior campeão do torneio, com 15 títulos, contra nenhum do Chile. A diferença, aliás, rendeu contagem e cartazes na partida contra o Paraguai, em La Serena, quando torcedores adversários desta quarta dividiram espaço para incentivar a Celeste ou apenas assistir a um jogo internacional na sua cidade. Até a vitória na final da competição sul-americana de 1987 foi lembrada.
Mapas de calor das partidas mostram Uruguai
muito mais preocupado em se defender e jogar
pelas pontas, enquanto o Chile tem uma
distribuição mais homogênea e ofensiva
nas três partidas da primeira fase da
Copa América (Foto: Opta)
- Seria maravilhoso passar pelo Chile. Seria um golpe contundente às opiniões lógicas. E demonstraria muitas coisas a nós mesmos. Temos conseguido coisas que pareciam duras. Todos nos dão como fora antes do tempo de muitas coisas. Mas temos ganhado em partidas decisivas. É preciso entrar com a moral muito alta - disse Óscar Tabárez, treinador do Uruguai, na entrevista coletiva de terça-feira.
O retrospecto do confronto é amplamente favorável aos uruguaios. O Chile venceu apenas 15 das 75 partidas entre as duas seleções, com 13 empates e 47 derrotas. E a Celeste Olímpica ainda tem a fama de ser estraga-prazer de anfitriões da Copa América.
FICHA TÉCNICA
CHILE:
Bravo; Isla, Medel, Jara e Mena (Beausejour); Marcelo Díaz, Aránguiz, Vidal e Valdivia; Vargas e Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.
URUGUAI:
Muslera, Maxi Pereira, Godín, José Giménez e Fucile; Arévalo Ríos, Álvaro González (Cristian Rodríguez), Lodeiro (Abel Hernández); Rolán e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.
Data: 24/06/2015 Horário: 20h30 (de Brasília) Local: Estádio Nacional, em Santiago (Chile) Arbitragem: Sandro Meira Ricci (BRA) apita, auxiliado por Emerson Carvalho e Fabio Pereira (BRA), Carlos Vera e Byron Romero (ECU). Transmissão: o GloboEsporte.com acompanha todos os lances em Tempo Real com vídeos e o Sportv transmite a partida ao vivo.
FONTE:
http://glo.bo/1BLTWBm?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar