A sessão matinal de domingo, entre Cruzeiro e Chapecoense, foi pintada com o verde da surpresa. Em pleno Mineirão, os catarinenses bateram os mineiros, por 1 a 0, gol de falta de Camilo, e impuseram a primeira derrota de Vanderlei Luxemburgo à frente do time azul, nesta segunda passagem pelo clube. A Chape foi mais inteligente durante todo o jogo. Segurou o ímpeto inicial do Cruzeiro, abriu o placar e teve capacidade para suportar a pressão por mais de uma hora de bola rolando. A torcida azul, que compareceu em bom número, num total de 35.473 pessoas (33.643 pagantes, para uma renda de R$ 1.743.925,99), não perdoou e vaiou alguns jogadores e o presidente Gilvan de Pinho Tavares.
Camilo, cobrando falta, fez o gol da vitória da
Chapecoense sobre o Cruzeiro no Mineirão
(Foto: Thomas Santos/Estadao)
O resultado levou a Chapecoense para a oitava colocação na tabela do Campeonato Brasileiro, com 12 pontos. O Cruzeiro é o 11º, com 10 pontos. Na próxima rodada, o Cruzeiro vai a Curitiba, onde enfrenta o Coritiba, no Couto Pereira. A partida será às 16h de domingo. A Chapecoense joga um dia antes, às 18h30. O adversário é o Sport e o duelo está marcado para a Arena Condá, em Chapecó.
Camilo decisivo
O jogo foi bom, nem tanto pela técnica dos dois times, mas pela vibração e pelo envolvimento na partida. Quem pensava que a Chapecoense viria retrancada, se enganou. O time catarinense não abriu mão de atacar e incomodou Fábio em vários momentos. O Cruzeiro começou um pouco desorganizado, mas, pouco a pouco, acertou o posicionamento em campo e também se aproximou do gol de Danilo.
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O fato é que a Chape era mais perigosa e mais compacta em campo, além de dominar o meio. O Cruzeiro dependia das boas jogadas de Allano para construir os ataques, porque Marquinhos e Willian não estavam bem. Com isso, o time de Chapecó ficou mais próximo de abrir o placar, o que aconteceu, aos 35 minutos. Camilo bateu falta e Fábio não conseguiu defender.
Em desvantagem, o Cruzeiro se mandou para o ataque, em busca do gol de empate, muito mais na base do abafa do que da inteligência. O resultado foi uma coleção de bolas alçadas na área, sem nenhuma conclusão certeira.
No segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo tirou Mayke, Henrique e Pará e colocou Fabiano, Bruno Edgar e Joel. O Cruzeiro passou a ter mais volume de jogo e, ainda que sem demonstrar grande poder de fogo, ficou mais presente no campo ofensivo.
A Chapecoense teve inteligência para se fechar bem no campo de defesa, sem correr riscos. O Cruzeiro, por mais que tenha tentado, não encontrou formas de furar o bloqueio do adversário, muito por méritos da Chape e muito por incompetência dos próprios cruzeirenses.
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